Grande uso de bombinhas pode aumentar o risco de crise de asma

Um estudo recente trouxe à luz a problemática do uso excessivo e inadequado das bombinhas de asma, conhecidas como SABA (beta2 agonista de curta duração), e como isso pode aumentar significativamente o risco de reações graves à doença. Os SABA, que no estudo revelou prescrição excessiva de medicamentos para asmas ao serem administrados, atuam como broncodilatadores de rápida ação, facilitando a passagem de ar pelos brônquios durante um episódio de crise asmática. 

No entanto, na pesquisa feita pelo estudo geral mundial chamado SABRINA, evidenciou que quando usadas de forma exagerada ou incorreta, essas bombinhas podem levar a complicações sérias, alertando para a necessidade de uma prescrição e uso mais consciente e dirigido. 

Impactos do uso excessivo de bombinhas de asma no Brasil 

A prescrição excessiva de bombinhas para o tratamento imediato da asma tem ganhado atenção no Brasil devido aos seus efeitos a longo prazo na saúde dos pacientes. Esse tipo de tratamento, embora eficaz na rápida diminuição dos sintomas, não deve ser indicado como a única terapia para controlar a doença cronicamente. O abuso dessa abordagem tem levado a um ciclo vicioso de dependência desses medicamentos inalatórios, que, ao não atuar na raiz do problema, frequentemente resulta na necessidade de recorrer a corticosteroides orais. Estes, por sua vez, estão associados a uma série de efeitos colaterais indesejáveis e riscos à saúde a longo prazo. 

Asma

A situação é ainda mais agravada por fatores ambientais e genéticos, que desempenham um papel crucial no desenvolvimento e progressão da asma, uma das doenças respiratórias mais comuns no país, caracterizada por dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito. Considerando essa realidade, torna-se evidente a necessidade de revisão das práticas de prescrição e um foco maior em abordagens integrativas e preventivas no manejo da asma, visando o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes.


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Doutor Drauzio Varella explica o que é asma (Vídeo: Reprodução/YouTube/Drauzio Varella)


Estudo revela prescrição excessiva de medicamentos para asma

O estudo analisou 218 pacientes asmáticos, trouxe à tona a preocupação com a prescrição excessiva de SABAs (broncodilatadores de curta duração), revelando um uso médio de 11,2 frascos por ano por paciente. Surpreendentemente, 71,4% dos participantes receberam prescrições de três ou mais frascos, enquanto 42,2% foram instruídos a usar dez ou mais frascos no período de 12 meses. Tal prática levanta questões significativas, principalmente porque 49,1% desses pacientes sofreram uma ou mais exacerbações graves da doença, sugerindo que o uso frequente de SABA pode agravar a inflamação associada à asma. 

Essa tendência de prescrição desvia-se consideravelmente das recomendações da literatura médica, indicando um padrão preocupante que pode obscurecer a percepção da gravidade da asma e potencialmente exigir tratamentos ainda mais agressivos. As conclusões do estudo, liderado por Marcelo Rabahi, professor de pneumologia da Faculdade de Medicina da UFG, ressaltam a necessidade urgente de revisão das práticas de prescrição, priorizando abordagens que evitem o uso excessivo de SABAs e, por conseguinte, minimizem os riscos de exacerbações graves da doença.

O impacto do uso das bombinhas SABA na saúde dos pacientes com asma

Na busca pelo controle da asma, a diferenciação entre o alívio imediato dos sintomas e o tratamento eficaz da doença se mostra fundamental. As bombinhas do tipo SABA, embora essenciais para o alívio rápido durante um episódio agudo, não devem ser vistas como uma solução de longo prazo para o manejo da asma. Esses dispositivos, por serem compostos exclusivamente por broncodilatadores de curta duração, focam apenas no sintoma emergencial, sem abordar a inflamação subjacente dos brônquios, cerne da questão asmática. Por outro lado, o uso de bombinhas com corticoides inalatórios surge como uma estratégia crucial para o tratamento a longo prazo, atuando diretamente sobre a inflamação e prevenindo as crises. A conscientização sobre a importância de adotar as diretrizes clínicas recomendadas, sob orientação de profissionais de saúde, torna-se, portanto, um pilar para o controle efetivo da asma, mitigando a dependência excessiva das bombinhas SABA e promovendo um tratamento mais adequado e seguro.

