Saiba mais sobre diagnóstico que levou Preta Gil à internação

No sábado passado (02), a cantora Preta Gil viu-se compelida a buscar auxílio médico devido a intensas dores na região das costas, especialmente na lombar. Previamente, a filha de Gilberto Gil já havia enfrentado uma contratura nessa área, presumindo, inicialmente, que as dores estivessem associadas a isso.

No entanto, os profissionais de saúde do Hospital Sírio Libanês identificaram que a condição da cantora era, na verdade, uma hérnia de disco na mencionada região. Em virtude da necessidade de exames complementares e da importância de um período de observação para compreender a extensão da situação, Preta Gil foi submetida a uma breve internação, recebendo sua alta hospitalar no domingo (03).

Este breve episódio de cuidados médicos, embora tenha sido desafiador, permitiu uma abordagem mais abrangente no tratamento da hérnia de disco, garantindo à artista a atenção necessária para sua recuperação plena. Além disso, Preta, que sobreviveu a um câncer, é conhecida por compartilhar questões de sua saúde nas redes sociais, e o episódio permitiu que ela conscientizasse um pouco seu público sobre a hérnia de disco.

Mais sobre a hérnia de disco

A hérnia de disco é uma condição médica que afeta diretamente a coluna vertebral, acontecendo quando há deslocamento de um disco intervertebral. A função desses discos é evitar o atrito entre as vértebras da coluna, amortecendo impactos. Por isso, quando há um deslocamento nessa região, pode ocorrer o consequente pressionamento dos nervos ao redor, sofrendo com os impactos causados por movimentos.

Esse contato indevido causa os sintomas da hérnia de disco, como dores fortes, formigamento e até fraqueza muscular. A condição geralmente ocorre com o desgaste natural do corpo, lesões ou movimentos repetitivos. O tratamento normalmente envolve descanso, fisioterapia, remédios para dor e, em casos mais sérios, cirurgia

Tratamento da cantora

O caso da cantora Preta Gil parece não ser um dos mais sérios, e o tratamento que lhe foi recomendado pelos médicos envolve, primariamente, apenas o fortalecimento da região e o repouso. Em vídeo publicado em sua rede social, a cantora afirmou que estará dedicando os próximos meses ao tratamento, que vai consistir em sessões de fisioterapia e pilates.


Cantora tranquiliza fãs sobre diagnóstico e tratamento (Reprodução/Instagram/@pretagil)


No mesmo vídeo, a artista também assegura seus seguidores de que todos os seus exames oncológicos estão com bons resultados, e que a hérnia de disco é uma questão não relacionada ao câncer, mas provavelmente advinda de um desgaste. Por fim, a cantora também informa que assim que assim que tratar a hérnia e se recuperar vai voltar a praticar boxe.

Foto Dilvulgação: Preta Gil (Reprodução/Instagram/@pretagil)

Casos de engasgamento são a maior causa de morte acidental no Brasil

O engasgamento é considerado, por especialistas, a principal causa de morte acidental no país. Somente em 2023, pelo menos 2.000 pessoas perderam suas vidas por se engasgarem com algum alimento ou objeto. Crianças e idosos foram as principais vítimas. 

Segundo dados do Ministério da Saúde, o número registrado em 2023, equivale a 39,8% de aumento se comparado com o ano de 2020, com 1.431 casos registrados. Das 2.000 vítimas, metade delas tinham mais de 65 anos; e 319 eram crianças. 

Como identificar um engasgo 

O engasgo pode acontecer quando um determinado alimento ou objeto acaba indo para o lugar errado. Normalmente, esse objeto ou alimento vai parar nas vias áreas – responsáveis pelo transporte do ar até os pulmões – em vez de ir para o esôfago. Dessa forma, pode ocasionar uma asfixia e falta de oxigênio no cérebro levando a morte. 

