Por conta do avanço da tecnologia no campo e em virtude da melhoria genética de sementes, além do uso do plantio direto, está fazendo o Brasil ficar em uma colocação inigualável no mundo, pois está conseguindo realizar a colheita de três safras por ano em uma mesma área e a tendência é que venha se tornando mais comum.
A utilização do solo durante o ano inteiro, sem haver nenhuma interrupção, é uma vantagem que o Brasil possui em comparação aos países do Hemisfério Norte, que tem um inverno forte. E por conta do avanço das três safras, unida à restauração dos pastos destruídos, especialistas garantem que o Brasil tem condições para dobrar sua produção agrícola sem a necessidade de desmatar novos espaços.
Brasil não ter neve é uma vantagem
Roberta Carnevalli, chefe de pesquisa da Embrapa Soja, diz que já existe uma dominação para a tecnologia produzir as três safras e que o Brasil está à frente de outros países que tem neve durante o ano e ela complementa dizendo que o nosso país tem uma capacidade muito grande em razão de usar o solo durante o ano inteiro. Apesar dos brasileiros poderem usar o solo durante o ano todo, porém existe uma particularidade em cada região do país, por conta da intensidade da chuva, temperatura ou luminosidade do local. A terceira safra pode variar conforme o local; na Região Sul, a etapa final pode ser feita com aveia, trigo ou cevada.
Ceifeira colhendo algodão (Foto Reprodução: Lucas Ninno/GettyImages Embed)
Produtores tem conseguido colher mais rápido
Emílio Kenji Okamura e sua família produzem há mais de 40 anos na região de Capão Bonito, cerca de 243 quilômetros da capital de São Paulo. Usando sementes que tem um ciclo menor de produção, está conseguindo realizar até três safras em um ano, um terreno de 300 hectares plantando feijão, soja e trigo ou sorgo na terceira safra. O feijão que levaria cerca de 120 dias para que fosse colhido, neste caso tem levado 90 dias, ou seja, 30 dias a menos.
Foto destaque: Plantação no Brasil (reprodução/AFP/Silvio Avila/Getty Images Embed)