Veio a público na última sexta-feira (22) que o Twitter, agora conhecido como X, está sofrendo com problemas legais depois que um processo foi julgado por um juiz que decidiu que a companhia violou contratos que prometiam o pagamento de alguns bônus para seus funcionários.
Batalha judicial
O antigo diretor sênior de remuneração do Twitter, Mark Schobinger, abriu um processo contra a empresa em junho onde alegou uma quebra de contrato por parte da companhia.
O processo argumenta que antes e após a compra do Twitter, Elon Musk, atual dono da empresa, prometeu aos funcionários bônus de metas para 2022 de 50%, porém que nunca realizou esses pagamentos.
A empresa argumentou que o acordo de bônus era apenas uma promessa verbal e que não deveria ser pago de acordo com a lei do Texas, porém, o juiz submeteu a companhia às leis da Califórnia que estabelecem que o acordo era juridicamente vinculativo.
De acordo com o juiz distrital responsável pelo caso, Vince Chhabria, após Mark cumprir as condições do Twitter, a promessa da empresa de pagar um bônus se tornou um contrato vinculado sob a lei da Califórnia e que ao se recusar a pagar esse bônus prometido, a companhia violou o contrato.
A empresa ainda pode recorrer da decisão do tribunal para tentar reverter a situação, porém o juiz já declarou que todos os argumentos apresentados pelo Twitter falharam.
Logo do X e do Twitter (Foto: reprodução/Dado Ruvic/REUTERS)
Obstáculos da empresa
A rede social enfrenta atualmente vários contratempos com a justiça, incluindo uma investigação da União Europeia sobre uma lei destinada a combater a desinformação e o ódio, além de diversas críticas por parte do público à resposta da plataforma aos recentes tumultos em Dublin e a saída de grandes anunciantes devido a declarações controversas de Musk.
De acordo com documentos internos enviados aos funcionários e divulgados pelo portal de tecnologia The Verge, a empresa atualmente vale menos da metade dos US$ 44 bilhões que o empresário Elon Musk pagou em outubro de 2022.
Foto destaque: Logo do Twitter em celular (Reprodução/greenwish_/Pexels)