Uma recente revisão das condições climáticas nos corpos celestes do sistema solar revela um contraste acentuado entre as temperaturas extremas dos planetas e a crescente preocupação com o aquecimento global na Terra. Segundo dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), agência do governo dos EUA, outubro de 2023 foi o mais quente da história, 1,34 °C acima da média do século XX e superando o recorde anterior de outubro de 2015 por 0,24 °C.
O calor intenso de Vênus e as flutuações térmicas de Mercúrio
Mercúrio, com uma temperatura média de 167 °C, e Vênus, atingindo 464 °C, exibem as mais extremas condições climáticas do sistema solar. Vênus, em particular, destaca-se pelo intenso efeito estufa causado pela densa atmosfera de CO₂. Já Mercúrio é um planeta sem atmosfera, o que implica em suas grandes variações de temperatura.
Marte tem clima frio e tempestades de poeira
Marte, conhecido por suas tempestades de poeira, tem uma média de temperatura de -65 °C. Sua atmosfera tênue, composta majoritariamente por CO₂, não provoca efeito estufa significativo, resultando em um clima frio e seco.
Júpiter e Saturno, gigantes gasosos com climas turbulentos
Júpiter, com temperatura média de-110 °C, e Saturno, com -140 °C, têm intensas tempestades e climas dinâmicos, também devido às suas atmosferas serem dominadas por hidrogênio e hélio.
Urano e Netuno são planetas gelados e distantes
Urano e Netuno registram temperaturas de -195 °C e -200 °C, respectivamente. Esses planetas gelados possuem atmosferas ricas em gases como metano, que influenciam suas baixas temperaturas (NASA).
Plutão é um planeta anão isolado com atmosfera gélida
Plutão, com temperatura média de -225 °C, destaca-se por sua atmosfera extremamente fina e distância considerável do Sol, fatores que contribuem para seu clima extremamente frio.
Variações entre as temperaturas dos planetas do Sistema Solar (Foto: reprodução/Nasa)
Terra enfrenta aquecimento global por atividade humana
A Terra, terceiro planeta mais quente do Sistema Solar, com uma temperatura média de superfície de 15 °C, enfrenta um aquecimento global acelerado.
Este aumento contínuo da temperatura, com uma média de 0.14°F por década desde 1880 segundo o documento "Climate Change: Global Temperature", é intensificado pelo efeito estufa causado por atividades humanas, levando a eventos climáticos extremos como derretimento de gelo, intensificação de chuvas e alterações significativas nos ecossistemas terrestres.
Anomalias de temperatura na Terra nos meses de outubro, de 1850 a 2023, segundo o NOAA (Foto: reprodução/NOAA)
O documento de Rebecca Lindsey e Luann Dahlman lançado em janeiro também ressalta que todos os 10 anos mais quentes registrados desde 1980 ocorreram desde 2010.
Foto Destaque: planetas do Sistema Solar (Reprodução/Nasa)