O vice-presidente da área de Supervisão do Federal Reserve (Fed, o sistema de bancos centrais dos Estados Unidos), Michael Barr, constatou nesta quinta-feira (05) a importância dos investimentos para os bancos na área de cibersegurança com o objetivo de prevenir e contestar os ataques cibernéticos que vêm aumentando nos últimos anos.
Práticas e meios para evitar os ataques
Durante sua participação em uma conferência sobre cibersegurança organizada pelo Federal Reserve (Fed) em Cleveland, Barr destacou a importância da cooperação entre as autoridades e o setor privado para a prevenção de ameaças e ataques cibernéticos. Ele enfatizou a necessidade de construir sistemas resistentes para enfrentar esses riscos e evitar potenciais falhas. Além disso, Barr destacou a prática de realização de testes para identificar e corrigir as possíveis vulnerabilidades dos sistemas, enfatizando a importância de manter a integridade da segurança cibernética.
Os ataques cibernéticos têm se tornado uma ameaça cada vez mais comum e perigosa. O Brasil é o segundo país da América Latina mais atingido por ataques, sofrendo 23 bilhões de tentativas só nos primeiros seis meses de 2023. No entanto, a sofistificação dos sistemas e da tecnologia tem contribuído para a retenção desses ataques com dados indicando uma melhora em relação ao primeiro semestre do ano passado.
Tela de computador com informações avançadas (Foto: reprodução/Tima Miroshnichenko/Pexels)
Aumento da procura por hackers do bem
A procura por profissionais que protegem sistemas comumente chamados de “hackers do bem” tem aumentado e bancos e empresas com forte presenças digitais têm se interessado e buscado cada vez mais os serviços desses profissionais. Esses hackers atuam em conjunto com equipes de segurança cibernética de empresas e instituições em busca de falhas nos sistemas para prevenir e dificultar esses ataques.
Michael Barr também ressaltou a constante evolução das tecnologias, apontando para oportunidades e desafios específicos com essa transformação. Ele destacou a crescente relevância da inteligência artificial generativa na economia, ressaltando seu potencial positivo se utilizado da maneira correta. Contudo, Barr também alertou sobre a possibilidade do uso prejudicial dessa tecnologia onde alguns indivíduos podem utilizá-la para cometer crimes cibernéticos, enquanto outros a utilizam para combater essas ameaças.
Foto destaque: Pessoa digitando no teclado do computador. Reprodução/Freepik