Os primeiros carros do mundo surgiram em meados de 1880 com tecnologia primária e sem muitas funcionalidades, o que é algo bem diferente dos carros que temos hoje e mais ainda distante da realidade dos carros autônomos, que são uma das maiores expectativas do futuro tecnológico.
Os carros autônomos são aqueles que possuem uma tecnologia tão avançada que dispensam as intervenções humanas para que funcione. Há veículos que não necessitam nem de um condutor para que possam se deslocar de um lugar a outro.
Mas o foco atual das empresas não são as produções de um automóvel autónomo destinado para pessoas e uso pessoal das mesmas, mas sim para um robotáxi urbano, para serviços de entrega, direções em rodovias ou caminhões, pois assim conseguem um lucro maior, o que transforma o sonho das pessoas de comprarem um veículo autônomo para si, algo cada vez mais distante.
Para entender o quão o automóvel funciona sem intervenção humana, a Administração Nacional de Segurança no Trânsito nas Rodovias, nos Estados Unidos, que é a organização referência à categoria, padronizou os níveis de autonomia dos veículos em seis níveis. Sendo eles, sem automação (nível zero), assistência ao motorista (nível um), automação parcial (nível dois), automação condicional (nível três), alta automação (nível quatro) e a automação total (nível cinco).
Robotáxis da empresa Uber (Foto: reprodução/Rota42)
Em 2022, a Uber, que é uma das maiores empresas de serviços de transporte, anunciou uma parceria fechada por cerca de dez anos com a Motional, para começarem a disponibilizar em sua frota veículos autônomos para atender aos usuários que optassem por essa escolha.
Logo no início de 2023, em Las Vegas, os robotáxis já estavam em circulação, mas segundo o portal de notícias The Verge, os motoristas de seguranças estavam presentes. Mas vale salientar que outras cidades norte-americanas também contam com o novo serviço da Uber em testes.
Mas como a tecnologia é algo novo e vem sendo experimentado nas ruas dos Estados Unidos, alguns usuários que tiveram o privilégio de usar os robotáxis, relataram algumas dificuldades ao realizar uma corrida com os veículos.
Uma dessas pessoas é o brasileiro Leto Leitão Ferreira Neto que está participando dos testes da Uber nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano. O usuário diz que um motorista humano é importante dentro do veículo, Leto relatou uma dificuldade do robotáxi em entender que uma via em que trafegava estava fechada pelas autoridades. “Como o carro iria seguir em frente, ele ficou parado sem conseguir dar a volta, o que o obrigou a ligar o pisca-alerta. Automaticamente, a central entrou em contato comigo falando que alguém iria tomar o controle do carro”, contou.
Mesmo sendo uma realidade cada vez mais próxima, ainda há muitas atualizações a serem feitas e que atinjam as normas de segurança dos usuários do aplicativo e também das vias.
Foto destaque: Mulher lendo uma revista enquanto o veículo autônomo trafega na via. Reprodução/O Mecânico