Nesta sexta-feira (13), a Organização Nacional de Saúde (OMS) divulgou que a vacina MVA-BN, produzida pela Baviera Nórdica, contra o vírus mpox, popularmente chamado de varíola de macaco, foi pré-qualificada pela organização.
O imunizante MVA-BN, desenvolvido pela farmacêutica dinamarquesa, é o primeiro a obter o status da OMS para uso na população. Dessa forma, estima-se que o número de compras da vacina de forma global aumente, fazendo com que a cobertura vacinal chegue em áreas com maior número de casos.
A inclusão do MVA-BN na lista de medicamentos pré-qualificados pela OMS é uma ferramenta para mais promoção às autoridades responsáveis pela compra do medicamento. Em seu pronunciamento, Yukiko Nakatani, diretora de Acesso a Medicamentos e Produtos de saúde da OMS, afirmou: “A pré-qualificação será essencial para acelerar a aquisição contínua de vacinas contra a mpox por governos e agências internacionais, como a Gavi (Aliança Mundial para Vacinas e Imunização) e a Unicef, auxiliando comunidades na linha de frente de emergência na África e em outros locais”.
Os estudos da Agência Europeia de Medicamentos e do fabricante Bavarian Nordic foram base para a OMS fazer essa inclusão. O imunizante, conforme estudos da OMS, oferece 76% de eficácia com a dose e 82% para o primeiro esquema completo.
Detalhes de mãos de um jovem infectado com mpox (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Glody Murhabazi)
MPOX avança no Brasil
O Ministério da Saúde divulgou que de janeiro a setembro deste ano, o Brasil registrou 1.015 casos, superando os 853 contabilizados em 2023. Atualmente, ainda existem 426 casos de suspeita da doença. A maior concentração da doença está na região sudeste do país.
Conforme o boletim, os municípios com maior número de registros são São Paulo com 36,5% de casos confirmados e suspeitos da mpox, em segundo lugar o Rio de Janeiro com 167 e terceiro Belo Horizonte com 43.
Formas de transmissão
A varíola dos macacos, mpox ou monkeypox, tem seu contágio por meio de contato físico. Conforme o Ministério da Saúde, "o pele a pele", é a principal forma de contágio. Entende-se como pele a pele relações sexuais, beijo, abraço e contato direto com sangue, pus e saliva.
Além disso, o contato com objetos manuseados por pessoas contaminadas também pode infectar outras pessoas.
Foto destaque Imagem de imunização (reprodução/Getty Images Embed/arquivo)