Depois do G20, o governo brasileiro recebeu em Brasília o líder de Estado chinês Xi Jinping ontem, 20 de novembro, para protocolar acordos em encontro que fugia ao protocolo na residência oficial, por questões de segurança pedidas pela China. O mais importante acordo é fazer com que a empresa chinesa SpaceSail trabalhe com a Telebras para atender a demanda de internet via-satélite em lugares remotos onde não é possível fibra óptica.
Parceria
Essa parceria tem seu momento ápice para funcionar em 2026, quando a empresa chinesa vai lançar 600 satélites até o final de 2025. Por enquanto, a SpaceSail só tem 36 satélites em órbita comparados aos 6 mil satélites da Starlink, permanecendo líder no mercado e tendo 46% do mercado brasileiro.
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, afirmou que o Brasil está de braços abertos para todos que possam ofertar serviços de qualidade com preço justo para a população sem “vetar” empresa nenhuma, evitando assim qualquer atrito com comparação com a empresa de Elon Musk. Em coletiva, o ministro ainda declarou que a empresa chinesa tem capacidade de produzir um satélite por dia, já que a expectativa é que os serviços atendam 600 satélites em órbita.
Lula (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Claudio Reis)
Presidente da SpaceSail
O presidente da SpaceSail, Zheng Lie, não enxerga apenas como parceria, afirma que é um comprometimento de ajudar a economia digital e fazer crescer a saúde pública e a educação brasileira. Mas antes de começar a atuar em território nacional, a empresa chinesa precisa receber autorização da Anatel. O governo ainda enxerga com bons olhos a competitividade do setor. Já que outra empresa francesa do ramo de internet via satélite também demonstrou interesse em ingressar no mercado brasileiro, porém ainda tudo é especulativo por fontes da CNN Brasil.
Lula tenta estreitar relações com a China, já que cogita que as relações com os Estados Unidos possam mudar devido à vitória de Donald Trump, fora os recentes atritos com Musk e o STF. A China ainda continua sendo a maior parceira econômica do Brasil.
Foto destaque: Lula, Xi Jinping e os ministros (reprodução/Portal 360/imagens Ricardo Stuckert/Palácio do Planalto)