O Ministério das Relações Exteriores da Rússia anunciou em comunicado na manhã desta quinta-feira(05) que o acordo de defesa mútua entre Rússia e Coreia do Norte entrou em vigor a partir de hoje. Os vice-ministros da pasta de ambos os países trocaram cartas para ratificar o acordo e fazê-lo entrar em funcionamento.
O acordo foi concluído em viagem do presidente russo à Coreia do Norte em junho e ratificado pelo parlamento russo em novembro e com a troca de cartas entre os ministros das Relações Exteriores de cada país, o acordo foi ratificado nesta quinta-feira.
Para Kim Jong-un, presidente da Coreia do Norte, o acordo eleva as relações entre Rússia e Coreia do Norte a um novo patamar em sua aliança e acelera a criação do mundo multipolar onde nenhum país terá um poder hegemônico sobre os outros.
Acordo não fala só de defesa militar
Um dos motivos do acordo sem sombras de dúvidas é a assistência militar entre os países onde o acordo afirma que caso um dos países seja atacado de forma armada, o outro país deve fornecer assistência militar imediatamente. Além disso, o acordo prevê que ambos tracem políticas para fortalecer suas capacidades de defesa, prevenir guerras e manter a paz e a segurança entre si.
Porém, o acordo prevê cooperação entre os países no combate ao terrorismo, extremismo, tráfico de drogas e humano, sequestro, imigração ilegal e fluxos financeiros ilícitos.
Presidentes firmaram acordo em visita de Putin à Coreia do Norte (Foto: reprodução/EFE/EPA/Kristina Kormilitsyna/Kremlin Pool)
Além desses pontos, o acordo prevê também ajuda em assuntos internacionais como as plenárias da ONU, enfrentamento de sanções internacionais e adesão a acordo mundiais e regionais.
O acordo também afirma que ambos não podem interferir em seus assuntos internos e que não façam acordos bilaterais com países que podem prejudicar o acordo entre as partes.
Países enfrentam sanções e acusações dos EUA
Ambos os países enfrentam acusações feitas pelos Estados Unidos. De acordo com o mesmo, a Coreia do Norte teria enviado mais de 10 mil soldados e armamentos para lutar contra as forças ucranianas.
A OTAN além de fazer as mesmas acusações que os EUA, também acusa os dois países de trocarem mísseis entre si para serem usados no conflito contra a Ucrânia e para a Coreia do Norte fortalecer seu arsenal.
Foto destaque: Presidentes de Coreia do Norte e Rússia celebram acordo de defesa mútua (Reprodução/G1)