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Submarinos levam drogas pelo mundo em negócio perigoso e lucrativo para narcotraficantes

Eclosão de novos casos de tráfico pelos mares chocam autoridades ao redor do mundo e redobram a atenção com a prática de narcotraficantes. Droga encontrada na Colômbia tinha a América Central como destino.

18 Mar 2023 - 20h30 | Atualizado em 18 Mar 2023 - 20h30
Submarinos levam drogas pelo mundo em negócio perigoso e lucrativo para narcotraficantes Lorena Bueri

O combate as drogas é algo que, além de não ter fim, se torna cada vez mais complexo com os avanços tecnológicos. Usando de uma tática antiga que parecia em desuso, narcotraficantes conseguem ludibriar autoridades pelo mundo através do mar: manchas suspeitas ao fundo do oceano alertaram autoridades para "submarinos fantasmas" carregados de drogas a serem exportadas pelos continentes. Um novo caso de tráfico pelos mares chocou a Colômbia, lembrando outro famoso caso ocorrido no ano de 2019.

O primeiro a começar com a prática foi Pablo Escobar, famoso narcotraficante colombiano. No entanto apenas em 2019 foi que o primeiro submarino "famoso" do tráfico foi pego na Europa (tendo saído da fronteira do Brasil com a Colômbia). Na data em questão, Agustín Alvarez embarcoou em um voo determinante para sua prisão, já que com diversos títulos de navegação em sua vida, o espanhol tentou o árduo desafio de ir da América a Europa com cerca de 3 mil quilos de cocaína a bordo de sua embarcação.

De acordo com os relatos do espanhol, o percurso de 9 mil quilômetros foi severamente árduo. Com dois motores quebrados no décimo dia de viagem, um ar de difícil respiração e com outras perdas vitais (água, alimento e óleo devido a um depósito rompido), a viagem durou 26 dias ao lados de dois equatorianos. Devido a quantidade de problemas, a solução na época foi abandonar o submarino e tentar recuperá-lo depois, o que acabou não dando certo.

Na época do ocorrido, as autoridades tiveram muito trabalho para solucionar o caso. Se em 2019 já era complexo, atualmente a situação é ainda pior: com submarinos que ficam submersos por até dois metros de profundadade (submarinos esses feito em condições insalubres como oficinas escondidas), o trabalho para camuflar uma "bomba de drogas" dá um resultado mais perto do objetivo, que é o difícil reconhecimento.  Ainda que o foco em si seja meramente o transporte de drogas e não a segurança dos poucos tripulantes que podem estar presentes, todo o trabalho das autoridades se vê como mais importante em uma nova modalidade de combate a exportação de drogas ao redor do mundo.


Embarcação apreendida tinha como destino a América Central e no ato da apreensão não haviam tripulantes. A quantidade de cocaína assustou o governo local (Foto: Reprodução/Armada da Colômbia)


Todavia o novo caso foi tão polêmico quanto o ocorrido em 2019: os militares colombianos encontraram dois cadáveres e duas pessoas vivas em um submarino que contava com 2,6 toneladas de cocaína. Um suposto vazamento de gases tóxicos do combustível contaminou o ambiente, dificultando e muito o trabalho dos narcotraficantes.

Foto Destaque: embarcação encontrada na Colômbia tinha o equivalente a R$ 460 milhões em cocaína. (Foto: Marinha da Colômbia/AFP)

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