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Empresa canadense utiliza IA para eliminar a desigualdade na contratação de Tech

A iniciativa já conta com a participação de mais de 6 mil mulheres em busca de emprego no setor de tech, além da parceria de 70 empresas que buscam auxiliar na causa

15 Nov 2023 - 15h45 | Atualizado em 15 Nov 2023 - 15h45
Empresa canadense utiliza IA para eliminar a desigualdade na contratação de Tech Lorena Bueri

A presença predominantemente masculina nos campos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática não é uma novidade. Trata-se de um mercado que há anos está permeado pela desigualdade de gênero, principalmente entre as grandes empresas de tecnologia. Em um estudo publicado pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) esse ano, esclareceu-se que dentre os profissionais dos setores supracitados, apenas 28% são mulheres. E destas, muitas ainda enfrentam uma desigualdade significativa em condições de trabalho e salariais. 

Adeus ao dilema corporativo

Buscando solucionar esse grave problema que ainda atormenta muitas das mulheres interessadas em ingressar no setor, April Hicke e Marissa McNeelands colaboraram para fundar a Toast, empresa de raízes canadenses criada justamente para auxiliar e facilitar a entrada de mulheres no mercado de trabalho dentro do campo tecnológico.

Em entrevista ao Financial Post no começo deste ano, Marissa recorda que ao pedir para que alguns de seus recrutadores indicassem profissionais para o cargo sênior de Gerente de Produtos de Inteligência artificial, mesmo tendo especificado que gostaria de um número igual de candidatos entre homens e mulheres, nenhuma mulher foi indicada ao cargo. Isso foi uma surpresa desagradável para a profissional de tecnologia, que tinha absoluta certeza de que devia haver ao menos algumas profissionais femininas qualificadas para o trabalho. 


Marissa McNeelands à esquerda e April Hicke à direita, revolucionárias canadenses no campo de tecnologia (Foto: reprodução/THE CANADIAN PRESS/HO/Financial Post)


A partir daí, Marissa teve toda a motivação que precisava para tentar tornar a indústria um espaço mais amigável para outras mulheres. Junto da então Diretora de Produtos Digitais April Hicke, ela resolveu fundar a Toast, cujo nome é um “trocadilho com ‘brindar’ a despedida do seu emprego de 9 por 5”, para as profissionais que detestam seus empregos corporativos e buscam se reinventar. 

Desde então, a empresa se mostrou como um sucesso retumbante. Além de estar sendo financiada pelo governo do Canadá, a Toast já conta com a participação de mais de 6 mil mulheres e 70 organizações parceiras em diversos estados do país, como Toronto, Vancouver e Calgary, com planos de expansão futura para os EUA em 2024. 

Sucesso da Toast no mercado

Às mulheres interessadas e que possam pagar pela taxa mensal de US$29 para cobrir os custos da empresa, a Toast oferece uma gama de benefícios: uma comunidade inteiramente feminina focada em tecnologia, workshops digitais, eventos presenciais, oportunidades de emprego e até mesmo aconselhamento jurídico, caso seja necessário. 

Aos empregadores que são justos e oferecem oportunidades competitivas de trabalho para mulheres, a Toast também busca promovê-los, criando um ciclo mutuamente benéfico. 

Além disso, um dos maiores diferenciais da empresa canadense é a forma em que ela busca inovar na busca por funcionários. Através de uma ferramenta de recrutamento criada com inteligência artificial, a Toast busca remover completamente quaisquer preconceitos socioeconômicos ou de gênero no processo, tornando a busca por funcionários mais justa. 

Para as empresas relevantes, ela oferece apenas a experiência, as qualidades e o conhecimento das funcionárias que estão buscando emprego, deixando de lado coisas como nome, empresas em que elas trabalharam anteriormente e até mesmo as faculdades que elas frequentaram. 

O objetivo de Marissa e April é capacitar e tornar a chance de outras mulheres de trabalhar no setor de tecnologia tão grande quanto a de qualquer homem, com as mesmas oportunidades de emprego e salários competitivos.

É uma longa jornada pela frente, principalmente em âmbito global, mas os pequenos passos que ambas as empresárias já deram podem vir a se tornar o ponto de partida para um mercado de trabalho muito mais igualitário e justo. 

Foto destaque: Profissional feminina trabalhando com desenvolvimento de software em frente a um computador. (Reprodução/IMAGO/PantherMedia/Andriy Popov/DW)

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