Entenda como a terapia pode auxiliar no processo de reeducação alimentar

Compreender os sentimentos e seus impactos nas escolhas pessoais é uma das funções da terapia, que é fundamental para o entendimento de certos comportamentos, como a alimentação. 

Segundo Fabiana Escudeiro, psicóloga e professora da PUCPR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná), as sessões de terapia podem auxiliar em processos de reeducação alimentar, visto que estimulam uma reflexão sobre a relação do com a comida e quais são os caminhos para proporcionar uma mudança saudável. Para a psicóloga, a terapia é uma fundamental aliada para qualquer desejo de mudança comportamental, fazendo parte de processos de reeducação. 

Em casos como a obesidade e transtornos alimentares (bulimia, compulsão alimentar e anorexia), a terapia é uma etapa obrigatória do tratamento. Quadros como esses exigem um trabalho de equipe multidisciplinar, com nutricionistas, psicólogos e profissionais específicos para o que cada tipo de distúrbio demanda. 

Há evidências de que a sensibilidade à recompensa é fator de risco para ganho de peso e obesidade. Isso apoia a recomendação que os indivíduos que vivem com obesidade devem ser informados sobre fundamentos neurobiológicos do impulso para comer, e apoiados para desenvolver habilidades comportamentais de enfrentamento para gerenciar essas questões”, afirma Sylka Rodovalho, endocrinologista da SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional de São Paulo). 


O processo de reeducação alimentar está ligado a questões psicológicas. (Foto: Reprodução/ Freepik) 


Uma das principais funções da terapia é a criação de ferramentas para o controle das emoções sem o uso de recursos externos, e comer pode ser um deles. A comida pode ser um importante regulador de humor, na qual uma pessoa se sente dependente dela para se sentir bem.  

Em casos como obesidade e sobrepeso, a terapia é recomendada quando a vida da pessoa é ditada pela sua autoimagem, quando sua visão sobre si mesma impacta diretamente no seu cotidiano e nas suas relações.  

A terapia também é uma ferramenta para romper com a ideia de perfeccionismo das dietas, o que faz com que muitas pessoas desistam de adotar novos hábitos no seu primeiro desvio. Dessa forma, o tratamento serve para evitar que o paciente caia em armadilhas como esta.  

A TCC (terapia cognitivo-comportamental) é comumente associada aos tratamentos de perda de peso. O processo age no desenvolvimento de metas e no modo de interpretar as ações do paciente para compreender, por exemplo, o momento em que ele não conseguiu seguir a dieta e qual foi seu sentimento naquele instante.  

Cada pessoa tem um jeito diferente de funcionar, tem gente que come porque está feliz, porque não percebe, está entediado. A função da terapia é entender o padrão de funcionamento daquela pessoa, qual é a função da comida e como fazer para mudar isso, se necessário”, diz Fabiana Escudeiro. 

 

Foto destaque: Terapia é uma aliada fundamental para qualquer mudança comportamental. Reprodução/ Freepik

Anvisa debate regulamentação de cigarro eletrônico

Nesta segunda-feira (11), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) elaborou um formulário técnico e científico sobre o uso destes dispositivos eletrônicos, chamados DEF, que estão proibidos para venda no Brasil desde 2009. O cigarro eletrônico, alternativa ao cigarro comum, chega à quarta geração de aparelhos trazendo novo formato focado no público jovem; no entanto, com mais malefícios do que sua versão original.

Até então, o relatório parcial indica possíveis três caminhos que podem ser tomados. A primeira segue mantendo o texto e as proibições estabelecidas pela normativa RDC 46/2009; a segunda opção mantém o texto da normativa, adicionando uma campanha educativa de conscientização dos malefícios e aumenta fiscalização na internet contra a venda do produto; e por último, a liberação do comércio permitindo a fabricação e exportação revogando as proibições da normativa.

A coordenadora de prevenção e vigilância do Instituto Nacional de Câncer (INCA) Liz Maria de Almeida ressalta que alternativa para o relatório final ‘precisa’ manter as proibições da RDC e implementar novas ações de fiscalização diante da intensificação do comércio irregular nos últimos anos. “A gente tá vendo uma turma que tinha parado de fumar voltando a fumar por conta de entrar em contato novamente com a nicotina através desses eletrônicos”, informa Almeida.


