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Facebook exclui mais de 45 mil postagens na Itália para combater fake news

O número de posts apagados em território italiano é o maior em toda a União Europeia, representando quase um terço do total de 140 mil postagens removidas no primeiro semestre de 2023.

27 Set 2023 - 16h56 | Atualizado em 27 Set 2023 - 16h56
Facebook exclui mais de 45 mil postagens na Itália para combater fake news Lorena Bueri

A luta contra a desinformação em redes sociais sempre foi acirrada, incentivando as grandes empresas a criarem novas táticas para combater e diminuir a disseminação de fake news e informações falsas. O Facebook, produto subsidiário da gigante de tecnologia Meta, está entre uma das plataformas virtuais mais afetadas. 

Luta contra a fake news

Durante as eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016, por exemplo, a rede social foi bombardeada com “ataques” de hackers russos, disseminando informações falsas para atrapalhar o processo eleitoral. 

Em uma tentativa de impedir que uma situação como essa ocorra novamente, o Facebook assumiu uma postura mais rígida quanto às publicações feitas na plataforma, deletando posts feitos em má fé. O mesmo pode ser dito do Instagram, que também é de propriedade da Meta. 

Na Itália, mais de 45 mil posts foram removidos do Facebook e cerca de 1,9 mil do Instagram, acusados de disseminar informações falsas que possam ser “nocivas à saúde” ou que envolvam “interferência eleitoral e política”. 

Trata-se do índice mais alto em toda a União Européia, conforme divulgado em um relatório publicado pela Meta em função do Código de Conduta da UE, que busca combater as práticas de desinformação na Europa. 

Ainda não é o fim do problema 

Contudo, apesar das tentativas da equipe responsável pelo controle de qualidade dos posts presentes nas plataformas da Meta, isso não é o suficiente para extinguir a prática. De acordo com David Broniatowski, autor principal de um estudo focado nas políticas de desinformação sobre vacinas durante a pandemia do COVID-19, o problema enfrentado por essas plataformas é inerente e estrutural. 

“Os resultados de nosso estudo mostram que remover conteúdo ou alterar os algoritmos será ineficaz se não mudarmos o que a plataforma foi criada para fazer: dar espaço para que os membros da comunidade se conectem por interesses em comum, de modo a encontrar informações relevantes”, disse Broniatowski, que faz parte de um grupo de pesquisadores da Universidade George Washington.


David Broniatowski, principal autor do estudo, em frente a uma parede decorada com diplomas (Foto: Reprodução/Twitter/David Broniatowski).


O estudo, que é o primeiro e único a abordar de maneira científica a eficácia nas tentativas do Facebook de remover sistematicamente desinformação e contas nocivas da plataforma, levou os pesquisadores a concluírem que embora a plataforma esteja se esforçando de maneira significativa para combater o problema, o espaço que a própria plataforma oferece inerentemente para que as informações falsas se espalhem sem controle, dificulta que uma solução mais permanente se apresente. 

Broniatoswki sugere, com base em seus estudos, que uma forma eficaz de tentar combater a desinformação seja que os designers de plataformas de mídia social tentem promover práticas de saúde e segurança pública, trabalhando em colaboração para desenvolver um conjunto de códigos de ética construtivos para que as plataformas sejam baseadas em evidências científicas e empíricas, portanto reduzindo os danos causados por campanhas de fake news. 

 

Foto destaque: Pessoa segurando celular com o aplicativo do Facebook, sobre fundo com logo da Meta Foto: Reprodução/Reuters/Dado Ruvic.

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