As últimas semanas têm sido agitadas para o Facebook. Após Frances Haugen, uma ex-funcionária da companhia depor ao Congresso dos Estados Unidos na última semana, alegando que a empresa prioriza o lucro em detrimento da saúde mental do público e da desinformação sobre campanhas eleitorais e vacinas, o CEO Mark Zuckerberg têm enfrentado dor de cabeça com os funcionários.
O bilionário, que tem sofrido fortes acusações e processos judiciais nos últimos anos por conta do mau uso dos dados dos usuários das redes sociais, têm tentado convencer colaboradores e o público de que as afirmações de Haugen, fundamentadas por documentos internos da companhia, são superficiais.
Frances Haugen coloca o Facebook diante de sua "falência moral" em Congresso. (Foto: Pool/Getty Images)
Nos bastidores, dentro do Facebook, os funcionários se dividem enquanto os executivos da companhia têm buscado gerenciamento de crise para amenizar as preocupações sobre a denúncia da ex-funcionária.
Segundo a reportagem do New York Times, os executivos vêm sendo convocados para reuniões e briefings de emergência, recebendo instruções e memorandos com informações sobre como devem tratar sobre os “eventos recentes” com amigos, familiares e a imprensa.
Entre as instruções, estaria negar que o Facebook coloca o lucro acima da segurança dos usuários, apresentando também informações sobre como a companhia pediu regulamentações do governo.
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Nos documentos apresentados por Haugen ao Congresso, a ex-funcionária relata sobre os danos das redes sociais, como o Instagram, que é prejudicial para mulheres jovens e adolescentes. Ao 60 Minutes, programa de entrevistas nos Estados Unidos, Haugen afirmou: “Eu já conhecia um monte de redes sociais e era substancialmente pior no Facebook do que em qualquer outra que eu tenha conhecido antes”. Haugen já havia anteriormente trabalhado para o Google e Pinterest.
Dentro do Facebook, alguns funcionários veem Haugen como uma espécie de heroína, que está dando visibilidade ao que muitas pessoas vêm dizendo há anos. Muitos funcionários acreditam que a empresa deveria ouvir sua opinião em uma reunião interna, enquanto outros afirmam que ela não possui credibilidade.
Foto Destaque: Mark Zuckerberg tenta amenizar situação com funcionários após denúncias contra a empresa. Reprodução/Getty Images