A Ucrânia continuará com ações ofensivas na guerra, afirma Dmytro Kuleba, ministro das Relações Exteriores do país. Para liberar os territórios ucranianos as forças de Kiev irão intensificar os ataques de mísseis a partir desta segunda-feira (10). A Rússia lançou o maior ataque aéreo desde início da guerra na Ucrânia. No último sábado (08), os ucranianos implodiram bombas na ponte que ligava a Rússia à região da Crimeia — ilegalmente anexada em 2014.
Em entrevista à CNN, o ministro disse que quer o que seja que Putin fizer continuarão lutando pela libertar o povo ucraniano da invasão que oprime a população desde março de 2022. Ele complementou dizendo que essa guerra é pela existência da Ucrânia, pela existência do direito internacional e que as forças armadas russas sabem que não podem escalar intensivamente o conflito.
Local atingido por mísseis russos na Ucrânia. (Foto: Reprodução/Ministério do Interior ucraniano)
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, negou as acusações dos russos sobre o ataque de sábado e afirmou que eles querem instaurar o pânico em seu país. Ele, assim como seu ministro das Relações Exteriores, acredita que os atos ofensivos desta segunda foi uma reação vingativa do presidente russo.
Zelensky afirmou também já ter conversado em caráter de urgência com líderes europeus, com o objetivo de planejar uma reação caso uma nova ofensiva russa ocorra. O chanceler alemão, Olaf Scholz, discutiu com o presidente ucraniano sobre a possibilidade de ocorrer em caráter de urgência uma nova cúpula do G7 — grupo dos países mais ricos do mundo.
Ainda de acordo com a declaração de Kuleba, os principais alvos russos continuam sendo instalações de energia, casas civis e prédios de apartamentos. Ele completou afirmando que nenhuma instalação militar importante foi atingida no ataque de mísseis as diversas regiões russas. O vice-ministro da Defesa ucraniano, Hanna Malyar, informou que a Rússia disparou um total de 83 mísseis em direção às principais cidades ucranianas nesta manhã.
Foto Destaque: Dmytro Kuleba. Reprodução: Ceenergy News.