Avanços no tratamento da asma e impacto nas recomendações médicas

Desde 2019, a Iniciativa Global pela Asma (GINA) mudou significativamente a abordagem no tratamento da asma, recomendando a combinação de broncodilatadores com corticoides inalatórios, uma decisão refletida também pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) em 2020, que desaconselhou o uso de monoterapia com SABA devido aos seus riscos aumentados para crises asmáticas. 

Essas recomendações surgiram após a consolidação de evidências que demonstram que o uso combinado desses medicamentos pode reduzir consideravelmente os riscos apresentados pela monoterapia com SABA. A nova diretriz ressalta não apenas a importância de adotar tratamentos mais eficazes e seguros, mas também destaca a necessidade de melhorar o acesso dos pacientes a esses tratamentos. 

Foto Destaque: Uso excessivo de bombinhas para asma pode desencadear mais crises (Reprodução/Bymuratdeniz/Getty images Embed)

OMS atualiza as 15 bactérias mais alarmantes para a saúde humana

A Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou uma lista com as 15 bactérias mais perigosas para os humanos. De acordo com as informações da organização divulgadas nesta última sexta-feira (17), foram listados os patógenos que possuem uma maior resistência a antibióticos. 

A lista com as 15 bactérias identificadas, foi dividida em três categorias: críticas, altas e médias. Essa identificação ajuda com que as orientações e tratamentos sejam mais assertivos para os pacientes e que não haja propagação.

De acordo com um comunicado enviado à imprensa pela Yukiko Nakatani, diretora-geral de resistência antimicrobiana da OMS, a lista divulgada é muito importante para mapear essas bactérias globalmente que se tornam resistentes aos medicamentos e quanto elas impactam na saúde pública. 


Sede da Organização Mundial da Saúde (Foto: reprodução/Denis Balibouse/REUTERS)


As 15 bactérias 

Os patogênicos classificados como situação crítica são as bactérias Acinetobacter baumannii, que são resistentes a carbapenem, os Enterobacterales, resistentes aos carbapenêmicos e a cefalosporina de terceira geração. Os Mycobacterium tuberculosis também são listados como resistentes à rifampicina. 

Na classe dos de alta prioridade estão a Salmonella Typhi, Shigella spp e Salmonella não tifoide resistentes às fluoroquinolonas. O patógeno Enterococcus faecium é resistente à vancomicina, assim como a Pseudomonas não tifoide que são resistentes aos medicamentos carbapenêmicos. 

As bactérias Neisseria gonorrhoeae são resistentes a dois antibióticos, os cefalosporina e também ao fluoroquinolona de terceira geração. Por fim, as bactérias classificadas como Staphylococcus aureus, são resistentes à meticilina. 


Lista com bactérias é atualizada pela OMS (Foto: reprodução/Adrian Lange/Unsplash)


Resistência antimicrobiana 

A listagem das bactérias procura identificar quais são os riscos para a saúde humana e quanto elas não respondem aos medicamentos. 

Desta forma, todos os grupos listados são considerados como resistência antimicrobiana, quando qualquer vírus, fungos ou parasitas deixam de responder aos medicamentos, fazendo com que pessoas adoeçam com mais facilidade, aumentando a propagação da doença, levando muitas vezes à morte. 

 

Foto destaque: vírus (Reprodução/katerynakon/Deposit Photos)

Proteínas no sangue podem antecipar diagnóstico de Câncer em 7 anos

Pesquisadores da Oxford Population Health descobriram que certas proteínas no sangue podem prever o desenvolvimento de vários tipos de câncer com até sete anos de antecedência.  Publicada em 15 de maio na revista Nature Communications, a pesquisa revelou 618 proteínas associadas a 19 tipos de câncer. Este avanço pode revolucionar a detecção precoce da doença, possibilitando tratamentos mais eficazes e até a prevenção.

