Nesta segunda-feira (23) foi escolhido pelo Conselho Deliberativo do Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) o modelo americano de televisão, conhecido como TV 3.0 ou TV do futuro. Agora, cabe ao presidente Lula confirmar a decisão para que a implantação seja iniciada.
A revolução da TV
A TV 3.0 promete integrar canais de TV e a internet, o que abre novas oportunidades de negócios para radio-difusores. Segundo o Ministério de Comunicações, a mudança fará com que os canais sejam mais interativos, com uma navegação por aplicativos e abandonando o atual sistema de números.
O novo sistema permite que além de canais ao vivo, a disponibilização de conteúdos sob demanda como séries, filmes e jogos. A qualidade de imagem também será melhorada, com transmissões em 4K ou 8K, caso a conexão de internet permita.
O som imersivo será uma mudança considerável na TV do futuro, permitindo que o telespectador se sinta no ambiente que está assistindo. Será possível escolher qual faixa de áudio ouvir, por exemplo, em um show poderá ser escolhido a faixa de som do cantor com ou sem a faixa da plateia.
Todas essas mudanças são bastante significativas para a experiência de usar uma televisão, mas a mudança será mais complicada do que parece.
Explicação técnica do que a TV 3.0 (Foto: reprodução/Youtube/A Central do Conteúdo)
Problemas para a implantação
Apesar de revolucionária, a nova tecnologia tem uma barreira no país, dois terços das frequências disponíveis estão sendo utilizadas. Em 2007, com a mudança da televisão de analógica para digital, todas as frequências de TV foram alteradas e funcionaram simultaneamente até que toda a população conseguisse migrar para a nova tecnologia.
Porém, desta vez, a mudança será complexa, já que o número de canais abertos triplicou e só existe um terço da frequência disponível.
O novo padrão de TV aberta já deveria estar a disposição em 2025, mas com essas dificuldades, a implementação deve acontecer somente em 2028, caso a mudança para a TV 3.0 seja aprovada pelo presidente.
Foto destaque: Juscelino Filho, Ministro de Comunicação, em encontro para definição da implantação da TV 3.0 que ocorreu em março (Reprodução/Ministério de Comunicações)