A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, declarou hoje que o déficit primário do governo federal está a ponto de fechar no valor de R$ 120 Bilhões de Reais. Esse valor é diferente do que fora divulgado pelo ministro da Fazenda, Fernado Haddad, na última terça-feira (21), no qual girava em torno de R$ 107 Bilhões de Reais. A ministra pontuou que o valor atual, foi corrigido por conta do reajuste do salário-mínimo, previsto para acontecer em maio, o que o balanço anterior tinha ignorado. O valor do salário mínimo saltará de R$ 1302 para R$ 1320 reais.
A ministra afirma que “é uma projeção, é mera projeção, mas ela está caminhando no sentido que nós queremos, de que o déficit fiscal no país não se encerrará em R$ 230 bilhões, e, sim, algo em torno dessa projeção, de R$ 107 bilhões. Podemos aí ter uma pequena alteração quando vier o reajuste do salário mínimo, em torno de R$ 120 bilhões”.
Simone Tebet reforçou que a dívida é bastante preocupante, e que a relação dessa dívida/PIB segue bastante elevado. Por isso, segundo ela, é necessário ter responsabilidade sem pressionar a inflação. Ela afirmou que “Estamos falando de reduzir pela metade até o fim do ano esse déficit fiscal”.
Simone Tebet argumenta sobre o déficit fiscal do governo - Foto Reprodução/Twitter
Inicialmente o era previsto no orçamento de 2023 um rombo de R$ 230 Bilhões, por conta do uso da máquina pública nas eleições do ano anterior, ao conceder diversos abonos à população e empresas. Tebet reafirma “Tínhamos um déficit fiscal arredondado (no orçamento) de R$ 230 bilhões e hoje temos uma projeção de R$ 107 bilhões, por mais que tenhamos de fazer um ajuste quando o salário mínimo vier. Chegaremos talvez no próximo relatório a R$ 120 bilhões de déficit (previsão para 2023 fechado)”.
Segundo a ministra, falar em corte de gastos nesse momento, onde o país não cresce economicamente, e há cerca de 33 milhões de pessoas passando fome, além do altíssimo número de desempregados, a hora é de falar em melhoria dos gastos. “Ainda não é hora de falar neste primeiro bimestre, ou nesses dois primeiros bimestres, de corte de gastos. É hora de falar de qualidade de gastos. O corte que estamos fazendo é no supérfluo, na gestão, é em relação à máquina pública”, concluiu.
No final da tarde de ontem (22), o Banco Central decidiu manter as taxas de juros da SELIC em 13,75%. Para Tebet, a redução do déficit fiscal em relação ao estimado no orçamento, poderá propiciar uma redução dos juros na próxima reunião do COPOM, do Banco Central no início do mês de maio.
Foto Destaque: Simone Tebet Ministra do Planejamento e do Orçamento – Foto: Reprodução/Twitter