Detalhes do estudo

Utilizando a técnica de proteômica, que permite a análise de grandes conjuntos de proteínas em amostras de tecidos, os cientistas examinaram 1.463 proteínas em amostras de sangue de mais de 44 mil pessoas do UK Biobank. Também identificaram 107 proteínas em indivíduos cujas amostras de sangue foram coletadas pelo menos sete anos antes do diagnóstico de câncer. No total, encontraram 182 proteínas que diferiam no sangue de participantes diagnosticados com câncer três anos antes da confirmação médica. 

Num segundo estudo, analisaram dados genéticos de mais de 300 mil casos de câncer, identificando 40 proteínas que influenciam o risco de desenvolver nove tipos diferentes da doença.

O que os especialistas dizem


 

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Especialista fazendo anotações sobre análises ( Foto: reprodução/Janiecbros/Getty Images)

Iain Foulkes, Diretor Executivo de Pesquisa e Inovação da Cancer Research UK: “Estas descobertas são o primeiro passo crucial para oferecer terapias preventivas, proporcionando vidas mais longas e melhores, livres do medo do câncer.” 

Karen Papier, Epidemiologista Nutricional Sênior da Oxford Population Health: “Precisamos estudar essas proteínas em profundidade para ver quais poderiam ser usadas de forma confiável para prevenção.” 

Ruth Travis, Epidemiologista Molecular Sênior da Oxford Population Health: “Esses estudos são importantes porque fornecem novas pistas sobre as causas e a biologia de vários cânceres, incluindo informações sobre o que acontece anos antes de um diagnóstico.”  

Implicações e futuro da pesquisa

As descobertas sugerem que essas proteínas podem ser cruciais para a detecção precoce do câncer, possibilitando intervenções preventivas e terapias mais direcionadas. No entanto, os pesquisadores destacam a necessidade de estudos adicionais para entender plenamente o papel dessas proteínas no desenvolvimento do câncer e determinar quais poderiam ser mais eficazes para novos testes diagnósticos e tratamentos.

Com mais pesquisas, os cientistas esperam desenvolver testes clínicos baseados nas proteínas identificadas, avançando na luta contra o câncer ao possibilitar detecções mais precoces e tratamentos mais eficazes.

Foto Destaque: Especialista coletando amostras de sangue ( Foto: reprodução/ Boonchai Wedmakawand/ Getty Images)

 

“Geração ansiosa”: como o uso excessivo de celulares afeta a saúde mental infantil?

A modernidade trouxe consigo avanços tecnológicos que redefiniram as formas de interação social, especialmente entre as crianças. Com o uso dos smartphones, uma crescente preocupação ecoa entre especialistas sobre o impacto desses dispositivos no bem-estar dos mais jovens. 

O psicólogo americano, Jonathan Haidt, chama a atenção para um fenômeno alarmante: o aumento dos transtornos mentais em crianças que passam grandes períodos em seus celulares.

Aumento dos transtornos mentais em crianças

Estudos apontam para um crescimento significativo de casos de ansiedade e depressão entre crianças e adolescentes. Essa tendência é relacionada com a exposição precoce e intensiva às redes sociais e jogos online, facilitada pela constante disponibilidade de dispositivos móveis. A “geração ansiosa”, como vem sendo chamada, enfrenta desafios psicológicos que eram menos comuns em décadas passadas.


O uso excessivo de celular por crianças e a falta de cuidado podem gerar ansiedade, depressão e transtornos mentais (Vídeo: Reprodução/YouTube/Hoje em Dia)


Em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, Jonathan Haidt, argumenta que a infância está sendo “reprogramada” pelo uso intensivo do celular. A substituição de atividades tradicionalmente associadas à infância, como brincar ao ar livre e interações face à face, por passar várias horas em frente a telas, tem impactos profundos na formação social, cognitiva e emocional das crianças.


