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Sob condição de anonimato, Israel responde ao ataque do Irã

Apesar das nações não se pronunciarem sobre, imprensa internacional confirma o contra-ataque israelense, mas drones são interceptados

19 Abr 2024 - 12h30 | Atualizado em 19 Abr 2024 - 12h30
Sob condição de anonimato, Israel responde ao ataque do Irã Lorena Bueri

O jornal estadunidense “The New York Times” confirmou que, na noite da última quinta-feira (18), Israel promoveu um ataque a drones contra o Irã. A ação anônima era direcionada ao centro da cidade de Isfahan, porém, a imprensa iraniana, com base nas afirmações de um militar do país, divulgou que os drones foram abatidos antes que pudessem causar grande estrago.

Nenhum representante dos países se pronunciou sobre a origem do ataque, apenas que um envolvimento estrangeiro ainda não havia sido confirmado. Em reunião do G7, o secretario de Relações Exteriores dos EUA, Antony Blinken negou qualquer envolvimento dos norte-americanos no ataque, discurso reiterado pelo ministro italiano Antonio Tajani.

Investida iraniana

Há alguns dias, mais precisamente no último sábado (13), mais de 300 drones foram lançados pelo Irã em direção à capital israelense, Jerusalém. A justificativa dada pelo governo iraniano foi um suposto ataque de Israel ao consulado do Irã em Damasco, na Síria.

Foi a primeira vez que o Irã entrou num conflito direto com uma nação do Oriente Médio. Apesar dos Estados Unidos o instruir a buscar uma resposta mais pacífica, através de sanções, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu afirmou que iria contra-atacar.


Primeiro-ministro de Isarael, Benjamin Netanyahu e o Aiatolá, líder iraniano Ali Khamenei (Foto: reprodução/Getty Images Embed/EFE/ Kobi Gideon e EFE/EPA/ERIK S. LESSER/IRAN'S SUPREME LEADER)


Contexto histórico do conflito

Apesar da justificativa do possível ataque ao consulado iraniano, o motivo mais provável do primeiro ataque é a história conflituosa que as duas nações vivem desde suas origens.

O Irã vive passa por conflitos religiosos desde antes mesmo de se chamar assim. Sempre houve a divisão entre xiitas e sunitas, duas vertentes diferentes do Islã. Após o Xá (rei) sunita, Mohamed Reza Pahlavi ser deposto durante a Revolução Iraniana, em 1979, o Irã passou a ser uma república teocrática, liderada por um Aiatolá, líder do xiismo. Desde então, o objetivo do país é se tornar uma nação desenvolvida e independente das forças ocidentais.

O Irã enxerga os israelenses como inimigos desde a criação do Estado de Israel, em 1948, da qual por motivos religiosos, o Irã foi contra. Outro fator é a proximidade de Israel com os EUA, outro inimigo. Após a invasão norte-americana ao Irã, o líder do país propaga o discurso de que os estadunidenses impedem que o Irã se desenvolva como nação independente e que querem acabar com a teocracia iraniana.

Ao longo das décadas, o Irã passou a financiar e treinar grupos paramilitares considerados por muitos como terroristas, afim de promover ataques indiretos à Israel, portanto, a crise diplomática entre os países só se intensificou nos últimos tempos, e estourou através dos ataques que estão protagonizando.

Foto Destaque: drones são interceptados pelo exército iraniano na cidade de Isfahan (Foto: reprodução/X/@israel)

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