Segundo o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que deu uma entrevista exclusiva à CNN, a inteligência do país conseguiu obter mais informações em relação à aprovação dos russos referente ao motim realizado por parte do Grupo Wagner durante o mês passado. Considerando esse fato, o apoio ao chefe do grupo paramilitar, Yevgeny Prigozhin, estava sendo avaliado pelo Kremlin e depois das averiguações acabou constatando que o mesmo possui auxílio de cerca da metade da população.
A oposição viu quando os combatentes de Wagner, que foram liderados por Prigozhin, tomaram o comando de acomodações militares dentre dois municípios russos, além de, se dirigirem a Moscou antes que um acordo secretamente organizado envolvendo o Kremlin desse um fim de vez a rebelião. Prigozhin foi exilado em Belarus após retirar suas forças.
O ocorrido foi examinado por analistas ocidentais que o descreveram como uma grande ameaça ao poder do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em especulação de qual poderá ser o significado desse acontecimento relacionado à guerra, na qual a Ucrânia permanece lentamente na sua contraofensiva com o país russo.
“Metade da Rússia apoiou Prigozhin. Metade da Rússia apoiou Putin”, Zelensky revelou à CNN. “Algumas das regiões russas estavam se equilibrando nesse meio tempo sem saber ao certo quem apoiar.”
Prédio destruído na Ucrânia. (Foto: Reprodução/REUTERS/Pavel Klimov/CNN Brasil)
“Todos nós vemos esse processo que mostra que metade da população russa está em sérias dúvidas”, completou dizendo.
A rachadura se formou ao fim da rebelião, após os combatentes Wagner e o próprio Prigozhin terem se preparado para sair de Rostov-on-Don, apesar de o apoio público russo continuar alto em relação à guerra que ainda está sendo travada entre ambos os Estados.
O veículo de Prigozhin parou no momento em que um morador chegou perto do carro com o intuito de apertar a mão do líder de Wagner, em cena exibida por meio de vídeo geolocalizado e verificado pela CNN, enquanto os outros moradores perto deles aplaudiam o episódio.
Foto destaque: Destruição causada pela guerra na Ucrânia. Reprodução/REUTERS/Valentyn Ogirenko/CNN Brasil