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Voto feminino completa 90 anos no Brasil

90 anos após a conquista ao voto, presença feminina ainda é baixa. Nas eleições de 2020, apenas 15% das mulheres candidatas foram eleitas. No país, 52,50% do eleitorado é formado por mulheres.

25 Fev 2022 - 18h30 | Atualizado em 25 Fev 2022 - 18h30
Voto feminino completa 90 anos no Brasil Lorena Bueri

Em 2022, completam-se 90 anos da conquista do voto feminino no Brasil. O voto feminino foi garantido em 1932 pelo Código Eleitoral através do decreto nº 21.076, que concedeu às mulheres o direito de votar e serem votadas. Com quase um século de direito ao voto, a participação feminina é baixa na política. Coincidentemente, a primeira eleitora e a primeira mulher eleita no país são naturais do Rio Grande do Norte. São elas: Celina Guimarães e Luiza Alzira Soriano, respectivamente. A professora Celina votou pela primeira vez em 1927 e Alzira assumiu a prefeitura da cidade de Lajes em 1929.


Celina Guimarães, primeira eleitora brasileira. (Foto: Reprodução/ TSE)


Nas eleições municipais de 2020, 52,50% do eleitorado era formado por mulheres. Mas o montante não foi suficiente para aumentar a presença feminina na política, visto que apenas 15% das mulheres foram eleitas.


Luíza Alzira, primeira mulher eleita no Brasil. (Foto: Reprodução/ TSE)


Ao G1, a professora do Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), Flávia Biroli, relatou que: “Votar é relevante, mas a igualdade política não é composta só pelo voto, depende de condições iguais de participação” [...] “A descontinuidade entre o direito ao voto e outras dimensões da participação política é mais grave quando a gente pensa quanto tempo se passou e as mulheres continuam sendo sub-representadas e sofrendo violência nos espaços da política institucional”, completa a professora.

 

Para o Tribunal Superior Federal (TSE), as mulheres configuram 52,50% do eleitorado na eleição de 2020 e 45,30% das filiações partidárias. Em relação à presença política, elas representam apenas 15% - em 2018, elas representavam 16%, ou seja, houve queda de 1%.

 

Foto Destaque: Representação da presença feminina nas eleições. Reprodução/ IStock

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