Jonathan Haidt chama atenção para os problemas causados pelo uso de celular e redes sociais para crianças (Vídeo: Reprodução/YouTube/PH Tutoriais)


O psicólogo, Jonathan Haidt, autor de “A geração ansiosa”, relata que antes de 2015, a infância era caracterizada por brincadeiras no quintal, conversas em tempo real e uma exposição limitada às tecnologias digitais. Os telefones celulares, quando existiam no universo infantil, tinham como principal função facilitar a comunicação em casos de necessidade, sem oferecer distrações adicionais ou acesso contínuo à internet.

Mas após 2015, observou-se uma mudança radical: os smartphones com acesso à internet, jogos e redes sociais substituíram os antigos celulares. Esta transição não apenas mudou a forma de comunicação entre as crianças, mas também alterou profundamente seus hábitos diários, preferências de entretenimento e modos de aprendizado.

Quatro medidas urgentes propostas por Haidt

●Restringir o acesso a redes sociais para menores de 16 anos.

●Promover atividades extracurriculares que envolvam interações sociais reais.

●Implementar políticas educacionais que incluam educação digital e emocional.

●Fortalecer o papel das famílias e educadores na mediação do uso de tecnologia por crianças.

Impacto das redes sociais na saúde mental após os 16 Anos

O argumento de Haidt se baseia na ideia de que, após os 16 anos, jovens possuem maior maturidade emocional e cognitiva para navegar pelos desafios e armadilhas das redes sociais. Limitar o acesso antes dessa idade poderia prevenir o desenvolvimento precoce de transtornos mentais e promover uma relação mais saudável e consciente com a tecnologia.

Estratégias para famílias e educadores lidarem com o problema

As consequências do uso excessivo de celulares vão além da ansiedade, incluindo distúrbios do sono, dificuldades de concentração e uma tendência ao isolamento social. Esses efeitos adversos não só prejudicam o desempenho acadêmico como também impactam significativamente o bem-estar e o desenvolvimento emocional das crianças. 

Para combater esse fenômeno, é essencial a implementação de estratégias de prevenção e intervenção, que incluem limites para o uso de celulares, encorajamento de atividades físicas e sociais fora da esfera digital, e a promoção de campanhas de conscientização sobre os riscos do uso desmedido de tecnologias. Os pais e responsáveis têm um papel crucial nesse processo, servindo como modelos de comportamento e estabelecendo um diálogo aberto sobre o uso consciente da tecnologia.

●Estabelecer limites claros para o uso de dispositivos eletrônicos.

●Incentivar atividades que promovam o desenvolvimento social e emocional.

●Dialogar abertamente sobre os conteúdos consumidos online.

●Participar ativamente da vida digital das crianças, oferecendo orientação e suporte.

 

Foto destaque: O uso excessivo de celular por crianças (Reprodução/Maskot/Getty Images)

 

Dra. Anamarya Rocha participa de imersão cirúrgica em Curitiba com médico polonês pioneiro em ginecologia estética

Dra. Anamarya Rocha, Ginecologista da JK Estética Avançada-a maior clínica de estética do mundo-, participa do curso “Labioplastia Perfeita”, realizado em Curitiba-PR e ministrado pelo renomado ginecologista polonês Dawid Serafin da Polish Academy of Plastic and Aesthetic Gynecology.

Dra. Anamarya Rocha, consagrada como referência em cirurgias íntimas aqui no Brasil recebe mulheres de todo o mundo na JK Estética Avançada e conta que o curso é diferente de tudo que já aprendeu e já fez até hoje. “As técnicas inovadores do dr. Dawid Serafin proporcionam um resultado estético incrível, sem cicatrizes evidentes e a recuperação cirúrgica é isenta de dor”. Comenta Anamarya.



Dawid Serafin ensina técnicas premiadas na Faculdade Inspirar que está em parceria com Instituto Gris neste projeto, nos dias 17 e 18 de maio (sexta-feira e sábado). O objetivo é, não apenas ampliar o repertório técnico do profissional com métodos exclusivos, mas também promover o destaque entre uma gama de profissionais, posicionando-se à frente no mercado.



