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Índia caminha em direção ao futuro, investindo no mercado de semicondutores

O maior obstáculo que a Índia enfrenta para expandir sua presença no setor é, sem dúvidas, a infraestrutura para a produção de hardware, que já anda estagnada há anos.

31 Jul 2023 - 16h46 | Atualizado em 31 Jul 2023 - 16h46
Índia caminha em direção ao futuro, investindo no mercado de semicondutores Lorena Bueri

A Índia, que há alguns anos vêm se transformando em um importante polo de tecnologia, principalmente quanto ao desenvolvimento de smartphones, está lutando para ampliar e fortalecer sua indústria nacional de fabricação de semicondutores, que são um componente essencial para uma miríade de produtos, principalmente placas de vídeo. O governo indiano tomou a iniciativa de entrar em parceria com diversas empresas há mais de um ano e meio para a ampliação no escopo de suas fábricas, mas pouco progresso tem sido feito. 

O desenvolvimento do setor no mercado indiano

Uma das maiores empresas do mercado, a Micron, anunciou que vai investir US$ 3 bilhões em uma fábrica de montagem de chips em Gujarat. Em contrapartida, a Foxconn, que é uma gigante de tecnologia taiwanesa, retirou-se da joint venture no valor de US$ 19,5 bilhões que havia estabelecido anteriormente junto da empresa indiana Vedanta para construir outra fábrica de chips no país. 

E, segundo a imprensa local, os planos de expansão de outras duas empresas importantes parecem ter sido paralisados, ou cancelados. 

Trata-se de um tempo conturbado para o governo do primeiro-ministro Narendra Modi, que continua esperançoso de que os investimentos das grandes fabricantes de chips deem retorno, principalmente após o incentivo capital de US$ 10 bilhões por parte do estado. E nesse meio-tempo, a Índia continua firmando diversas parcerias com empresas de tecnologia para fortalecer a presença desse setor no país. Modi, por exemplo, já havia assinado um acordo com os EUA sobre tecnologias críticas e emergentes que ajudariam a aprimorar a colaboração nas cadeias de suprimento de semicondutores e um acordo parecido foi estabelecido entre a Índia e o Japão na semana passada. 


Primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, durante evento em Nova Delhi (Foto: reprodução/Reuters).


De acordo com Konark Bhandari, membro da Carnegie India, os incentivos generosos por parte do governo sejam de grande ajuda, o processo ainda precisa ser acelerado para que a Índia possa emergir como uma potência na produção de chips.

O comprometimento das grandes empresas de em trazer a tecnologia adequada para a produção depende de vários fatores diferentes, como mercado doméstico, potencial de exportação, clima de negócios, infraestrutura e profissionais talentos”, concluiu. 

Obstáculos que ainda precisam ser superados

A Índia já é responsável por suprir 5% da demanda global por chips. E, de acordo com a consultoria Deloitte, esse número deve dobrar até 2026, em parte por conta da maior adoção de smartphones entre a população, mas também pela popularização de tecnologias mais recentes, como carros autônomos e elétricos, que também utilizam semicondutores em sua produção. 

O país se destaca principalmente na pesquisa e no design dos semicondutores, carecendo de uma infraestrutura forte para a fabricação e montagem do mesmo. Em entrevista à BBC, Kathir Thandavaryan, sócio da Deloitte, disse que “A Índia possui 20% do talento global em desenvolvimento de chips. Há mais de 50 mil indianos trabalhando com isso”.

A presença de grandes empresas fabricantes de semicondutores, como a Intel e a Qualcomm, no país parece corroborar com essa afirmação, já que é na Índia que estão localizados os maiores centros de pesquisa e desenvolvimento de chips. 

Contudo, nem tudo são flores. O maior obstáculo que a Índia enfrenta para expandir sua presença no setor é, sem dúvidas, a infraestrutura para a produção de hardware, que já anda estagnada há anos pela falta de um ecossistema facilitador para auxiliar em seu crescimento. Segundo especialistas, o país irá precisar de uma grande reforma para mudar isso, caso o governo tenha mesmo a intenção de seguir em frente com o objetivo de tornar a pátria indiana em uma gigante na produção de semicondutores.

Foto destaque: Representação da bandeira da índia como um chip semicondutor. Reprodução/Gobindh VB.

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