O cigarro comum tem alcatrão e mais de 40 substâncias cancerígenas. (Foto: Reprodução/Vanessa M Blaha)


A coordenadora da área de cardiologia do Programa de Tratamento ao Tabagismo do Instituto do Coração, Jaqueline Scholz, acrescenta que uma revisão mais rigorosa da normativa é o caminho a ser tomado, pois isso irá proteger a saúde das pessoas e reflete sobre as multas atuais não estarem inibindo comércio e importação dos cigarros eletrônicos no Brasil.

Os cigarros eletrônicos, também chamados de vaporizadores, pod`s, e-cigarettes e e-pipes, são dispositivos que, na primeira geração, simulava o uso do cigarro e tinha o intuito de diminuir o consumo do tabaco. Os produtos de tabaco aquecido são outra categoria que utiliza líquido ou essência que aquecem diretamente o tabaco, planta que extraí a nicotina.

O cigarro comum tem alcatrão e mais de 40 substâncias cancerígenas, como o monóxido de carbono, nicotina, aromatizantes e outros produtos químicos que são prejudiciais à nossa saúde. Estes funcionam através da queima destas substâncias, combustão.

Ao ser acendido, o fogo queima as substâncias do cigarro, num processo físico. A fumaça é inalada pelo fumante e os elementos do cigarro caem na corrente sanguínea, principalmente nicotina, monóxido de carbono e alcatrão. Muitas dessas substâncias são cancerígenas, causam dependência e boa parte do monóxido de carbono fica no corpo, o que dificulta o transporte do oxigênio no sangue.

Por outro lado, cigarros eletrônicos possui um reservatório onde é armazenado um líquido aquecido por uma pequena resistência e evapora rapidamente. A fumaça é inalada pelo fumante e as substâncias químicas caem na corrente sanguínea. Este líquido é composto geralmente de água, glicerina, álcool, nicotina e aromas e é aquecida por uma bateria. A nicotina é uma droga e induz a dependência química. Além de doenças e irritações respiratórias pela inalação do vapor, a nicotina pode levar a crises de abstinência e doenças cardiovasculares.


A indústria alimentícia tenta dar diferentes sabores a experiência. (Foto: Reprodução/ Getty Images)


Almeida explica que a nicotina tem ação psicoativa, ligando ao neurotransmissor do sistema nervoso liberando dopamina, substância responsável pela sensação de bem-estar. Nos aparelhos recentes, a adição de compostos químicos produzidos pela indústria alimentícia tenta dar diferentes sabores a experiência. “É um entregador de nicotina com uma roupa nova. Esse é o principal fator em comum entre esses tipos de cigarros”, ressalta Almeida.

A primeira aparição dos cigarros eletrônicos no mercado brasileiro foi em 2005. Semelhante ao cigarro tradicional, era descartável, sem recarga do líquido e apresentavam constantes falhas de vazamentos. Em 2010, a segunda geração sai da fabrica em formato agora semelhantes a uma caneta e já vinham com cartucho recarregável. Em 2015, os aparelhos lançados pelas empresas Philip Morris Brasil e BAT Brasil vieram com formato mais robusto, de tanque chamados de mod`s, já com a possibilidade de mudar a essência e com baterias maiores e duradouras. A quarta geração, que iniciou em 2017, acompanha sais ácidos de nicotina, mais viciantes com formato moderno e colorido apelando para atenção do público jovem.

Segundo o INCA, os dispositivos eletrônicos aumentam a chance de desenvolver vários tipos de cânceres, dentre do pulmão ao colo do útero. Fora mais de 50 tipos diferentes de doenças respiratórias e cardiovasculares, entre outras. Só em 2020, os Estados Unidos confirmaram 2.807 casos de lesão pulmonar causada pelo uso excessivo do aparelho. Calcula-se que no Brasil 157 mil pessoas morrem por ano pela doença.

 

Foto destaque: Comparação entre cigarro tradicional e eletrônico. Reprodução/Newsweek.

