Estudos realizados recentemente observaram dados dos anos de 1961 a 1990 para ter uma precisão melhor do que esperar de agora a 2050. O Instituto Geológico e a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) divulgaram que o estado paulista ficará 6 °C mais quente nos próximos 25 anos e terá ondas de calor que podem durar mais que 150 dias seguidos.
A Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) cobrou o governo por medidas que diminuam e atrasem o aquecimento.
‘‘É urgente fortalecer o sistema paulista de pesquisa e tecnologia, exigindo investimentos financeiros e em recursos humanos. Enquanto isso, o governo Tarcísio de Freitas tenta entregar áreas de conservação para a iniciativa privada, uma afronta ao futuro dos paulistas.’’ disse a presidente da APqC, Helena Lutgens.
Essa fala se refere à uma concessão que libera a exploração comercial de empresas privadas em pontos florestais por 15 anos.
Resposta do Governo de São Paulo
O governo ignorou a fala da presidente Helena Lutgens, mas respondeu à carta enviada pela Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo que cobra por medidas que diminuam o aquecimento.
‘‘A Secretaria do Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de SP tem compromisso com a sustentabilidade ambiental e resiliência climática e possui um aparato de programas voltados para o equilíbrio ambientalista do Estado. (...) Dentre as estratégias e especificidades de atuação para implementação do PAC 2050, o Governo de SP montou um comitê gestor da Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), intersecretarial, para discutir ações integradas correlatas à pauta. As ações visam atingir os objetivos de neutralidade de emissões de São Paulo, a partir de seis eixos: Transportes; Energia; Resíduos; Agropecuária, Florestas e Usos do Solo; Processos Industriais e Uso de Produtos; Finanças Verdes e Inovação (...).’’ afirmou o governo.
Temperatura do estado de SP até 2050 (Foto: reprodução/G1)
A APqC não se pronunciou a respeito da resposta do governo.
Consequências das altas temperaturas
Se as expectativas para 2050 se concretizarem, a população e a natureza vão sofrer, veja o que pode acontecer:
- As chuvas vão diminuir consideravelmente, afetando o abastecimento de água e a agricultura.
- Sem chuva, sem energia elétrica. A energia que sobrar estará muito mais cara.
- Aumento e falta dos alimentos de origem animal e de origem vegetal.
- Doenças cardiovasculares e respiratórias.
- Risco de morte, principalmente em crianças, idosos e pessoas em situação de rua.
- Crise na economia.
Essas são as principais consequências previstas.
Foto Destaque: alta temperatura no centro de São Paulo (Reprodução/UOL)