Em entrevista para a CNN nesta última terça-feira (16), Bill Gates afirmou que a IA tornará a vida de todos muito melhor nos próximos cinco anos, devido à capacidade da tecnologia de “ler e escrever” e, por causa disso, “é quase como ter um colarinho branco para ser tutor, para dar conselhos de saúde, para ajudar a escrever código, para ajuda com chamadas de suporte técnico”. E tudo isso sem que “haja a produção de algum novo hardware”, apenas usando os celulares que já temos e a internet que também já nos conectamos, afirmou o empresário, que ainda possui ações na Microsoft que, por sua vez, possui contrato multibilionário com a OpenAI.
A linguagem de programação da IA (Foto: reprodução/Geralt/Pixabay)
A relação de Bill Gates com a IA
Em outra entrevista para a CNN, Gates afirmou estar impressionado com as possibilidades abertas a partir do desenvolvimento da IA em países de baixa e média renda. Ele deu o exemplo do Senegal, em que um time de desenvolvedores utilizou essa tecnologia para prescrever receitas médicas, diminuindo a necessidade de médicos nas comunidades. Outro exemplo dado por Gates foi a adaptação da tecnologia no Quênia, onde uma equipe de desenvolvedores buscam usar a OpenAI como um tutor para as crianças das comunidades. Portanto, para Gates, o salto de produtividade após a disseminação da IA será gigantesco, com muitas potencialidades mundo afora.
Opiniões de Bill Gates e do FMI sobre a IA
Também nesta última entrevista de Bill Gates para a CNN, ele comentou sobre o relatório produzido pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), no qual é estimado que cerca de 40% da população mundial terá seu trabalho extinto ou modificado de alguma forma por conta da nova tecnologia. Gates diz que concorda, em partes, com tal previsão, afirmando que a cada nova tecnologia, primeiro surge o medo dela, depois as oportunidades, fazendo um paralelo com o desenvolvimento da agricultura e a liberação de grandes parcelas de seus trabalhadores para outras áreas, devido ao aprimoramento tecnológico no setor.
Foto destaque: Bill Gates em sua entrevista para a CNN (Reprodução/Jordan Valinsky/CNN)