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Fiocruz anuncia parceria com tecnologia francesa de inteligência artificial para controle de dengue

Conheça o Arbocarto, tecnologia francesa que monitoria e controle população de mosquitos transmissores de dengue, chikungunya e zika vírus

03 Dez 2024 - 12h12 | Atualizado em 03 Dez 2024 - 12h12
Fiocruz anuncia parceria com tecnologia francesa de inteligência artificial para controle de dengue   Lorena Bueri

O Observatório de Clima e Saúde da Fiocruz anunciou um experimento com tecnologia francesa: o Arbocarto, uma IA que mapeia a quantidade populacional do mosquito por territórios. O evento teve os cursos ministrados pela engenheira de geoprocessamento do Instituto francês, O IRD, para explicar o uso do sistema. Especialistas da saúde esperam que a AI ajude o SUS (Sistema Único de Saúde) a otimizar o seu controle de gastos e eficácia contra a dengue e suas variantes. 

O que é o Arbocarto? 

A ferramenta foi criada pelo Instituto Francês de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD). O Arbocarto é um sistema tecnológico que faz mapeamento em tempo real e simula modos para controle das populações. Assim, a ferramenta monitora o controle de vetores, a mobilização social e orienta medidas de segurança. A tecnologia foi implementada em todo o Brasil no último mês de novembro com cursos ministrados Marie Demarchi, engenheira de geoprocessamento e uma das desenvolvedoras do sistema. 


 

Fabricação de vacinas na FIOCRUZ (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Bloomberg)   


O coordenador do Observatório, Christovam Barcellos traz o seguinte comentário sobre o benefício da nova tecnologia: “No Brasil, as estimativas de risco são quase sempre baseadas na doença e não no seu vetor de transmissão. Isso permite uma antecipação dos surtos, trabalhamos preventivamente”. 

O impacto sobre o SUS 

Depois da consolidação do Arbocarto, espera-se que o SUS tenha mais otimização dos seus recursos contra o mosquito e suas variantes. Foram realizados inúmeros testes em regiões brasileiras e até fronteiras de clima tropical, que facilita a criação do mosquito, como a Guiana Francesa. O representante do Instituto francês, IRD, Emmanuel Roux considera a ferramenta um importante aliado para controlar o índice de arboviroses porque produz com agilidade dados públicos úteis para o combate entomológico. Fazendo que o SUS e outras instituições como a Fiocruz possam direcionar ações mais estratégicas e mapear locais mais críticos de evolução do Aedes aegypti. Podendo ser muito mais vantajoso em áreas com povos originários, lugares onde a expectativa do uso da ferramenta seja mais planejada e estratégica para ajudar o controle de vetores. 

O combate a arboviroses é sempre um grande desafio para o Brasil. Em 2024, existiram mais de 6 milhões e 500 mil casos de dengue, que representou um aumento de 400% em relação ao ano passado, totalizando 5 mil e 800 mortes. Todo esse número mostra a urgência de buscar a vacinação e soluções tecnológicas inovadoras, como o Arbocarto. 

Foto destaque: Agente de saúde combatendo o mosquito Aedes aegypti (Reprodução/FIOCRUZ Amazônia)

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