Conheça escrupulosidade, distúrbio variável do TOC

A escrupulosidade é uma condição variada do Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) documentado há séculos, mas ainda pouco conhecida. É manifestado no comportamento das pessoas, vivendo atormentados por achar que estão violando suas crenças religiosas, morais ou éticas, como rezar pouco ou se castigar por não ser uma pessoa “boa”. Estes pensamentos em uma criança podem inundar a mente com sentimentos confusos, inseguros e de culpa, não relatando aos adultos o que está acontecendo por acreditar ser sem solução a criança e perversa.

Alguns personagens históricos conviviam com a escrupulosidade, como o teólogo Martinho Lutero, do século 16, que vivia atormentado pelos impulsos de maldizer a Jesus e a Deus, e era obcecado por demônios. Outra personalidade era o jesuíta português Santo Inácio que não conseguia pisar em dois pedaços de palha que formassem o desenho de uma cruz, porque achava ser falta de respeito a Cristo.

Registros históricos do século 14 e 16 já relatam sintomas de escrupulosidade e na época, o contexto religioso era importante no dia-a-dia da sociedade, estavam acostumados a confessar às figuras religiosas seus sofrimentos mentais e físicos.

A psicóloga norte-americana Patricia Thornton relata à BBC que “os clérigos da época foram quem descobriu a escrupulosidade e o TOC, quando os fiéis abordavam frequentemente os sacerdotes para perguntar se estavam fazendo tudo certo, para confessar-se ou quando oravam incessantemente”. Para Lutero, “o diabo é quem coloca essas ideias na cabeça das pessoas”.


Lavar as mãos compulsivamente. (Foto: Reprodução/ Getty Images)


O clérigo britânico Richard Baxter, fonte de ajuda para pessoas sintomas de melancolia (outro termo para definir a obsessão), escreveu: “algumas pessoas melancólicas e meticulosas acusam-se a si próprias, por mera escrupulosidade, questionando quase tudo o que comem, bebem, vestem ou fazem”.

A diretora da clínica do centro Mindset Family Therapy (EUA) Anabela explica “você se sente como uma pedra no sapato, mas, neste caso, ela está dentro de você e não pode ser retirada”.

De acordo com Patrícia o TOC e a escrupulosidade não estão relacionados com crenças religiosas ou morais, mas sim com o fato do paciente ter o componente da ansiedade. “Há muitas pessoas muito religiosas ou apegadas às suas normas morais que não sofrem de escrupulosidade”.

Shay foi diagnosticado com escrupulosidade tarde, aos 30 anos procurou ajuda somente após se tornar pai, e explica à BBC como é ter o transtorno. Shay relata que era obcecado pela cor azul, lembra-se que hora odiava, hora amava e, às vezes, tinha medo da cor. Estes pensamentos não fugiam de sua mente, iam e voltavam constantemente, gastando muito tempo nessas reflexões.

O site Healthline lista alguns exemplos para ilustrar como o transtorno se manifesta em pessoas. Confira abaixo:

Pessoas religiosas:

  • Interpretando mal os ensinamentos
  • Cometendo pecados
  • Ofendendo a Deus
  • Orando incorretamente

Pessoas não religiosas:

  • fazer ações altruístas para provar a si mesmo
  • discriminar pessoas inconscientemente
  • mentir mesmo sem querer
  • se declarar realmente boa
  • agir eticamente para por interesse próprio

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 2% da população mundial sofre de TOC, a escrupulosidade é a quinta forma mais comum do distúrbio, depois da simetria, dos pensamentos agressivos e da contaminação. Segundo o psicólogo clínico americano Ezra Cowan, pessoas com escrupulosidade sofrem muito, elas tentam não cometer nenhum erro. Segundo o especialista, o segredo para vencer o TOC é aprender a tratá-los como irrelevantes. O tratamento comum é a exposição e prevenção da resposta, e a terapia de aceitação e compromisso que ajuda a formar uma tolerância e aceitação da obsessão e compulsão.

