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Imigrantes sofrem com impacto da nova política de Trump

Agentes realizam operações em Chicago prendendo 2300 imigrantes ilegais; Medidas causam medo, dividem opiniões e geram críticas globais

29 Jan 2025 - 08h10 | Atualizado em 29 Jan 2025 - 08h10
Imigrantes sofrem com impacto da nova política de Trump Lorena Bueri

No último domingo (26), agentes do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA (ICE) iniciaram uma operação em Chicago, que resultou em mais de 2.300 prisões de imigrantes em situação irregular. A ação, que contou com o apoio de diversas agências federais, faz parte da estratégia do governo Donald Trump para reforçar suas rígidas políticas anti-imigração, marcando o início de seu segundo mandato na presidência.

As operações foram realizadas em bairros de Chicago, conhecidos pela presença de comunidades imigrantes, causando um clima generalizado de apreensão. Chicago, que é tradicionalmente um reduto democrata, viu suas autoridades locais se posicionarem contra as medidas. O prefeito Brandon Johnson declarou que a cidade não cooperará com as ações federais: “Temos a responsabilidade de proteger nossos residentes e respeitar seus direitos, independentemente de seu status migratório”, afirmou outro imigrante.


Operação prendeu mais de 2 mil imigrantes ilegais (Foto: reprodução/Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA (ICE))


Impacto além das fronteiras

As consequências das ações do ICE foram sentidas até mesmo fora dos Estados Unidos. Na sexta-feira (24), um avião com 88 brasileiros deportados pousou em Manaus. As condições do voo geraram polêmica: os deportados chegaram algemados nas mãos e pés, o que levou o Itamaraty a cobrar explicações do governo americano: “Fomos tratados como bichos. Eles nos humilharam durante todo o voo,” relatou um dos deportados.

Para os brasileiros que continuam nos Estados Unidos, o clima de medo é constante. Muitos relataram que agora evitam sair de casa ou ir ao trabalho: “Estamos vivendo um pesadelo. Só queremos viver com dignidade,” disse um imigrante que pediu anonimato.


 Os policiais bateram de porta em porta (Foto: reprodução/Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA (ICE))


Medidas que dividem o país

Desde que reassumiu a presidência, Donald Trump introduziu uma série de medidas rigorosas contra a imigração ilegal, reacendendo debates aquecidos no país. Entre as principais ações, ele restabeleceu a política de deportação expressa, permitindo que imigrantes sem comprovação de residência nos Estados Unidos há pelo menos dois anos sejam expulsos sem direito a audiência judicial. Além disso, emitiu uma ordem executiva que revoga a cidadania automática para filhos de imigrantes ilegais nascidos no território americano, desafiando a 14ª Emenda da Constituição.

Outra mudança significativa foi a permissão para que agentes de imigração realizem transações em locais antes considerados protegidos, como hospitais, lojas e escolas, ampliando o alcance das fiscalizações. Essas medidas, apesar de bem recebidas por apoiadores que defendem um controle mais rígido das fronteiras, enfrentam forte resistência de defensores dos direitos humanos e de lideranças democratas, que são classificadas como cruéis e inconstitucionais.

Resistência e resiliência

Apesar do cenário desafiador, comunidades imigrantes estão se unindo para oferecer apoio. Organizações locais estão promovendo workshops sobre direitos dos imigrantes e criando redes de solidariedade: "Estamos aqui para apoiar uns aos outros. Não podemos deixar o medo nos paralisar,” afirma líder comunitário na cidade.

Enquanto isso, famílias estão assustadas, com medo e vivem na incerteza: “Meus filhos perguntam se vamos ser levados. Não sei como explicar que tudo o que queremos é uma vida tranquila,” desabafa uma imigrante.

A batalha por direitos e dignidade continua, mesmo diante das portas que se fecham – tanto nas casas quanto nas políticas de imigração.

Foto Destaque: Agente do ICE, a polícia de Imigração e Alfândega dos EUA (Reprodução/Poder 360/Embaixada e Consulado dos EUA no Brasil)

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