A província japonesa de Ishikawa foi atingida por um terremoto de magnitude 7,5 nesta segunda-feira (1º), desencadeando uma tragédia que já ceifou a vida de pelo menos seis pessoas e deixou duas gravemente feridas, conforme relatado por autoridades locais à CNN e Reuters. A atualização do Exame, nessa terça-feira, o número de vidas ceifadas subiu para 50 pessoas.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) registrou 31 tremores secundários, sendo o maior deles, de magnitude 6,2, ocorrendo apenas 8 minutos após o tremor inicial. A mais nova atualização feita pelo Terra diz que outros 201 tremores foram detectados.
Persistência da ameaça de tsunamis
Após a redução da ameaça de ondas de grandes proporções, os alertas de tsunami destinados à costa ocidental do Japão foram cancelados. No entanto, permanece o alerta para ondas de até 1 metro, mantendo a população em estado de alerta e sublinhando os perigos contínuos.
Impacto dos tremores
Derek Van Dam, meteorologista da CNN, ressaltou a onda que atingiu um paredão protetor em Suzu, no oeste do Japão, afirmando que "a situação poderia ter sido ainda mais devastadora". Ele destaca a persistência da ameaça de tsunamis devido à elevada magnitude do terremoto, usando uma analogia de ter uma banheira cheia d'água e jogar uma pedra, a ação cria ondas que se propagam em todas as direções, atingindo as bordas da banheira e retornando ao centro.
Violentos terremotos sacudiram nesta segunda-feira (1°) o centro do Japão, provocando importantes danos e tsunamis de mais de um metro de altura em algumas regiões, levando a população a fugir para terrenos mais altos. pic.twitter.com/7Mtlvb6xbZ
— O Tempo (@otempo) January 1, 2024
Terremotos no Japão. (Vídeo: reprodução/X/@otempo)
O que aconteceu
Um forte terremoto, de magnitude 7,5, atingiu Ishikawa nesta segunda-feira, às 16h10. O epicentro foi a 42 km de Anamizu. O impacto gerou uma série de eventos trágicos no oeste do Japão, com 31 tremores secundários, um de magnitude 6,2, o mais relevante, a apenas 4 km de Anamizu.
Alertas de tsunami, prevendo ondas de até 3 metros, foram emitidos. Houve registros de ondas menores, de 1,2 metros em Wajima. Estradas destruídas, prédios colapsados e cortes de energia afetam cerca de 33 mil famílias. Cancelamentos de voos ocorreram em aeroportos locais, com estruturas danificadas e 21 escolas transformadas em centros de evacuação.
De acordo com a CNN, mais de 8.500 militares auxiliam nos esforços de emergência, porém, a saúde enfrenta desafios, especialmente em Suzu, onde estradas prejudicam o acesso aos feridos. Vídeos nas redes sociais retratam o desespero dos moradores após a destruição, destacando a agonia de quem busca abrigo e a preocupação com incêndios.
Foto destaque: estrada destruída em Noto, Japão (Reprodução/X/@sputnik_brasil)