Nesta sexta-feira (25), os representantes do Conselho de Segurança da ONU se reuniram para votar a resolução que pretendia condenar a invasão russa ao território ucraniano. Como a própria Rússia faz parte do Conselho, a nação teve direito ao voto, e optou por vetar a proposta.
O texto em questão recomendava que a Rússia interrompesse o uso da força e retirasse suas tropas do território ucraniano. Ainda, solicitava ao país que se abstesse “de qualquer ameaça ilegal ou uso de força contra um estado membro da ONU". A proposta foi apoiada por cerca de 60 países, fora os 11 membros do Conselho. China, Índia e Emirados Árabes se abstiveram.
Perante o cenário, o Brasil votou a favor da resolução. O embaixador do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU), Ronaldo Costa Filho, pontuou a gravidade da situação visto que o uso da força vai contra os princípios do Conselho. Sendo assim, o representante alertou para a necessidade urgente de que se tomem medidas para sanar o conflito.
Ronaldo Costa Filho, embaixador do Brasil na ONU (Foto: Reprodução/Carlo Allegri/Reuters).
No dia anterior, o vice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão, comentou que o Brasil não estava neutro diante do confronto russo-ucraniano, afirmando o posicionamento contrário à guerra. Porém, o presidente Jair Messias Bolsonaro invalidou a postura do colega, dizendo que quem deve se manifestar é o presidente da nação.
Diante do veto russo, o Conselho de Segurança da ONU pode enviar um texto equivalente para a Assembleia Geral das Nações Unidas. O documento será avaliado pelos 193 membros da ONU e, nessa instância, não terá direito a veto.
De forma geral, o Conselho manifesta preferência pela diplomacia; o então presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse em pronunciamento na sexta-feira (18), que os conflitos poderiam ser evitados por meio do exercício da diplomacia. No entanto, acreditava que a Rússia estava pronta para realizar um ataque às terras ucranianas. Tal como acreditava Biden, as tropas russas deram início à investida na quinta-feira (24). Confira aqui o pronunciamento do líder norte-americano.
Foto Destaque: Vassily Nebenzia, embaixador russo na ONU. Reprodução/Carlo Allegri/Reuters.