O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que o país registrará temperaturas acima do normal para o mês de outubro. As projeções meteorológicas indicam alterações nos padrões de temperatura e precipitação em várias regiões do país.
De acordo com o instituto, as temperaturas previstas para outubro apontam um aumento em relação à média histórica em grande parte do território brasileiro.
Essa tendência será especialmente notável nos estados de Mato Grosso, Tocantins, Pará, Maranhão, Piauí e oeste da Bahia, onde os termômetros podem ultrapassar os 29ºC.
Distribuição de água e fruta (Foto: reprodução/Agência Brasil/Paulo Pinto)
No sul de Mato Grosso do Sul e em partes da região Sul, as temperaturas podem permanecer próximas ou ligeiramente abaixo da média normal para o mês, chegando a 1ºC.
Dias consecutivos com chuva
A presença de dias consecutivos com chuva nessas áreas pode moderar as temperaturas, levando-as a valores inferiores a 20ºC, diz nota do Inmet.
Nas áreas mais elevadas dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, as temperaturas podem cair para menos de 16ºC, devido à persistência desses dias consecutivos de chuva e à influência de massas de ar frio que chegam com menor intensidade.
Quanto à precipitação, as previsões para as regiões Norte e Nordeste apontam volumes abaixo da média histórica, com quantidades inferiores a 70 milímetros.
Por outro lado, nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, a chuva deve retornar gradualmente, especialmente nos estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais, com volumes estimados abaixo de 160 milímetros.
Região Sul
A Região Sul continuará com uma probabilidade significativa de receber uma quantidade substancial de chuva, destacando-se o Rio Grande do Sul, onde os volumes previstos podem superar os 250 milímetros.
Essa situação está relacionada a fenômenos climáticos, como o El Niño, que aumenta as chuvas no Sul do país devido à circulação de ventos que interferem nos padrões climáticos.
No que concerne à agricultura, o prognóstico climático para outubro e seu possível impacto nas safras indicam que em áreas do Matopiba, que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, a escassez de chuva pode resultar em atrasos na semeadura dos cultivos de primeira safra.
Por outro lado, em áreas do Sealba, que abrange os estados de Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia, a redução de armazenamento de água no solo pode afetar os cultivos de terceira safra, embora beneficie as operações de colheita.
Região central do país
Em grande parte da região central do país, os níveis de umidade no solo podem permanecer baixos, o que impactará a semeadura e o início do desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.
Entretanto, em áreas de Mato Grosso do Sul, São Paulo e sul de Minas Gerais, a umidade no solo será suficiente para atender às fases iniciais da safra 2023/24.
Já na região Sul, os níveis de umidade no solo podem continuar elevados, beneficiando os cultivos de inverno durante o enchimento de grãos e a maturação, embora também apresentem desafios, como o excesso de chuvas que podem prejudicar a colheita, aumentar a incidência de doenças fúngicas e atrasar a semeadura dos cultivos de primeira safra.
Foto Destaque: Pôr do sol no horizonte dourado com nuvens e aves no céu. Reprodução/Pixabay/Adina Voicu.