Dra. Anamarya Rocha participou da primeira cirurgia do curso e aprendeu a técnica “Dewedge”, recebendo elogios do Dr. Dawid que comentou em suas redes sociais: “@dra.anamaryarocha you are a fantastic surgeon”.

Sinto-me lisongeada com o elogio do Dr. Dawid Serafin, pois junto com ele estou  entre as referências em estética íntima do mundo e após esse curso levo à JK estética Avançada as técnicas do renomado ginecologista polonês para proporcionar os melhores resultados às minhas pacientes. Finaliza ela. 

Anamarya Rocha 
CRM/SP 187.276 RQE 86.825
Ginecologia Regenerativa, Funcional e Estética 

Endereço para correspondência 
JK Estética Avançada @jkesteticaavancada
Avenida presidente Juscelino Kubitscheck,1545 11º andar
Vila nova Conceição 
São Paulo – Brasil 
+55 (11) 98223-3191 

Anvisa restringe prescrição do zolpidem e da zopiclona em tratamentos de insônia

A diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou nessa quarta-feira (15), uma resolução que torna mais rígida a prescrição dos remédios zolpidem e da zopiclona, utilizados comumente para o tratamento pontual de casos de insônia. Os medicamentos só poderão ser indicados desde que tenham prescrição médica do tipo azul, que possui um controle mais rigoroso. A medida passará a valer a partir de 1º de agosto de 2024.

Anteriormente, a legislação sanitária permitia que concentrações de até 10 mg do zolpidem e da zopiclona fossem prescritas em receitas brancas, em que uma via fica com o paciente e a outra com a farmácia. Essa prática fez com que o consumo irregular do medicamento aumentasse. Com a nova resolução, os farmacêuticos passarão a exigir as receitas do tipo azul, para a liberação do medicamento. Com isso, o acompanhamento da prescrição e uso adequado dos remédios será facilitado.

Mudanças da resolução

Nas prescrições médicas do tipo azul, os dados do responsável pela indicação do medicamento são devidamente indicados. Esse tipo de receita exige ainda que o profissional tenha cadastro na autoridade sanitária do local em que exerce a profissão. Com esse controle, os médicos ficarão limitados por um número específico de receitas dessa natureza.


Exemplo de receita do tipo azul (Foto: reprodução/Guia de Bulas)


Além disso, só é possível prescrever um medicamento nas receitas do tipo azul, que contenha uma quantidade proporcional a um tratamento de 30 dias, mesmo prazo de validade da prescrição. Todos os medicamentos à base de zolpidem poderão ser fabricados até 1º de dezembro com tarja vermelha. Após essa data, a tarja preta deverá constar nos remédios.

A dispensa dos medicamentos nas farmácias, poderá ser realizada normalmente, independentemente da tarja, desde que, no prazo de validade e com a apresentação da receita azul.

O que é o zolpidem

O zolpidem é um medicamento utilizado para induzir o sono e geralmente é utilizado em tratamentos de insônia, sendo necessário comprá-lo mediante a apresentação de uma receita médica. O remédio possui um efeito colateral de sedação, que pode levar ao sonambulismo. A própria bula do fármaco faz esse alerta, ressaltando que a pessoa poderá não se lembrar do que fez enquanto estava sedada.

O psiquiatra Amilton dos Santos Júnior explica a necessidade de tomar o remédio e não sair mais da cama, para realizar outras atividades. “Algumas pessoas são sensíveis, tem gente que toma e vai até a padaria e isso é perigoso, porque o remédio pode fazer efeito. Se a pessoa está dirigindo, ela pode bater o carro. O paciente também pode fazer algo e se arrepender depois, pode falar dormindo, andar dormindo”, completa o especialista.


Atuação do zolpidem no metabolismo (Vídeo: reprodução/Youtube/Neurociência descomplicada)


Dependência do zolpidem

O zolpidem é um medicamento que pode causar dependência, conforme o aumento da dose ingerida e o tempo de tratamento. A ingestão do medicamento não deve ultrapassar o período de 4 semanas, conforme indicado na bula. Para o psiquiatra, Amilton dos Santos, a utilização do zolpidem não deve ser a primeira opção no tratamento da insônia.

