A seca histórica que atinge o Amazonas levou à antecipação do fim do ano letivo nas escolas ribeirinhas do Rio Negro, em Manaus. A medida anunciada pela prefeitura se dá por dificuldades de locomoção de professores e alunos. Estiagem afeta 60 dos 62 municípios do Amazonas. Nesta quarta-feira (04), o vice-presidente Geraldo Alckmin e comitiva de ministros visitaram Manaus.
Seca severa no Rio Negro antecipa fim do ano letivo em Manaus
A Prefeitura de Manaus decidiu antecipar o fim do ano letivo nas escolas ribeirinhas de 17 de outubro para esta quarta-feira (04), devido às dificuldades de locomoção enfrentadas por professores e alunos causadas pela seca severa no Rio Negro.
50 mil famílias já foram afetadas por estiagem no Amazonas, segundo boletim; 24 municípios decretaram estado de emergência (Foto: reprodução/Instagram/@wilsonlimaam)
“Nós já estamos com praticamente 95% do calendário letivo concluído, porque lá as aulas iniciam antes. Então, os alunos das 48 escolas que temos nas 55 comunidades ribeirinhas vão passar a ter o ensino remoto. Nós estaremos também enviando mantimentos nos próximos dias para essas famílias”, explicou ontem (03) o prefeito de Manaus, David Almeida.
O calendário escolar da região é tradicionalmente ajustado às condições climáticas, começando em janeiro e terminando em outubro, conforme previsto pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).
Alckmin e Marina visitam Manaus para avaliar impactos da seca
O vice-presidente Geraldo Alckmin e uma comitiva de ministros, incluindo a ministra Marina Silva, visitaram hoje (04) Manaus para avaliar os impactos da seca. Durante a visita, estavam previstas inspeções ao nível do Rio Negro, sobrevoo das áreas afetadas e reuniões com lideranças locais.
Vice-presidente Geraldo Alckmin e ministra Marina Silva estão no Amazonas para avaliar impactos e definir medidas de emergência para seca (Foto: reprodução/X/@geraldoalckmin)
Além dos prejuízos à educação, a navegação nos rios do Norte e o escoamento da safra em Mato Grosso também estão sendo dificultados pela seca, com repercussões sociais, ambientais e econômicas. Animais mortos e embarcações encalhadas tornam-se cenas comuns na região.
A estiagem também impactou o setor de energia, com a suspensão momentânea das atividades da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio em Rondônia devido à baixa vazão do Rio Madeira.
Foto destaque: Estiagem fez Manaus antecipar o fim do ano letivo para esta quarta-feira (04); ontem, prefeitura distribuiu água potável e alimentos para ribeirinhos. Reprodução/Gildo Smith/Semacc