 

Foto Destaque: Transtorno Obsessivo Compulsivo por simestria. Reprodução/ Getty Images

Saiba quais são os cuidados necessários com cabelos crespos

O cabelo crespo com seu volume, textura e movimento apresenta uma beleza diferenciada, mas que precisa de cuidados específicos. Esse tipo de fio tem a carência de tratamento mais presente que os demais, pela dificuldade de o couro cabeludo produzir oleosidade natural na raiz.

Ressecamento e quebra dos fios são apenas alguns dos fatores que dificulta a vida das crespas. O formato fechado e apertado do fio tem a tendência ao ressecamento e investir em óleos e manteigas que reponham os lipídios necessários para cada cabelo se torna primordial.


Mulher posando para foto com cabelo solto (Foto: Reprodução/Instagram)


Cuidados caseiros são significativos, mas não descarta a importância de uma visita a um profissional especializado. Dermatologistas, terapeutas capilares e especialistas em cabelos cacheados são pessoas capacitadas a fazerem uma avaliação mais precisa sobre crescimento e hidratação.

Ao passar dos anos as crespas têm apostado nas tranças e twits e a atenção precisa ser redobrada, pois a higienização do couro cabeludo tem que ser realizada de uma a duas vezes por semana para prevenir a descamação, também conhecida como dermatite seborreica.


Mulheres com penteados (Foto:Reprodução/R7)


A limpeza dos fios com água quente é um cuidado que precisa ser eliminado mesmo em períodos de frio. Pela sensibilidade da cutícula crespa o vapor quente danifica e promove mais ainda a desidratação da raiz, tornado as madeixas mais quebradiças e fracas.

Desembaraçar bem antes de realizar a lavagem ajuda a impedir a perda demasiada dos fios, que já tem a propensão a embaraçar. Evitar a aplicação de shampoos nas pontas também auxilia na prevenção de opacidade, o centro deve ser o couro cabeludo pois é onde o acumulo de impurezas se concentra.

A finalização é a última etapa na rotina de cuidados, mas que garante definição do cabelo. Investir em cremes adequados, distribuição da quantidade correta de produtos e boas fitagens vão promover os resultados mais assertivos para os cachos.

 

 

Foto destaque: Modelo posando com o cabelo solto. Reprodução/Shutterstock

Câncer de laringe: silencioso, mas curável

É comum ter dor na garganta depois de abusar de bebidas geladas ou rouquidão depois de um show muito animado. No entanto, é preciso ter atenção, pois, caso estas manifestações se tornem frequentes, podem ser sintomas de câncer de laringe. Além de excessos a condição pode ser provocada por vários outros motivos, desde doenças a infecções. Por isso, é importante consultar o especialista ao sentir o desconforto frequente.

A laringe é um dos órgãos principais do corpo humano, exercendo funções respiratórias, fonéticas e deglutidora e, em formato de tubo, estende da faringe à traqueia. De acordo com a médica otorrinolaringologista Adriana Hachiya, diretora da Academia Brasileira de Laringologia e Voz, 95% dos casos são tratáveis desde que a doença seja diagnosticada previamente. “O câncer de laringe é uma doença insidiosa. O tumor vai crescendo sem dar grandes sinais de alerta e os sintomas muitas vezes são negligenciados pelos pacientes. Quando diagnosticado logo no início, há 95% de chance de cura”, explica.


Analise médica. (Foto: Reprodução/Pixel Bay)


O doutor Hugo Ramos, presidente da Academia Brasileira de Laringologia e Voz informa outras formas de identificar o possível câncer: “(…) cansaço vocal, dor na garganta, dor no pescoço, sensação de corpo estranho na garganta, dificuldade para engolir e para respirar, ou rouquidão por mais de 15 dias devem ser avaliados imediatamente pelo especialista“, informa.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a maior parte dos tumores se desenvolve a partir da glote, responsável pelas pregas vocais. Especialistas recomendam cuidados básicos para evitar a condição: Não gritar, controlar o tom de voz, hidratar-se com água, evitar choques térmicos. para os profissionais que trabalham com a voz, a orientação para fortalecer a musculatura das pregas vocais são participar de corais musicais e evitando alimentos antes de utilizar a voz profissionalmente.

Esta matéria não substitui uma consulta médica. Como a doença se manifesta de maneira silenciosa, por trás de sintomas comuns, é crucial a realização de exames e a consulta com profissional qualificado.