Ele recomenda que o paciente tente fazer mudanças de hábito e iniciar o tratamento com medidas não farmacológicas. Essas medidas envolvem a higiene do sono, evitar produtos com cafeína e uso de telas antes de dormir.

Foto destaque: Anvisa restringe prescrição do zolpidem e da zopiclona em tratamentos de insônia (Reprodução/Tom Merton/Getty Images Embed)

Ozempic: efeitos colaterais negativos viralizam na Internet

O surgimento das expressões peito e bumbum de Ozempic vem gerando burburinho nas redes sociais, sobretudo por virem após o já conhecido “cabeça de Ozempic”, que significa uma desproporcionalidade entre cabeça e corpo após um emagrecimento muito rápido.


Usuários de Ozempic vêm relatando flacidez na região dos glúteos (Foto: reprodução/Freepik)


Explicação biológica

As novas expressões têm relação à flacidez dessas partes do corpo após perdas significativas de gordura após o uso de medicamentos como Ozempic com o próposito de perder peso. Segundo o cirurgião plástico Tiago Morais, tanto os seios quanto os glúteos possuem gorduram em suas composições, a única diferença sendo a presença de glândulas nos seios e de músculos nos glúteos. Ao usar substâncias com o mesmo funcionamento do Ozempic, a pessoa ingere semaglutida e torna o processo de esvaziamento do estômago mais lento, retardando o momento de sentir fome. Ao prolongar esse momento, o corpo passa a utilizar as reservas de gordura já existentes e queima tais estoques mais rapidamente, tirando a sustentação de seios e glúteos. O processo é bem similar ao que acontece após uma cirurgia bariátrica, momento no qual algumas pessoas precisam fazer cirurgia plástica para remover o excesso de pele.


Cantora sertaneja Maraisa após emagrecimento repentino, que alguns internautas afirmam ter sido por uso de medicamentos, ainda que a cantora negue (Foto: reprodução/Instagram/@maraisa)


Como emagrecer bem

Estudos comprovam que para evitar a flacidez durante o processo de emagrecimento, seja por dieta, cirurgia, ou medicamentos, o ideal é aliar uma alimentação saudável, hidratação intensa e exercícios físicos, de modo a queimar também massa muscular. Vale a pena ressaltar que o uso de medicamentos como o Ozempic é contraindicado para o emagrecimento, sobretudo por ser um medicamento voltado para o tratamento de diabetes e, além de gerar riscos para quem o usa sem indicação, ainda torna mais escasso o produto para quem de fato necessita usá-lo. Além disso, usuários do remédio já relataram problemas gastrointestinais como consequência do uso controlado dele e de similares, o que leva a entender que a consequência para os que o usam desenfreadamente são ainda piores.

Foto destaque: Ozempic, medicamento para diabetes (Reprodução/NurPhoto)

Vacina da Covid-19 pode ajudar pacientes com insuficiência cardíaca

Um estudo revolucionário apresentado no Heart Failure 2024, um importante congresso científico da Sociedade de Cardiologia da União Europeia, trouxe luz a uma descoberta impressionante: pessoas com insuficiência cardíaca que receberam a vacina contra Covid-19 têm uma probabilidade 82% maior de viver mais tempo em comparação àqueles que não foram imunizados o que corresponde diminuição de hospitalizações em 47%.

Incidência de Insuficiência Cardíaca

A insuficiência cardíaca afeta milhões globalmente, limitando a qualidade de vida e aumentando o risco de morte prematura. A condição, caracterizada pela incapacidade do coração de bombear sangue de forma eficiente, exige uma atenção meticulosa aos fatores de risco e intervenções médicas assertivas. Dados relatam que ao todo são cerca de 64 milhões de pessoas em todo o mundo que sofrem de insuficiência cardíaca. 


