Anunciada desde o dia 25 de janeiro, quando foi disponibilizada a versão beta desta atualização, a versão 17.4 do iOS será oficialmente lançada em março e as informações sobre o que mudará já foram anunciadas. Essas mudanças, segundo alguns analistas, “podem mudar o iPhone para sempre”. Dentre as mudanças mais relevantes, a App Store permitirá, nos países que fazem parte da União Europeia, que aplicativos que não sejam da Apple apareçam e possam ser comprados, uma mudança histórica na postura da empresa. Além disso, haverá uma atualização na proteção de dispositivo roubado, novas funcionalidades da Siri e novos emojis.
Interface do iPhone (Foto: reprodução/JeShoots-com/Pixabay)
O que há de novo
A primeira mudança será adicionar novas funcionalidades para a Siri, como a opção de fazer leituras em outros idiomas que não sejam os idiomas escolhidos como padrão do sistema. A segunda mudança será na proteção de dispositivo roubado - agora os usuários poderão ativar o alerta de segurança quando as configurações pessoais e/ou de segurança forem modificadas. Antes isso só era possível quando o GPS do dispositivo lia determinado lugar como “não seguro”. A terceira mudança, na verdade, é uma adição de 118 novos emojis que poderão ser usados em qualquer texto. A quarta modificação adicionará transcrições no app Apple Podcasts, geradas automaticamente pela empresa - os usuários poderão utilizar o texto para escolher para qual parte do podcast irão pular e ouvir. A quinta mudança, e de maior relevância, é a possibilidade de, na União Europeia, utilizar a App Store para visualizar ou comprar apps que não são produtos da Apple ou que têm ligação com a marca.
A mudança para a União Europeia
A quinta mudança, mencionada no tópico anterior, configura algo histórico dentro do contexto da empresa, já que a Apple sempre foi relutante em permitir a visibilidade de apps que não sejam de sua própria autoria, na App Store. Essa mudança foi implementada a partir de uma nova lei na União Europeia, denominada Digital Markets Act (Lei dos Mercados Digitais), na qual o bloco busca regularizar as big techs e garantir que seus cidadãos não sejam afunilados pelas empresas e seus algoritmos. Essa lei obriga a Apple a mostrar aplicativos de empresas concorrentes, evitando o monopólio em alguns setores, e dando mais liberdade para seus usuários, que poderão ver produtos que não são apenas da Apple. A nova lei impactou, além da Apple, o Google, Amazon, Meta e Byte Dance.
Foto destaque: iPhone em funcionamento (reprodução/JeShoots-com/Pixabay)