 

Foto destaque: Imagem computadorizada destacando laringe. Reprodução/Getty Images.

Como praticar a Higiene do sono

Muitas pessoas vêm buscando ter práticas mais saudáveis para melhorar o seu desempenho durante o dia a dia. Alguns buscam ter uma melhor alimentação, outros praticam exercícios, mas, para manter esse equilíbrio, tem outros fatores importantes como uma noite de sono regulada. 

Independente das necessidades de cada corpo, o sono é essencial para manter um desempenho saudável de cada pessoa. Ressaltando, também, que o tempo de sono pode influenciar diretamente nas condições do indivíduo. 

Contudo, para visar uma melhora nessa rotina de sono, a prática da higiene do sono potencializa, a partir de uma série de hábitos, um descanso apropriado. A seguir, vamos situar algumas delas:

Mudança de hábitos: Essa é a primeira etapa para o processo, onde o indivíduo precisa identificar quais pontos atrapalham ter uma boa noite de sono, e, também, estar disposto a mudá-los. 

Conforto: O conforto está ligado ao sono, de trazer um ambiente de acolhimento antes de se repousar. É importante avaliar a densidade do travesseiro e colchão, para identificar se eles trazem um melhor conforto para o seu corpo. Também é válido apontar detalhes do ambiente, como a iluminação e a temperatura. 

Boa alimentação: A alimentação garante a quantidade de vitaminas e nutrientes necessários para o corpo, sendo ligados à energia restaurada conforme o descanso. Portanto, ter uma boa alimentação refletirá na disposição do indivíduo. 


A prática de exercícios não pode atrapalhar o momento de descanso (Foto: Reprodução/Biologix)


Praticar exercícios: ss práticas de exercícios auxiliam a ter um corpo saudável, mas é importante rever os horários de prática e se eles atrapalham o período de descanso.

Meditação: Essa prática permite um trabalho de autoconhecimento, ligando o corpo à mente. A meditação auxilia bastante no controle da ansiedade e na redução do estresse, e, também, a atingir um estado de calma. 

Para finalizar, é importante ressaltar a prática de uma rotina, para o cérebro compreender as necessidades de seu corpo. Entre outros facilitadores de uma boa noite de sono, podemos citar: uma leitura; redução das luzes; bebidas que estimulam o sono, como o chá.

 

Foto Destaque: A importância de ter um bom descanso. Reprodução/Minha Saúde.

Casos de dengue aumentam em 35,4% no Brasil

A dengue é uma infecção que ainda deixa em alerta os órgãos públicos de saúde e a população brasileira. Segundo os dados do ministério da saúde, durante os dois primeiros meses deste ano, ocorreu um aumento de 35,4% de casos de dengue em relação a esse mesmo período do ano anterior. Foram computados 128.379 casos e 30 óbitos. 

Apesar da doença estar atormentando a população durante décadas, ainda não há uma vacina eficiente como a apresentada para a covid-19. No Brasil, existe apenas um imunizante, ao qual está disponível no mercado privado – apresentando restrições de uso. 

Desde o ano passado, uma vacina está sendo estudada para aprovação por parte da Anvisa. O Instituto Butantan também está realizando a produção de uma vacina, em uma parceria internacional, e esse processo já está há mais de dez anos em desenvolvimento. 


Demgvexia não é recomendado para quem não teve dengue (Foto: Reprodução/Yuri Cortez/AFP)


Dengvaxia é uma vacina fabricada no laboratório francês Sanofi Pasteur, sendo o primeiro registro de vacina contra a dengue no mundo, e está disponível no Brasil. Apesar de não estar inclusa no Programa Nacional de Imunizações (PNI), esse imunizante é vendido em rede privada em grande parte do Brasil. 

De acordo com o fabricante, o imunizante de longa duração age contra quatro sorotipos da dengue, prevenindo o indivíduo de 8 em cada 10 casos graves de dengue e com risco de internação. 

A Anvisa e a Organização Mundial de Saúde recomendam que as pessoas que não tiveram contato com o vírus da dengue, não devem tomar a Dengvaxia. Essa recomendação é dada, pois, como apontado pelos estudos, aqueles que vêm apresentar a infecção pela primeira vez após a aplicação da vacina, acabam sendo graves em sua maioria. 

