Pela primeira vez na história, cientistas conseguiram assistir o despertar de um buraco negro supermassivo. O acontecimento foi divulgado nesta terça-feira (18), sendo resultado de um estudo iniciado em 2019. O fenômeno reside no centro da galáxia SDSS1335+0728, na constelação de Virgem. Sua distância pra Terra é de aproximadamente 300 milhões de anos-luz. O estudo foi publicado na revista “Astronomy&Astrophysics” e, para observação do fenômeno, telescópios na terra e em órbita foram utilizados.
Buraco negro: o que é?
O Buraco negro se estabelece como um objeto científico no qual seu campo gravitacional é muito intenso e sua densidade é infinita. Por consequência, a região é uma distorção do espaço-tempo na qual partícula ou radiação eletromagnética consegue “escapar”; nem mesmo a luz.
"Estudar buracos negros em geral nos permite estudar física nas circunstâncias mais extremas, que são tão extremas que não podemos recriá-las em um laboratório na Terra". ,apontou Jakob Eijnden - astrofísico e pesquisador na Universidade de Oxford – em reportagem do g1.
Paula Sánchez Sáez, do Observatório Europeu do Sul na Alemanha, é a principal autora da pesquisa “Astronomy&Astrophysics”. Ela apontou a importância de observar o fenômeno pela primeira vez:
“Esse comportamento não tem precedentes. Imagine que você esteja observando uma galáxia distante há anos, e ela sempre pareceu calma e inativa. De repente, seu núcleo começa a apresentar mudanças drásticas de brilho, diferente de qualquer evento típico que tenhamos visto antes.”
Fenômeno foi observado pela primeira vez em 2019 (Foto: reprodução/AlexAntropov86/Pixabay)
Ideia de Einstein é confirmada
Publicada pelo físico alemão Albert Einstein, a Teoria da Relatividade é um marco importantíssimo da ciência moderna. Através dela, maior conhecimento acerca do tempo, espaço e gravidade tornou-se possível, influenciando futuros estudos e impactando na sociedade.
Além disso, a teoria abordou a ideia do buraco negro, ofertando maior entendimento sobre o tema. Em maio deste ano, uma das afirmações de Einstein foi confirmada: objetos “caem” em determinadas regiões na borda do fenômeno. A informação foi divulgada através de estudo divulgado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.
Foto Destaque: Despertar de um buraco negro é evidenciado pela primeira vez (Foto: reprodução/AlexAntropov86/Pixabay)