O possível maior vazamento de dados da história foi feito na última quinta-feira (4), por usuário chamado “RockYou2024”. Quase 10 bilhões de senhas foram divulgadas em um fórum de hackers nomeado “ObamaCare”. O fato foi descoberto por pesquisadores da empresa Cybernews. Vale destacar que a data de vazamento marca o dia da Independência dos Estados Unidos, sendo um feriado nacional.
O banco de dados feito pelo mesmo usuário – na época, com o nome “RockYou2021” – já existia desde 2021. Dessa forma, já haviam 8,4 bilhões de senhas vazadas pelo mesmo usuário 3 anos atrás. Investigadora do caso, a Cybernews divulgou nota de seus pesquisadores:
“Em sua essência, o vazamento RockYou2024 é uma compilação de senhas do mundo real usadas por indivíduos em todo o mundo. Revelar tantas senhas para agentes de ameaças aumenta substancialmente o risco de ataques de credential stuffing – um tipo de ataque cibernético em que o hacker utiliza credenciais vazadas para invadir sistemas.”
Histórico de vazamentos
O “boom” da internet no século gerou impactos significativos no cotidiano. Ferramentas tornaram possível a realização de diversas tarefas através de um celular ou computador. Ao mesmo tempo, as informações presentes na nuvem exigem cuidados cada vez maiores. Inclusive, o “Massachusetts Institute of Technology (MIT)” aponta que o gasto global com cibersegurança alcance US$ 215 bi em 2024.
Oficialmente, o maior caso de vazamentos de dados é conhecido como “MOAB” e ocorreu em janeiro deste ano. Foram 26 bilhões de registros divulgados, inclusos dados do site do LinkedIn e X. No Brasil, O Ministério da Saúde sofreu com a vulnerabilidade de dados dos usuários em 2020, durante da pandemia. Este foi o sétimo maior vazamento na história.
Ministério da Saúde do Brasil foi alvo de vazamentos em 2020 (Foto: reprodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Como se proteger?
É sempre importante ter um cuidado especial com a senha. Incluir letras minúsculas, maiúsculas e caracteres especiais é recomendado, além de não fazer algo muito curto. Mantê-las atualizadas também é indicado; ou seja, alterá-las após certo tempo. Outra opção, quando disponível, é a autenticação de dois fatores. Isso exigirá de quem está logando, por exemplo, um código enviado por e-mail ou celular.
Cuidado com links e downloads suspeitos são essenciais, e evitar a utilização de Wi-Fi público em lugar inseguro também é medida para manter dados em segurança.
Foto Destaque: Vazamento de dados publicou quase 10 bilhões de senhas (reprodução/TheDigitalWay/Pixabay)