Engasgamento pode ser evitado 


Crianças entre 1 a 4 anos e idosos acima de 65 anos, são a maior parte das vítimas (Foto: reprodução/Jornal da USP)


O engasgamento pode ser evitado se seguir algumas recomendações como cortar bem os alimentos em pedaços, mastigar bem antes de engolir e evitar comer ou beber ao mesmo tempo, em que fala ou ri.

Os cuidados também devem seguir para as crianças menores de quatro anos, como não oferecer alimentos redondos, pegajosos ou duros como salsichas, pipoca, uva e balas, sempre supervisioná-los durante a refeição, além de também não deixá-los brincar com brinquedos pequenos que possam colocar na boca facilmente. 

Já para os idosos é importante sempre mantê-los hidratados e ficar atento em caso de dificuldade de engolir, que pode ser considerado um sinal de disfagia – dificuldade de engolir alimentos e líquidos e a percepção de “arranhar” ou sentir “presa” a comida na garganta. 

Como agir em caso de engasgo 


Algumas manobras podem ajudar a salvar a vida de uma pessoa que esteja se engasgando (Foto: reprodução/UOL)


Em caso de alguém se engasgar é importante agir de forma rápida e correta para salvar a vida da pessoa. Para tal ação, é necessário algumas técnicas que podem ajudar no momento. 

A Manobra de Heimlich é indicada para adultos e crianças acima de um ano, que estejam com dificuldades para respirar. Essa manobra consiste em abraçar a pessoa por trás e fazer pequenas pressões na região do abdômen, para empurrar o diafragma para cima. Assim, o ar será forçado a sair. 

Os Golpes nas Costas é indicado para bebês de até um ano que também estejam com dificuldades para respirar. Nessa ação é necessário colocar o bebê de bruços sobre o braço e dar cinco tapas nas costas. Após isso, a manobra consiste em virar o bebê de barriga para cima e fazer cinco compressões no peito. 

A Reanimação Cardiopulmonar é outra forma de também salvar uma pessoa de um engasgo. Ela é indicada para qualquer pessoa que esteja inconsciente e sem sinais de respiração e pulsação. Nessa ação, será feito compressões no peito da pessoa numa frequência de 100 a 120 por minuto, uma pausa e realiza uma ventilação boca a boca. Na proporção de 30 massagens cardíacas é necessária duas ventilações boca a boca. 

Mesmo agindo com as manobras, é importante ligar para o serviço de emergência e pedir ajuda. 

Foto destaque: engasgamento é a morte acidental mais comum no Brasil (Reprodução/Getty Images/Rádio Senado)

Após baixa procura pela vacina contra dengue, estados brasileiros aumentam faixa-etária

O Brasil vem enfrentando um dos piores momentos na história com os casos de dengue. Desde o início do ano, o país registrou uma alta de, 369% dos casos de dengue ao ser comparado com o mesmo período do ano passado. Com novos casos registrados todos os dias, alguns estados brasileiros optaram por aumentar o público-alvo para a vacinação, no intuito de frear possíveis novos casos. 

A recomendação é para que estados que estejam recebendo as doses do imunizante, restrinjam apenas às crianças com idade de 10 a 11 anos. Entretanto, os estados do Acre, Goiás e Mato Grosso do Sul mudaram o caminho e estenderam as doses para adolescentes de até 14 anos. 

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, essa ação pode não ser a correta e pode acarretar a falta do imunizante às crianças e adolescentes. Nísia afirma que o melhor dos cenários é que se siga o calendário de vacinação e que as doses sejam aplicadas de forma gradativa. Esse mesmo percurso foi seguido também para a vacinação da Covid-19. 

No estado do Acre, cerca de 770 jovens haviam recebido o imunizante, o que equivale a 4,3% da meta de 17.810 crianças. O número vem após seis cidades estenderem a vacina a adolescentes de 14 anos.


Crianças de 10 a 11 anos recebem vacina contra dengue (Foto: reprodução/Folha de Pernambuco)


Mesmo com um aumento gradativo, em caso de continuar a baixa procura pela vacina, a informação será repassada ao Ministério da Saúde para haver uma extensão da vacinação para outras Regionais de Saúde, é o que explica Renata Quiles, coordenadora do Programa Nacional de Imunização no Acre. 