Dessa maneira, a indicação da vacina é para um público de 9 a 45 anos de idade, com uma infecção prévia, e a aplicação de três doses – sendo elas intercaladas durante um intervalo de 6 meses. 

 

Foto Destaque: Fiscalização em Porto Alegre. Reprodução/Cristine Rochol/PMPA.

Saiba por que o café é capaz de provocar vontade de ir ao banheiro

O café, bebida presente no cotidiano de grande parte dos brasileiros, apresenta a capacidade de gerar aumento de energia. Contudo, este não é o seu único efeito. Pesquisas apontam que o café também é responsável por acelerar os movimentos do intestino, despertando vontade de ir ao banheiro. 

Para Kyle Staller, diretor do Laboratório de Motilidade Gastrointestinal do Hospital Geral de Massachusetts, nos Estados Unidos, não há muita pesquisa sobre o assunto por não haver demanda médica que necessitasse de uma investigação mais profunda, ou também porque o tema pode ser dotado de obviedade. Contudo, alguns estudiosos voltaram suas atenções para a relação entre café e os movimentos intestinais. 

Algumas pesquisas, portanto, mostraram que o consumo de café era mais eficaz do que de água morna para produzir movimentos no intestino. Esta análise não diminui a importância do consumo de água para o corpo humano. Além disso, a diferença entre o café descafeinado ou cafeinado não demonstrou importância nos estudos, já que outras substâncias da bebida podem ser responsáveis por despertar a vontade repentina de ir ao banheiro.  

As identidades e ações desses compostos no processo digestivo ainda são desconhecidos, contudo, os pesquisadores ainda são capazes de realizar algumas análises sobre o assunto. 


Xícara de café, uma das bebidas mais populares no cotidiano nacional. (Foto: Reprodução/ Freepik)


Consumo de café pode causar contrações no cólon 

O cólon apresenta três tipos de contrações, que, juntas, trabalham para misturar, amassar e ejetar as fezes. O café tem a capacidade de estimular essa atividade motora em minutos pós seu consumo, disse Staller. Um estudo realizado em 1988, mostrou que a bebida entra em conato com o revestimento do estômago, desencadeando o sistema nervoso ou uma resposta dos hormônios que resulta na contração do cólon. Essas contrações, portanto, refletem no desejo de evacuar. 

Café pode afetar a produção de ácido gástrico 

Segundo Staller, o café pode ser responsável pelo estímulo de liberação do hormônio gastrina, que permite a produção do ácido gástrico. O ácido gástrico auxilia na digestão de alimentos e pode promover a atividade do cólon. Em um estudo de 2009, alguns homens, em jejum, receberam uma refeição e um café preto, ou apenas a refeição. Os pesquisadores, então, observaram que o café acelerou consideravelmente o processo que leva o alimento sair do estômago e adentrar no intestino delgado. 

Café, laticínios e digestão 

Para os intolerantes à lactose, o consumo de creme no café pode causar um movimento repentino de evacuação. Apesar dos benefícios do café para o movimento intestinal, confiá-lo para combater a constipação não é o ideal. Se estiver apresentando problemas para ir ao banheiro regularmente, o recomendado é procurar um médico. 

 

Foto destaque: Café e os efeitos nos movimentos intestinais. Reprodução/Freepik

Viver em áreas verdes reduzem risco de AVC, aponta estudo

Há alguns anos empresas, governos e sociedade civil têm exigido pautas ambientais como assuntos pertinentes a serem discutidos em nosso cotidiano. A preservação de áreas verdes, principalmente para quem mora em cidades urbanas como as grandes capitais, tem relativa influência na saúde de todos. Novas pesquisas mostram como é a convivência com natureza beneficia o indivíduo e sua importância é inegável à saúde.

Os pesquisadores analisaram dados da cidade de Catalunha (Espanha), localizada na extremidade leste da Península Ibérica, entre 2016 a 2017, e pessoas que vivem no mínimo a 300m de área verdes, tem 16% menos de chance de desenvolver o quadro de Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVC). Estudo foi publicado na revista em “Environment International”.

