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STF recebe ameaça por e-mail após atentado

Polícia Federal acredita que o atendado ocorrido na última quarta-feira não representa um fato isolado; a ameaça recebida mencionava Francisco Wanderley Luz

14 Nov 2024 - 20h00 | Atualizado em 14 Nov 2024 - 20h00
STF recebe ameaça por e-mail após atentado Lorena Bueri

O supremo Tribunal federal (STF) recebeu um e-mail com ameaças após o atentado que ocorreu na quarta-feira (13). O caso foi mencionado pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, em entrevista concedida nesta quinta-feira (15).

No e-mail, além de ser citado o responsável pelo atentado a bomba de quarta, o autor diz que há uma luta contra o Supremo, e que não haverá descanso até seja eliminada a Suprema Corte. Em anexo ao e-mail, o autor encaminhou uma foto na qual aparecem duas bíblias e uma arma de fogo. O mesmo conteúdo foi enviado para a presidência, a ouvidoria e a área de tecnologia da informação do STF.

As explosões não representam "fato isolado"

Andrei Rodrigues, disse durante a coletiva de imprensa realizada na sede da corporação em Brasília, que o responsável pelas explosões ocorridas na quarta-feira agiu sozinho. No entanto, o episódio demonstra que os grupos extremistas estão ativos e a melhor maneira de combatê-los é a atuação não apenas da Polícia Federal, mas de todo o sistema de justiça criminal.

“Entendemos que esse episódio de ontem não é um fato isolado, mas conectado com várias outras ações que, inclusive, a Polícia Federal tem investigado em período recente”, completou o diretor-geral da PF.

Durante a coletiva, Rodrigues afirmou que já foi determinada a abertura do inquérito policial e o encaminhamento do caso ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Estamos tratando esses casos sob essas duas vertentes e, por isso, nossa unidade antiterrorismo está atuando diretamente".


Polícia Federal investiga explosões em Brasília como ato terrorista (Vídeo:Reprodução/UOL/YouTube)


Atentado ao STF

No início da noite da última quarta-feira (13) aconteceram duas explosões em um intervalo de 20 segundos no STF. Identificado como Francisco Wanderley Luz e autor do crime, o homem morreu durante o atentado. Segundo a família do falecido, ele era solteiro, tinha dois filhos de 37 e 38 anos de um casamento anterior e atuava como chaveiro em Rio do Sul. 

Francisco foi candidato nas eleições de 2020 e de acordo com investigação, ele estava planejando o atentado há meses. 

Foto destaque: Diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues (Reprodução: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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