Rússia e Coreia do Norte assinaram em junho um acordo de defesa mútua entre os dois países e que entrou em vigência nesta quarta-feira (04). A informação foi dada pelo Ministério das Relações Exteriores russo em comunicado à imprensa.
O tratado propõe que, em caso de ataque imediato a um dos dois países, uma assistência imediata será enviada em forma de ajuda. Em junho, quando Putin foi em visita à Coreia do Norte, ele se encontrou com o líder Kim Jong Un e assinou acordo de defesa mútua entre Rússia e Coreia do Norte.
O que diz o acordo
O texto original do tratado, que foi discutido e assinado em junho deste ano, prevê que, em caso de Rússia ou Coreia do Norte sofra algum ataque de outra nação, uma ajuda será enviada imediatamente para defender o país. Essa ajuda pode ser em forma de tropas ou de armamentos.
Também é prevista no tratado uma cooperação no cenário internacional em caso de sanções econômicas do ocidente, coordenar posições políticas na Organização das Nações Unidas (ONU) e combater de forma conjunta o terrorismo.
A câmara alta, parlamento, da Rússia, aprovou por unanimidade o acordo em 8 de novembro, e a câmara baixa ratificou no dia 9 de novembro, mesmo dia em que Putin assinou o decreto, descrevendo todos os procedimentos legislativos.
Aproximação dos dois países
Com o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, os dois líderes se aproximaram bastante e, em junho deste ano, Vladimir Putin foi visitar Kim Jong Un em Pyongyang, capital da Coreia do Norte.
Antes deste acordo ser assinado e entrar em vigor, existem suspeitas por parte do ocidente e da Ucrânia de que a Coreia do Norte estava fornecendo armamentos, tanto mísseis quanto munições, para o exército russo. Foram encontrados vestígios em locais onde houve ataque russo.
Putin discursa em um evento na capital Moscou (Foto: reprodução/Maksim BLINOV/Getty Images Embed)
Envio de tropas
Outra suspeita de que a Coreia do Norte entrou no conflito em conjunto com a Rússia é de que soldados norte-coreanos estariam sendo treinados por Moscou para entrar na guerra pelo lado russo, porém ainda não está provado de que está sendo feito.
A Rússia não desmente e nem confirma essa informação. Segundo agências internacionais, teriam sido enviados para treinamento em Moscou dez mil soldados para lutar do lado russo contra os ucranianos.
Foto Destaque: Putin e Kim Jong Un se encontraram em junho em Pyongyang, assinando diversos acordos (Reprodução/KRISTINA KORMILITSYNA/POOL/AFP/Getty Images Embed)