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Insuficiência cardíaca, doença do coração cansado (Vídeo: Reprodução/YouTube/Veja Saúde)


Importância da vacina Covid-19 para pacientes com insuficiência cardíaca

Estudos anteriores já haviam destacado a segurança e eficácia da vacina contra a Covid-19, especialmente em indivíduos com doenças cardiovasculares.Um estudo recente utilizou dados do Serviço Nacional de Seguro de Saúde da Coreia para analisar o impacto da vacinação em pacientes com insuficiência cardíaca. Abrangendo uma larga amostra de pacientes, a pesquisa evidenciou os benefícios da vacinação, oferecendo uma análise comparativa detalhada entre os vacinados e não vacinados, controlada por diversas variáveis.

Redução de Riscos com a Vacinação

O estudo apresentou resultados encorajadores: a vacinação foi associada a uma significativa diminuição no risco de morte por todas as causas, hospitalizações por insuficiência cardíaca e infecções por Covid-19. Além disso, observou-se uma redução nos riscos de complicações graves como AVC, ataques cardíacos e outros eventos tromboembólicos, comparando-se com o grupo não vacinado. A análise do estudo contou com a participação de 651.127 pacientes com 18 anos ou mais. Dentre os pacientes analisados, impressionantes 83% foram vacinados contra a Covid-19, enquanto 17% não receberam a vacina. 


Pacientes que sofrem de insuficiência cardíaca podem viver mais a partir da ajuda da vacina contra Covid-19 (Foto: Reprodução/Instagram/@segundo.news)


Outros Benefícios da Vacina em Complicações Cardíacas

Além dos efeitos diretos contra a Covid-19, a vacinação mostrou impactar positivamente na redução de complicações cardíacas secundárias. Este aspecto reforça a recomendação universal da vacinação, não só como uma medida preventiva contra o vírus, mas como uma estratégia de proteção cardiovascular ampliada em pacientes com insuficiência cardíaca.

Foto Destaque: Vacina contra Covid-19 poder reduzir dados de mortalidade e insuficiência cardíaca (Reprodução/Instagram/@segundo.news)

Autismo e a importância do acompanhamento multidisciplinar na infância: A abordagem inovadora da Clínica Vitalidade

O autismo é um transtorno do espectro autista (TEA) que afeta a comunicação e o comportamento de indivíduos desde a infância. Envolvendo uma gama de sintomas e habilidades, o TEA pode ser um desafio significativo tanto para as crianças quanto para suas famílias. No entanto, iniciativas como a Clínica Vitalidade Terapias Multidisciplinar, localizada no Tatuapé, São Paulo, estão transformando essa jornada em uma história de esperança e sucesso.

Fundada durante a pandemia, a Clínica Vitalidade iniciou as suas atividades oferecendo um tratamento convencional. Mas, entendendo a necessidade, há 1 ano, abraçou também um novo propósito: proporcionar um espaço onde crianças autistas de 0 a 12 anos possam não apenas receber tratamento, mas serem acolhidas e compreendidas em sua totalidade.

A clínica se diferencia pelo seu horário de atendimento estendido, atuando até às 22h para acomodar as rotinas das mães e também pelo seu ambiente cuidadosamente planejado para atender às necessidades específicas dessas crianças.

Nosso objetivo vai além do atendimento terapêutico. Queremos ser um porto seguro para as famílias, um lugar onde elas possam encontrar compreensão e suporte real”, explica a equipe da Vitalidade.



O tratamento no espectro autista muitas vezes exige uma abordagem multidisciplinar. Na Clínica Vitalidade, cada criança é assistida por uma equipe de profissionais que inclui psicólogos, musicoterapeutas, psicopedagogos, psicomotricistas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.

Essa diversidade de especialistas permite um tratamento abrangente e personalizado, focado nas necessidades únicas de cada criança: “Utilizamos a Análise do Comportamento Aplicada (ABA) como uma de nossas principais ferramentas. Essa metodologia é reconhecida por seus resultados efetivos no desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação em crianças autistas”, destaca a clínica.

