O story é uma funcionalidade presente em várias redes sociais com o intuito de compartilhar fotos ou vídeos temporários. O Signal tenta se igualar a estas redes implantando a nova função podendo ser visualizado apenas pelos contatos salvos pelo usuário. A função foi divulgada na Web Summit, feira de tecnologia e inovação realizada em Lisboa.
Meredith Whittaker. (Foto: Reprodução/Web Summit 2022)
Meredith Whittaker, presidente da Signal Foundation, criticou, nas entrelinhas, outras plataformas explicando que “o Signal não vai coletar dados dos usuários nem mostrar anúncios nos stories e que o aplicativo só mostrará publicações feitas por quem está na sua lista de contatos.”
A função aparece com o intuito de agregar mais usuários à plataforma de mensagens, mesmo que utilize uma forma mais privada de acesso. "O Signal não quer ser relegado ao canto empoeirado dos experimentos que são teoricamente seguros e privados, mas também falham em seu propósito no mundo real porque ninguém pode ou irá usá-los", disse Meredith.
Em entrevista ao Portal G1, Meredith destaca que o motivo de ter inserido a funcionalidade foram as contínuas solicitações dos usuários. “As pessoas querem, e não vamos dizer a elas como se comunicar", disse a executiva.
Desde sempre ouvimos falar em privacidade de dados, anos atrás, quando o aplicativo foi lançado, o assunto era um tópico bastante remoto, mudança que foi bastante observada pelos usuários. "Nós costumávamos falar sobre privacidade em 2010 e as pessoas apenas davam risada. Isso não é mais verdade. As pessoas entendem que o modelo de negócios de vigilância não é bom", afirma a presidente.
O Signal foi ao ar em 2010 com a proposta de entrega de privacidade aos usuários e segurança aos dados dentro da rede. Em 2016, quando o Whatsapp lançou uma nova atualização referente ao acesso da empresa aos dados, muitos usuários migraram para o Signal com a premissa de mais segurança.
Foto Destaque: Signal Foundation. (Reprodução/SignalFoundation.org)