O ano de 2023 revelou-se trágico no Sul de Minas, com uma onda alarmante de feminicídios e violência contra a mulher que assombrou a região. Entre as ocorrências chocantes, registraram-se mortes brutais por tiros, esfaqueamentos e até corpos queimados. A crueldade desses atos atingiu um novo patamar, com alguns crimes ocorrendo na presença angustiante dos filhos das vítimas.
Números que não podem ser ignorados
Até outubro, os registros de feminicídios já ultrapassavam os números de todo o ano anterior, indicando um aumento alarmante e uma urgência na implementação de medidas preventivas e protetivas. Pelo menos 25 mulheres morreram, conforme apontado pelo levantamento conjunto do G1 e da EPTV Sul de Minas, afiliada TV Globo. Uma estatística que não apenas representa vidas ceifadas, mas também famílias destruídas e comunidades em luto.
Entre as vítimas, Renata de Paulla Silva, de 26 anos, foi brutalmente assassinada a facadas em Três Pontas (MG) em fevereiro. O marido, após confessar o crime, revelou um sofrer de descontrole emocional, desencadeado por uma suposta confissão de traição por parte da vítima.
Minas Gerais é o estado com maior número de violências contra mulher (Foto: reprodução/G1)
Relações que viraram pesadelos
A história de Lidia da Costa Souza, de 27 anos, na zona rural de Bocaina de Minas (MG), expõe as sombras de relacionamentos aparentemente estáveis. Morta por um tiro de espingarda, Lidia estava em um relacionamento de seis anos com Fábio Gaspar Maciel, o próprio suspeito do crime.
O depoimento do delegado Ed Elvis Rodrigues Garcia, no caso de Lidia, revela a angústia das vítimas. A Polícia Militar foi alertada por uma amiga da vítima, que, desesperada, relatava que o namorado estava fora da casa, clamando por uma conversa.
A onda de feminicídios no Sul de Minas em 2023 é um chamado à ação urgente. É necessário que a sociedade se una para combater esse flagelo, proporcionando apoio às vítimas, punindo rigorosamente os agressores e promovendo uma cultura de respeito e igualdade.
Foto destaque: Sinal vermelho usado para denunciar violência (Reprodução/Metrópoles)