Estados aderem ações para o aumento de vacinados 

Além de estenderem as vacinas a um grupo maior, diversos estados também estão realizando ações para que o número de imunizados seja superior. 

Além de informativos sobre a doença entregues em massa em diversos lugares, o Dia D, com atividades educativas e vacinação, também é proporcionado em vários estados brasileiros. 

O maior índice já registrado na história do Brasil

Em comparação ao ano de 2023, o Brasil já chegou em 369% de alta nos casos de dengue, além de contar com 154% nos diagnósticos considerados graves e cerca de 31% a mais nos casos de óbitos. 

Foto destaque: vacinas contra a dengue (Reprodução/Agência Brasil)

Sobe para 37 mil crianças vacinadas contra dengue após antecipação do imunizante no Rio

A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou, na última terça-feira (27) a antecipação do calendário de vacinação contra a dengue para crianças de 10 a 11 anos. Com a ação, o número de crianças vacinadas subiu e atingiu 37,5 vacinados. 

Segundo o secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz”/s, com essa antecipação, foi possível chegar em 26% da meta de 140 mil crianças que não receberam a dose do imunizante. 


Crianças entre 10 e 11 anos são vacinadas neste sábado (2) (Foto: reprodução/Edu Kapps/G1)


De acordo com a Secretaria de Saúde (SES-RJ), a capital fluminense vive um dos piores períodos de casos de dengue na história. Até o dia 1º de março, o estado registrou 82.420 casos suspeitos da doença e 14 mortes registradas, o que levou o governo a decretar epidemia.

Em comparação ao ano de 2023, o número se torna ainda mais alarmante, já que durante o ano todo o Rio registrou 51.428 casos e 36 mortes. 

Dia D contra a dengue 


Dia D de vacinação contra a dengue (Foto: reprodução/Edu Kapps/G1)


Para aumentar o número de crianças vacinadas, a Secretaria Municipal da Saúde realizou neste sábado (2) o dia D, com ações destinadas a crianças com faixa etária de 10 a 11 anos de idade no combate à doença no Rio de Janeiro. 

Durante a mobilização, houve atividades educativas de combate ao mosquito do Aedes aegypti e também vacinação. 

No Rio, ainda para o desenfreamento dos casos, outros 60 bairros foram alvos de ações da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), com inspeções de vigilância ambiental, tanto em áreas privadas como públicas, além de distribuição em massa de informativos sobre os cuidados necessários com o mosquito. 

O imunizante contra a dengue está disponível nas 238 unidades de Atenção Primária da cidade. 

Cuidados 


Cuidados importantes para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti (Foto: reprodução/Rafael Mendes/Agência Minas Gerais)


Dor de cabeça, febre alta, dor atrás dos olhos, no corpo e nas articulações, manchas vermelhas pelo corpo e mal-estar, são os principais sintomas da doença. 

Para a proteção individual, pode se fazer uso de repelentes, uso de camisas com mangas longas e calças, além de contar com uma tela de proteção em janelas e portas. 

Velhos cuidados podem ajudar no combate da proliferação do mosquito como manter bem vedada a caixa d’água, colocar areia em pratos de plantas, não deixar juntar água em garrafas velhas e pneus, além de sempre vistoriar as calhas de casas.

Foto destaque: imunizante contra a dengue (Reprodução/Correio do Brasil)

Neste sábado acontece o “Dia D”, focado no combate à dengue

Hoje (02), o país está fazendo o “Dia D”, com o foco no combate ao vírus da dengue, em que o número de casos vem aumentado cada dia mais, ultrapassando 1 milhão. Essa mobilização, feita pelos agentes das secretaria de saúde dos municípios, será para eliminar os focos do mosquito Aedes eagypti.

