O alto escalão da OpenAI, empresa responsável pelo ChatGPT, solicitou a regulamentação de IAs consideradas "superinteligentes". De acordo com a empresa, é necessário ter um órgão semelhante à Agência Internacional de Energia Atômica que sirva para proteger a humanidade contra os riscos relacionados ao desenvolvimento dessa tecnologia.
Através de uma nota publicada no site da companhia, os cofundadores Greg Brockman e Ilya Sutskever, bem como o CEO Sam Altman — que já havia advogado em prol de alguma regulamentação para a tecnologia na sessão do Congresso norte-americano da semana passada — pediram para que um regulador internacional comece a "inspecionar sistemas, testar a conformidade com os padrões de segurança, exigir auditorias e restringir certos graus de implantação envolvendo as inteligências artificiais", de modo a reduzir o risco existenciais que tais tecnologias possam representar.
Os cofundadores Greg Brockman (na esquerda) e Ilya Sutskever (na direita). (Divulgação)
"É possível de se acreditar que, na próxima década, as inteligências artificiais ultrapassem a capacidade especializada na grande maioria dos domínios e que também realizem tanta atividade produtiva quanto uma das grandes empresas dos dias atuais", eles comunicam. "Ao que tange às possíveis vantagens e desvantagens, essas super inteligências serão mais poderosas do que outras tecnologias com as quais a humanidade teve que lidar em dias passados. É possível que nosso futuro seja tremendamente mais próspero, mas é necessário administrar o risco para chegarmos lá. Dada a possibilidade de risco existencial, não podemos nos contentar em ser reativos".
Por agora, o trio pediu um pouco de cooperação entre as empresas que trabalham no desenvolvimento de ponta de inteligência artificial, para garantir que os novos modelos sendo criados — estes que estão cada vez mais poderosos — sejam integrados de maneira suave à sociedade, dando prioridade à segurança.
De acordo com os líderes da OpenAI, "as pessoas ao redor do mundo devem decidir de maneira democrática os limites e os padrões dos sistemas de inteligência artificial", mas também estão cientes de que tal mecanismo ainda é algo que precisa ser explorado. Apesar disso tudo, os três destacaram que o risco do desenvolvimento contínuo de sistemas de IA cada vez mais poderosos vale o risco.
Foto destaque: Descrição do ChatGPT em celular. (Reprodução/Unsplash)