Aly Kombargi e Niko Tsakiris, cientista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), criaram uma nova forma de fabricar combustíveis a base de água do mar, pó de café e alumínio. O combustível foi criado para ser usado principalmente em navios e se mostrou uma alternativa bem mais ecológica se comparado aos combustíveis tradicionais.
Uma nova forma de fabricar combustível
Segundo o artigo publicado na revista Cell Reports Physical Science, o combustível seria fabricado dentro do próprio navio, que sugaria a água do mar, que por sua vez entraria em contato com o alumínio, gerando uma reação que isolaria o hidrogênio. Assim o navio teria combustível a base de hidrogênio sem emitir carbono.
Segundo os cientistas, o pó de café foi utilizado para acelerar o processo, e uma liga feita de gálio e índio foi utilizada para solucionar o problema da camada de óxido de alumínio, que ficava na superfície do metal.
“Isso é muito interessante para aplicações marítimas como barcos ou veículos subaquáticos porque não teríamos que carregar água do mar – ela está prontamente disponível. Também não temos que carregar um tanque de hidrogênio. Em vez disso, transportaremos alumínio como ‘combustível’ e apenas adicionamos água para produzir o hidrogênio de que precisamos", explica Aly Kombargi, doutorando de Engenharia Mecânica no MIT e autor do estudo.
O objetivo da pesquisa é deixar o novo combustível cada vez mais prático para ser usado em vários tipos de embarcações marítimas e quem sabe em outros veículos também. A pesquisa pretende descobrir também formas de usar em outros tipos de veículos.
Aumento na procura por soluções sustentáveis
A recente descoberta mostra um crescente anseio dos grandes centros de pesquisas e investidores para encontrar alternativas sustentáveis aos nossos recursos atuais.
Sustentabilidade (Foto: reprodução/Andreswd/Gatty images embed)
Nos últimos meses o MIT, em parceria com Harvard, vem desenvolvendo uma pesquisa que busca uma forma eficiente de utilizar o CO2 (dióxido de carbono) como combustível.
Ambas as pesquisas estão prestes a implementar soluções eficientes que ajudaria a humanidade a diminuir a pegada de carbono e lutar contra as mudanças climáticas.
Foto destaque: Aly Kombargi e Niko Tsakiris trabalhando na pesquisa (reprodução/Tony Pulsone/Massachusetts Institute of Technology/Galileu)