A vereadora Monica Benicio, líder da bancada do PSOL na Câmara do Rio de Janeiro, está tomando medidas jurídicas depois de receber ameaças por e-mail. Como parte de sua resposta firme à situação, a parlamentar, que é lésbica e ativista, planeja registrar uma queixa-crime na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) ainda hoje (22).
Vereadora Monica Benicio (Foto: reprodução/Vittoria Alves)
Ataque de ódio durante a visibilidade lésbica
A mensagem de ódio recebidas neste mês, durante a celebração da visibilidade lésbica, contém ameaças de um ato cruel conhecido como "estupro corretivo", supostamente concebido para alterar a orientação sexual da vereadora. O remetente, que se autodenomina "doutor em Psicologia Social pela Universidade de Harvard", alega que o "lesbianismo é uma doença que pode ser curada com terapia alternativa", propagando informações errôneas e perigosas.
Essa ação hostil ocorre no contexto de atividades de promoção da igualdade e combate à discriminação realizadas pela mandata da vereadora. Durante o mês da visibilidade lésbica, Monica Benicio reforçou a importância da conscientização sobre as questões LGBTQIA+ e a necessidade de criar um ambiente inclusivo e respeitoso.
Resistência e compromisso com a igualdade
Esta investida ofensiva não intimidou Monica Benicio, que é conhecida por sua dedicação à luta contra a lesbofobia e a discriminação. A ameaça chega em um momento em que a vereadora está engajada em atividades para promover a igualdade e a compreensão. A mensagem também afirma ter conhecimento do endereço da parlamentar e oferece uma visita para uma "demonstração sem compromisso", uma ação que ressalta a gravidade da situação.
Monica Benicio enfatiza que a escalada da violência política de gênero contra mulheres parlamentares é inaceitável e que a luta por igualdade continua. Ela reafirma a importância de garantir os direitos das mulheres lésbicas, e ressalta que nenhuma ameaça silenciará a voz dela. Diante desse ataque perturbador, a vereadora está tomando medidas legais para proteger seus direitos e os direitos de todas as mulheres e pessoas LGBTQ+ que enfrentam o preconceito.
A situação destaca a urgência de combater a intolerância e a discriminação, e ressalta a importância de proteger aqueles que dedicam suas vozes à promoção da igualdade e dos direitos humanos.
Foto destaque:Mônica Benício, vereadora pelo município do Rio. Reprodução/Tânia Rêgo/Agência Brasil/CartaCapital