A tecnologia verdadeiramente nunca para de evoluir e Elon Musk parece querer estar no centro desse desenvolvimento acelerado. Recentemente, a startup de chips cerebrais patrocinada pelo bilionário recebeu aprovação de um conselho independente para iniciar testes em seres humanos. O objetivo do estudo empregado pela empresa é o desenvolvimento de chips neurais que possam ser implantados de maneira segura em pacientes de paralisia. Anunciada ainda nesta terça-feira (19), a nova metodologia de testes deve ser aberta ao público através de um processo de seleção.
Pesquisa que pode auxiliar pessoas com paralisia
Já tendo previamente adquirido a permissão da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos para realizar os estudos em maio deste ano, os implantes em seres humanos foram autorizados pelo conselho independente de um hospital norte-americano, que trabalha com pesquisas no campo de biomedicina. Assumindo que a operação seja um sucesso, esses testes podem dar início a um futuro brilhante para pessoas afligidas por paralisia cerebral e, possivelmente, outras doenças relacionadas ao cérebro.
Claro, toda grande conquista precisa ser alcançada através do esforço e de vitórias modestas, mas significativas. O objetivo principal dessa primeira rodada de testes é permitir que os pacientes possam controlar o cursor de mouses e teclados de um computador apenas com o uso dos próprios pensamentos. Por ser um processo bastante delicado e que pode ter consequências graves em caso de falha, o hospital pretende oferecer um acompanhamento, bem como uma série de testes, tanto na casa do paciente durante um período probatório de 18 meses
Especialistas estão positivos com o sucesso do experimento
O implante deve ser praticamente indetectável, contando com um conjunto de 1.024 eletrodos espalhados através de 64 fios extremamente finos e delicados. O procedimento é tão delicado e requer uma precisão tão grande, que o implante será feito através da ajuda de um cirurgião robótico que posicionará o chip de maneira segura na região cerebral responsável pelo movimento. Sem necessidade de uma conexão externa por fio, o chip foi designado para enviar a atividade elétrica do cérebro para um aplicativo externo, que será responsável por decifrar os sinais de movimento.
O chip cerebral desenvolvido pela Neuralink (Foto: Divulgação/Neuralink)
De acordo com Jacob Robinson, CEO da Motif Neurotech, o período de supervisão para analisar os resultados do implante proposto pela empresa de Elon Musk é maior do que a grande maioria dos testes realizados por hospitais e clínicas semelhantes. Isso pode ser um indicador positivo para a funcionalidade a longo prazo da tecnologia.
A candidatura para o implante está aberta para pacientes com paralisia advinda de lesão na medula espinhal cervical ou esclerose lateral amiotrófica com mais de 22 anos e que possam ser cuidados por um adulto responsável.
Foto destaque: Tela de computador monitorando as atividades cerebrais de um paciente (Foto: Reprodução/Freepik & DCStudio).