O estudo conclui apontando relação direta entre o convívio com dióxido de nitrogênio, NO2, e o risco de AVC isquêmico. O dióxido de nitrogênio é o gás emitido pela queima de combustíveis fósseis, como gasolina e outros derivados do petróleo. AVC isquêmico é a obstrução, ou o bloqueio, da artéria por um coágulo, chamado de trombo; o que acarreta a trombose e a embolia. A artéria, uma vez bloqueada, impede a chegada de oxigênio, trazida pelo sangue, nas células cerebrais, podendo assim, deixar sequelas.


Central Park vista por satélite. (Foto: Reprodução/ Adobe Stock)


Além dos riscos de AVC a concentração destes poluentes podem causar problemas pulmonares e respiratórios. Outros fatores e condições podem levar ao AVC, como diabetes, obesidade, tabagismo, sedentarismo, bebidas alcoólicas, hipertensão arterial e colesterol elevados. Todos os quadros mencionados anteriormente podem ser tratados ou hábitos modificados.

O processo de urbanização obriga as pessoas a conviver com volume excessivo de gases emitidos por frotas de carros, piorando a qualidade de vida pela redução de áreas verdes ou arborizadas.

Segundo informação da Organização das Nações Unidas (ONU), “em 2050, 70% da população mundial estará vivendo em áreas urbanas“. Em 2020, 4,4 bilhões de pessoas já ocupam áreas urbanas, o que representa 56% da população mundial. Segundo o Observatório do Clima mostra que, durante a pandemia do coronavírus, o Brasil teve um aumento de 9.5% de emissão de poluentes, por outro lado, no mundo esta média foi de 7%. Em setembro de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu relatório com novas diretrizes para a qualidade do ar.

 

 

Foto Destaque: Bairro Vila Mariana em São Paulo, Brasil. Reprodução/ Adobe Stock

Alopecia: entenda o distúrbio apresentado por Jada Smith

Após o episódio envolvendo o ator Will Smith e Jada Smith, muito se foi falado sobre o distúrbio que provoca a queda de cabelos, apresentando por Jada. A alopecia feminina não está relacionada a produtos químicos ou anemia, mas à saúde mental do indivíduo.

Pelo olhar da psicanálise, algumas doenças psicossomáticas podem não ter relação aos fatores orgânicos; nesse caso, não estão relacionadas a uma doença ou escassez de vitamina no organismo.

Dessa maneira, algumas doenças como depressão, ansiedade e altos níveis de estresse podem ser provocadas pela calvície, e precisam de um acompanhamento profissional.

Doenças psicossomáticas podem causar calvície feminina. As demandas sociais, como o trabalho, trabalho da autoestima, interação com grupos diversos e outras questões pessoais, podem causar grande ondas de estresse devido ao acúmulo de problemas. Essa carga de responsabilidades afeta diretamente no organismo do indivíduo, estimulando o estresse, e, por influência do ambiente externo, algumas mudanças são provocadas no corpo e na mente das pessoas.


Alopecia androgenética causa perda de cabelos no topo da cabeça (Foto: Reprodução/Beleza na Web)


Existem diversos tipos de alopecias que afetam as mulheres. A alopecia androgenética é similar a calvície masculina, acometendo as partes do topo da cabeça, e, também, as “entradas”. Com uma nova posição da mulher no mercado de trabalho, alguns fatores, como esse tipo de calvície, vêm se tornando comum entre ambos os sexos.

Alguns exemplos que provocam essa mudança são a ausência dos pais, onde a mãe acaba assumindo os papeis da paternidade, e o mercado de trabalho, onde a comparação com profissionais do sexo masculino afetam a autoestima. É possível notar que há uma cobrança muito grande, sendo ela do lar, do trabalho e da busca de produção de uma maneira não saudável.

Caso o indivíduo venha apresentando quedas de cabelo, é importante dar uma atenção aos alertas do corpo, além de buscar o auxílio de um profissional da psicanálise para compreender as demandas de seu corpo e mente.

 

Foto Destaque: Jada Smith. Reprodução/GettyImages.