A NASA, agência espacial dos Estados Unidos, está intensificando seus esforços na busca por vida alienígena fora da Terra, concentrando-se nas luas Europa, de Júpiter; e Encélado, de Saturno. A recente hipótese, que tem ganhado força entre pesquisadores norte-americanos, nasceu de um workshop convocado pelo Escritório de Tecnologia Científica de Exploração Planetária (Pesto) da NASA, realizado no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech).
A proposta envolve a utilização de "criobots," sondas cilíndricas projetadas para perfurar as densas camadas de gelo que envolvem essas luas, e explorar os oceanos subterrâneos que se acredita existirem abaixo. O termo "crio" deriva do grego e significa glacial, frio ou gelado, enquanto "bot" é uma abreviação de robô em inglês, dando nome a esses robôs de gelo.
Plano para encontrar vizinhos
Europa e Encélado, cobertas por uma espessa camada de gelo, são alvos promissores, pois a NASA acredita que embaixo desse gelo pode existir mais água líquida do que em todos os oceanos da Terra combinados. O desafio, no entanto, reside na complexidade de perfurar camadas frias e densas de gelo.
A ideia dos cientistas norte-americanos é utilizar o criobot como uma ferramenta que gera calor para derreter o gelo. A água derretida flui ao redor do equipamento antes de congelar novamente, possibilitando a exploração dos oceanos subterrâneos. No entanto, perfurar camadas tão frias e espessas de gelo é um desafio, levantando dúvidas sobre a efetividade dessa técnica.
Para superar esses desafios, os criobots precisarão de alguns equipamentos para a realização dos cortes das camadas de sal e poeira. Com isso, serão utilizados jatos de água a fim de criar cortes mecânicos capazes de perfurar a região. Além disso, um sensor de mapeamento e um mecanismo de direção serão cruciais para contornar obstáculos intransponíveis.
Um ponto crítico é o sistema de comunicação do criobot, que deve ser robusto o suficiente para transmitir dados mesmo nas adversas condições encontradas nas luas geladas. A viabilidade do uso de cabos de fibra óptica, comumente usados em criobots terrestres, ainda é incerta devido às condições extremas desses ambientes alienígenas.
"No geral, a conclusão consensual dos participantes do workshop foi que este conceito de missão continua a ser viável, cientificamente convincente e a forma mais plausível a curto prazo de procurar diretamente vida num mundo oceânico," afirmou a Nasa. "O potencial para a detecção direta de vida noutro mundo parece mais possível do que nunca."
O avistamento de OVNIs ganhou muita notoriedade (Vídeo: reprodução/CNN Brasil/Youtube)
Vida inteligente fora da Terra
A NASA revelou durante um pronunciamento, que encomendou um relatório para explorar maneiras de contribuir cientificamente na análise de OVNIs (objeto voador não identificado), agora referidos como fenômenos aéreos não identificados.
O diretor da NASA, Bill Nelson, destacou que o estudo apontou a possibilidade de utilizar dados, inteligência artificial e machine learning para investigar OVNIs, visando combater o sensacionalismo em torno do assunto. Nelson anunciou a criação de uma diretoria de pesquisa de OVNIs, encarregada de desenvolver e coordenar a abordagem da NASA nas pesquisas relacionadas a esses fenômenos, com ênfase na divulgação transparente de informações.
Foto destaque: A missão dos criobots é a busca pela vida fora da Terra (Reprodução/Nasa/Mix Me)