Anúncio da ação contra dengue

O movimento foi anunciado na última quarta-feira (28), durante a reunião do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), feito pela ministra Nísia Trindade. Em apenas quatro dias, o número de óbitos aumentaram, de 195 subiu para 258 mortes, ou seja, 63 pessoas não resistiram ao vírus neste curto período de tempo. A ministra fala sobre a importância da prevenção e da população estar alinhada no combate ao virus. 


Agentes da secretaria de saúde fazem ação contra dengue (Foto: reprodução/OGlobo)


Além dos agentes irem para as ruas, vão ocorrer visitas em casas com a finalidade de conversar com moradores dos municípios e conscientizar a população. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, também teve seu espaço para falar sobre esse dia.

“Nós precisamos que os agentes sejam os protagonistas desse dia. Os agentes são aqueles que vão entrar na casa das pessoas e têm um vínculo já bastante importante nesses territórios”, declarou.

Além disso, Ethel alertou o que favorece os picos da dengue, como a mudança climática, especificamente o aumento da temperatura, que facilita a aparição dos mosquitos, citando estudos.

Vacinação não avança 

No estado do Rio de Janeiro, a população ainda espera pela vacinação contra o vírus da dengue. Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, as porcentagens confirmadas de crianças entre 10 e 11 anos vacinadas foi de 18%. No dia 22 de fevereiro, na primeira semana de aplicação da vacina, apenas 25.317 crianças foram levadas aos postos pelos responsáveis.

Foi feita uma nova convocação aos responsáveis para levar as crianças ao posto para ser feita a aplicação da vacina.

Aumento de casos em gestantes

Nas primeiras semanas deste ano os casos em gestantes vem aumentando cada dia mais, entrando em estado de alerta. Os dados em porcentagem fornecidos nesta sexta-feira (1), foram 345,2% de aumento dos casos, segundo o Ministério da Saúde.

Em comparação do ano de 2023 para 2024, o aumento é considerado alto. No ano passado, tiveram 1.157 diagnósticos de dengue em grávidas e neste início de ano já são 5.151 casos.

 

Foto destaque: agentes de saúde começam as visitas em casas para conscientização (reprodução/CNNBrasil)

Um bilhão de indivíduos têm excesso de peso e os afetados são adolescentes e crianças

Um estudo publicado hoje (01), pelo consórcio internacional de pesquisadores NCD-RisC, com apoio da Organização Mundial de Saúde (OMS), apontou os seguintes dados: a estimativa global mais recente da taxa de obesidade mostra que mais de 1 bilhão de pessoas estão obesas. O aumento é impulsionado principalmente pelo crescimento da prevalência de sobrepeso entre crianças e adolescentes, que quadruplicou em pouco mais de três décadas. As estatísticas são referentes a 2022, o último ano com dados coletados e compilados.

Tendências globais de obesidade

Em um artigo publicado hoje na revista médica britânica Lancet, mais de 1.500 pesquisadores detalharam os resultados de um estudo que apontou 879 milhões de adultos e 159 milhões de crianças e adolescentes como obesos. A taxa de obesidade entre crianças e adolescentes quadruplicou entre 1990 e 2022, com meninas atingindo 6,9% e meninos 9,3%. Em adultos, a taxa dobrou entre mulheres (18,5%) e triplicou entre homens (14,0%).


Pessoa com as mãos no abdômen (Foto: divulgação/Andres Ayrton/Pexels)


No Brasil, a obesidade está acima da média global em todas as categorias, com taxas de 33% para mulheres, 25% para homens, 14% para meninas e 17% para meninos. O estudo adotou o índice de massa corporal (IMC) acima de 30 kg/m² como critério para obesidade.

Desafios nutricionais globais

Apesar das limitações do IMC, é um indicador eficaz para avaliar a saúde nutricional em contextos populacionais. Em contrapartida, o número de pessoas abaixo do peso minimamente saudável está diminuindo.

Essa tendência oposta entre obesidade e magreza insalubre levou o mundo a um ponto de inflexão, com mais países enfrentando problemas de sobrepeso do que subpeso. A ligação entre pobreza e desnutrição apresenta desafios significativos, especialmente considerando a falta de acesso a intervenções médicas adequadas em populações mais pobres.

