Nessa sexta-feira (03), a China lançou uma missão lunar intitulada como “Chang’e-6”, que visa coletar as primeiras amostras da maior e mais antiga cratera lunar, conhecida também como bacia do Pólo Sul-Aitken, ou ainda como “o lado oculto da Lua”. A China é o único país até o momento que pousou uma base nesse lado do satélite natural.
Cerca de 2 kg de amostras serão coletadas para posterior análise pelos cientistas que esperam obter mais informações sobre o passado da Terra, da Lua e do Sistema Solar, visto que essa será a primeira vez que conseguirão analisar o solo desse lado da Lua.
O lançamento
O lançamento do foguete Long March 5 foi realizado nessa sexta-feira (03) às 6h27 da manhã (horário de Brasília), no Centro de Lançamento Espacial Wenchang, na ilha de Hainan, sul da China. Após 37 minutos de voo, foi programado a separação da aeronave.
Outros países já trouxeram amostras para análise, mas essas eram apenas do lado visível da lua (Vídeo: reprodução/YouTube/Olhar Digital)
A missão Chang’e-6
Para coletar as amostras, a missão contará com quatro componentes fundamentais em sua estrutura: um orbitador lunar, um módulo de pouso na Lua, uma espaçonave de ascensão e um módulo de reentrada.
O intuito é que o orbitador viaje ao redor da Lua até liberar o lander e a espaçonave de ascensão à superfície. Com esses dois componentes na superfície lunar, o material poderá ser coletado e transferido novamente à espaçonave de ascensão e ao orbitador.
Com isso, as espaçonaves iniciam os trâmites de acoplagem para o retorno à Terra, liberando as cápsulas de reentrada. A previsão para que todas essas etapas sejam realizadas e a missão concluída é de 53 dias.
Projeção de base lunar (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Xia Yuan)
Disputa pela Lua
Nos últimos anos, vários países realizaram expedições para a Lua, com o intuito de desenvolverem suas pesquisas. O Japão realizou em janeiro a missão “Moon Sniper”, que adentrou extremos lunares e permanece fornecendo registros fotográficos de sua localização. Uma equipe de astrônomos acredita que o pouso do sniper ocorreu em uma cratera separada há milhões de anos da Terra e que atualmente orbita ao redor da Terra.
Foto destaque: astronautas chineses em missão na lua (Reprodução/Getty Images Embed/Gremlin