Além do Atendimento: Suporte às Mães

Um dos aspectos mais inovadores da Clínica Vitalidade é o seu compromisso em apoiar não apenas as crianças, mas também suas mães. O evento “Café com as Mães” é uma iniciativa quinzenal que oferece um espaço para que elas possam discutir suas preocupações, medos e esperanças, enquanto seus filhos recebem tratamento: “Criamos um ambiente de acolhimento e escuta, onde cada uma pode se sentir vista e apoiada”, comenta a equipe.

Impacto e Transformação

Os resultados falam por si: famílias mais fortalecidas, crianças mais felizes e desenvolvimento contínuo. O trabalho da Clínica Vitalidade enriquece a qualidade de vida das crianças e suas famílias, promovendo uma verdadeira transformação.



Nosso trabalho é um convite constante à esperança e à possibilidade de um futuro mais brilhante para nossas crianças”, conclui.

Para mais informações sobre a Clínica Vitalidade e suas terapias, visite o site em www.vitalidadepsicologia.com.br e siga-os nas redes sociais @vitalidadepsicologia para atualizações e novidades.

Ministério da Saúde alerta para riscos de leptospirose após chuvas no Rio Grande do Sul

Neste sábado (11), o Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica sobre o uso de profilaxia sem a necessidade da confirmação laboratorial em casos da doença de leptospirose, os casos, tem aumentado devido às condições precárias de infraestrutura e calamidade pública no estado do Rio Grande do Sul, desde o fim de abril. A doença está diretamente relacionada às enchentes e à infestação de roedores infectados. Em um dos trechos da nota, a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) disse: “Em cenários de desastres climáticos, como inundações, a disseminação e a persistência da bactéria no ambiente podem facilitar a ocorrência de surtos da doença”.

E alertou também aos profissionais de saúde e à população sobre um olhar mais atento nos sinais e sintomas da doença e um diagnóstico diferencial para doenças respiratórias, diarreias agudas, infecções do trato urinário, sepse e hepatite A.

Sintomas

O SUS tentará tratar a doença na fase inicial, a recomendação é que os pacientes que apresentam febre e dores, principalmente na região lombar e panturrilha, que tiveram contato com água ou lama das inundações dentro do período de até 30 dias, recebam quanto antes o tratamento com quimioprofilaxia. Ressaltou onde procurar assistência médica. “É importante considerar que casos podem ser atendidos em municípios que não sofreram com as chuvas, já que muitas famílias se abrigaram em casas de familiares ou amigos em municípios vizinhos. Portanto, todos os agentes públicos devem estar sensíveis e buscar informações da origem do local de residência do paciente”.


 

Cidadãos em contato direto nas águas (Foto:Reprodução/Infomoney/Reuters/Diego Vara)


Doença

Leptospirose é uma doença infecciosa contraída pela exposição direta ou indireta de urina de animais infectados pela bactéria Leptospira, exclusivamente por ratos.

A bactéria começa com lesões na pele, por mucosas, tendo muito tempo de contato com água, solo ou alimentos contaminados.

Os maiores sintomas são febres altas, dor de cabeça, sangramento, dor muscular, calafrios, olhos vermelhos e vômitos. Se não tratada, pode levar à morte.

O intervalo de tempo entre a transmissão e o início dos sintomas leva em média 30 dias, mas ocorre normalmente entre 7 a 14 dias após a exposição.

A doença alta tem ocorrência em várias áreas do país e o risco de letalidade pode chegar a 40% em casos mais graves. 

Tratamento

Quimioprofilaxia é o uso de substâncias para impedir o desenvolvimento da doença.

Segundo a nota técnica do Ministério da Saúde, o tratamento não é recomendado como medida de prevenção em saúde pública. “Em casos de exposição populacional em massa, por ocasião de desastres climáticos com enchentes”.

O uso da quimioprofilaxia só será possível para pessoas que atuam nas operações de resgate do RS, ainda com a nota, pode ser considerado por estar em constante exposição e grande risco de infecção. Somente “neste caso, o método poderá ser adotado conforme decisão e fluxos definidos na gestão do nível local, a depender da disponibilidade de medicamentos”.

Foto Destaque: Cidade do Rio Grande do Sul (Reprodução/agênciabrasil/Amanda Perobelli)