Os cientistas alertam para a ineficácia das abordagens atuais para lidar com a obesidade, destacando a necessidade de mudanças urgentes na produção de alimentos e políticas de saúde pública.

Foto Destaque: mulher medindo seu abdômen (Reprodução/sukanya sitthikongsak/Getty Images/CNN)

Febre do Oropouche: sintomas e riscos de nova epidemia no Brasil

O primeiro caso da doença da Febre do Oropouche foi registrado no Rio de Janeiro, onde um homem de 42 anos acabou contraindo o vírus em uma viagem ao Amazonas. As autoridades seguem em investigação 

Aumento nos casos

Neste ano, houve um aumento substancial, com 1.398 casos confirmados de febre registrados pelo estado, triplicando os números do ano anterior. Como resultado, há a suspeita de que o paciente tenha adquirido a doença durante sua estadia no Norte do país, o que seria uma importação da enfermidade.

Os Mosquitos são os principais transmissores da enfermidade. Após picarem um indivíduo ou outro animal infectado, esses insetos carregam o vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV) em seu sangue.

Embora tenha sido registrado um caso “importado” no Rio de Janeiro, não há iminência de um surto nacional. No entanto, é essencial monitorar atentamente a transmissão local, conforme alertam os especialistas. Não existe um tratamento específico para a Febre do Oropouche. Recomenda-se repouso, tratamento dos sintomas e acompanhamento médico.

Similaridades e desafios

A vigilância é crucial para identificar sintomas, detectar e prevenir possíveis surtos, além de possibilitar o diagnóstico diferencial com outras arboviroses, como a dengue.


 

 

Mosquito do gênero Culicoides transmite a febre Oropouche ( Foto: reprodução/ Elena Goosen/istock/catracalivre)


De acordo com Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, a situação mais crítica no momento é no Amazonas, onde a doença apresenta sintomas semelhantes aos da dengue e da chikungunya. Da mesma forma, Carla Kobayashi, infectologista do Hospital Sírio-Libanês, salienta que é fundamental reconhecer a prevalência da Febre do Oropouche na região Norte, onde ocorreram surtos nos últimos anos.

Consequentemente, há um risco real de ocorrência de novos casos, não apenas importados. Quando o vírus está em circulação em uma área, existe a possibilidade de os mosquitos picarem pessoas infectadas, se contaminarem e transmitirem a doença para outros indivíduos. Os sintomas assemelham-se aos da dengue e da chikungunya, como dor de cabeça, muscular e nas articulações, náusea e diarreia, o que pode dificultar o diagnóstico clínico.

O diagnóstico da doença requer uma avaliação clínica, epidemiológica e laboratorial, com notificação obrigatória de todos os casos de infecção devido ao seu potencial epidêmico e capacidade de mutação. A vigilância epidemiológica desempenha um papel crucial no controle, permitindo uma análise laboratorial para diferenciar outras arboviroses, como a dengue.

Estratégias de prevenção

Embora a Febre do Oropouche possa causar complicações raras, como meningite ou encefalite, o Ministério da Saúde recomenda descanso, tratamento dos sintomas e acompanhamento médico.

De acordo com o Ministério da Saúde, a doença possui dois ciclos distintos de transmissão:

Ciclo Silvestre: Neste ciclo, os animais, como bichos-preguiça e macacos, atuam como hospedeiros do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem ser vetores do vírus. No entanto, o mosquito Culicoides paraenses, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, é considerado o principal vetor neste ciclo.

Ciclo Urbano: Neste caso, os seres humanos são os principais hospedeiros do vírus. O maruim também desempenha um papel crucial como vetor principal. Além disso, o pernilongo urbano, Culex quinquefasciatus, pode ocasionalmente transmitir o vírus, aumentando o risco de propagação da doença.

Para prevenir a doença, são recomendadas medidas semelhantes às de prevenção da dengue, como evitar áreas com muitos mosquitos, usar roupas que cubram o corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele, e manter a casa limpa para eliminar possíveis locais de reprodução de mosquitos.

Foto Destaque: mosquito transmissor da Febre Oropouche (Reprodução/ Genilton J. Vieira / Fiocruz/gp1)

Vacinação contra a gripe terá início em 25 de março na maior parte do Brasil

A campanha de vacinação contra a gripe irá iniciar neste ano no dia 25 de março, é o que confirmou o Ministério da Saúde. Geralmente o início da aplicação das vacinas começa entre abril e maio, mas devido ao aumento na quantidade de vírus respiratórios circulando no Brasil, o governo decidiu antecipar a campanha deste ano.

Das cinco regiões brasileiras, apenas no Norte não terá a antecipação da vacinação, pois por diferenças climáticas, a campanha sempre ocorre entre novembro e dezembro. Ao todo são esperadas que 75 milhões de doses sejam aplicadas na população apta. Grupos prioritários com comorbidades irão se vacinar primeiro no Serviço Único de Saúde, SUS.

A vacina 

O Ministério da Saúde afirma que as vacinas que serão aplicadas a partir do dia 25 de março, protegem das cepas de vírus que começarão a circular a partir dos meses de maio, junho e julho. Por isso é importante a campanha começar alguns meses antes da circulação.

A vacina é a trivalente, ou seja, contém em sua composição três tipos de cepas diferentes, combinadas entre si. Elas protegem contra as variantes que estarão em circulação na época. Segundo o Ministério da Saúde, as vacinas contra a gripe poderão ser aplicadas juntamente com outras que fazem parte do calendário de vacinação do SUS.


Com a antecipação da campanha, governo prevê menos casos da doença (Foto: reprodução/X/@CNNBrasil)


Público-alvo da campanha

O público-alvo da campanha de vacinação da Gripe são crianças entre seis meses e seis anos, indígenas entre seis meses e nove anos, gestantes, trabalhadores da saúde, professores, puérperas, idosos maiores de 60 anos, profissionais de salvamento, pessoas em situação de rua, Forças Armadas, pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (sem idade limite), população carcerária privada de liberdade, incluindo adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (de 12 a 15 anos de idade), trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (ônibus), portuários, e funcionários do Sistema de privação da liberdade.

Crianças que receberão pela primeira vez

O Ministério da Saúde recomenda que as crianças que receberão o imunizante contra o vírus Influenza pela primeira vez, deverão tomar duas doses da vacina com intervalo mínimo de 30 dias. Após esse tempo, é necessário voltar ao posto de saúde para completar o esquema vacinal.

Início da distribuição

Segundo o governo, a partir do dia 20 de março as quatro regiões que terão a campanha antecipada, começarão a receber os imunizantes. Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste irão começar a vacinação no dia 25 de março. Já a região Norte, por conta de diferenças climáticas da região e a sazonalidade da doença, que começa no inverno amazônico, terá o seu início apenas entre novembro e dezembro deste ano.

Foto Destaque: vacinação contra a gripe tem seu início antecipado no Brasil (Reprodução/Paulo Pinto/X/@agenciabrasil)

Febre Oropouche, doença similar a Dengue, torna-se motivo de alerta no Amazonas

Um alerta epidemiológico foi emitido pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) no Amazonas, tratando-se da Febre Oropouche, doença infecciosa causada pelo vírus Oropouche.

No período de dezembro de 2023 e janeiro de 2024, o Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas(Lacen-AM), confirmou mediante o exame PCR a identificação de 199 casos de Febre Oropouche, após a análise de 675 amostras recolhidas. O Amazonas divulgou um comunicado na quinta-feira (22), informando 1398 casos desde o início do ano.

Em fevereiro, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), alertou sobre o crescimento de Oropouche na região americana, e enfatizou que a população é afetada independentemente de seu gênero ou faixa etária, entretanto, os jovens foram os mais afetados. 

Sobre o Oropouche

Oropouche é um vírus cuja transmissão ocorre por meio de picadas de mosquitos infectados, especificamente o mosquito conhecido como Maruim, que causam ao receptor a doença chamada de Febre Oropouche, que tem seus sintomas semelhantes aos da Dengue, entre eles: febre alta, dores de cabeça, dores nas articulações, náuseas e vômitos, que surgem de quatro a oito dias após a picada, o diagnóstico é dado através da testagem de pacientes que manifestam os sintomas e têm resultados negativos para a Dengue.


 Vídeo explica sobre o vírus Oropouche (Vídeo: reprodução/YouTube/Rota do Conhecimento)


Tratamento e prevenção

Ainda é inexistente um tratameto preciso para a Febre Oropouche, o que é recomendado através de prescrição médica é o uso de analgésicos para diminuição das dores, e antitérmicos para a baixa da febre.

Enquanto a prevenção, igualmente ao que ocorre na campanha de combate à Dengue, o melhor meio de impedir o aumento da Febre Oropouche, é dificultar a proliferação dos vetores desse vírus, os mosquitos, evitando o acúmulo de água parada, principal foco dos mosquitos transmissores, uso de repelentes, e utilização de telas e mosquiteiros em ambientes que circulam muitos mosquitos.

Foto Destaque: mosquito conhecido como Maruim (Reprodução/catracalivre/Créditos:Elena Goosen)

Transplante de Faustão: entenda as causas da insuficiência renal

Fausto Silva, mais conhecido como Faustão, foi internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, devido ao agravamento de uma doença renal crônica. O apresentador precisou passar por um transplante renal, após ter enfrentado um quadro grave de insuficiência cardíaca apenas seis meses antes. É importante compreender as causas da insuficiência renal crônica e as opções de tratamento disponíveis para aqueles que enfrentam essa condição.

Entendendo a doença renal crônica

A doença renal crônica é uma condição grave em que os rins perdem progressivamente a capacidade de filtrar os resíduos metabólicos do sangue. Entre as causas mais comuns estão doenças como diabete e hipertensão, além de condições genéticas como a doença dos rins policísticos. 

Os sintomas podem variar desde micção frequente à noite até fadiga, náusea, coceira e inchaço do corpo. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para gerenciar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

O tratamento da insuficiência renal crônica varia dependendo do estágio da doença e das necessidades individuais de cada paciente. Isso pode incluir medidas nutricionais para controlar a pressão arterial e reduzir a carga nos rins, além de medicamentos para retardar a progressão da doença. 

Em estágios avançados, a diálise pode ser necessária para filtrar o sangue de resíduos e excesso de líquidos. No entanto, para muitos pacientes, o transplante renal é a melhor opção, oferecendo a chance de uma vida mais normal e reduzindo a dependência de tratamentos de substituição renal.


Apresentador Faustão em vídeo no hospital (Foto: reprodução/Extra)


O caso do apresentador 

Após passar por um transplante cardíaco em agosto de 2023, Fausto Silva enfrentou uma nova cirurgia no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, nesta segunda-feira (26). Desta vez, foi um transplante de rim, necessário devido ao agravamento de uma doença renal crônica. A cirurgia transcorreu sem complicações, conforme informou o hospital.

Segundo comunicado do Hospital Israelita Albert Einstein, Faustão foi admitido em 25 de fevereiro para os preparativos do transplante renal, após o hospital ser acionado pela Central de Transplantes do Estado de São Paulo. A cirurgia ocorreu sem intercorrências, e Faustão permanecerá em observação para garantir a adaptação do novo órgão e o acompanhamento clínico necessário.

Familiares relataram que, quando o apresentador passou pelo transplante cardíaco no ano anterior, seus rins já estavam comprometidos, levando-o a fazer hemodiálise. O ex-Globo aguardou dois meses na fila de espera pelo transplante de rim. O doador do rim foi Fábio Cordeiro da Silva, um jogador de futebol amador que faleceu devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

 

Foto Destaque: Fausto Silva em seu programa “Faustão na Band” (Reprodução/F5)