As forças russas iniciaram o procedimento de camuflagem em algumas de suas aeronaves de ataque, utilizando pneus de carro. Especialistas comentam que poderia ser uma tentativa de última hora para tentar proteger suas naves dos ataques de dornes ucranianos. A informação é da CNN.
Camuflagem das aeronaves
Foram usadas imagens de satélite da Base Aérea Maxar Engels, no interior da Rússia, 800 km a leste da fronteira ucraniana, mostrando dois bombardeiros estratégicos Tu-95 com a fuselagem coberta por pneus de carro.
Em matéria, a CNN não conseguiu descobrir o motivo por que essa tática foi utilizada, mas afirmou que especialistas dizem ser uma tentativa de camuflagem improvisada para reduzir sua visibilidade durante à noite, tendo um efeito limitado em termos de minimização de danos. Segundo Franciso Serra-Martins, do fabricante de drones One Way Aerospace, cujos drones têm sido usados pelas forças ucranianas:
“Isso pode reduzir a visibilidade térmica para pontos estratégicos de aviação expostos colocados nos pátios de aeródromos, mas eles ainda serão observáveis sob câmeras infravermelhas”.
Imagem de satélite (Foto: reprodução/Maxar Technologies)
Onda de ataque com drones
Na semana passada aconteceu a maior onda de ataque com drones. Quatro aviões de transporte pesado Iliuchin Il-76 foram danificados, dois deles sendo totalmente destruídos. Alguns vídeos após o ataque mostram que os drones atingiram a parte central das aeronaves, entre as asas, acertando os tanques de combustível.
“Se isso funciona depende de qual é a ogiva do míssil/drone”, disse Steffan Watkins, consultor de pesquisa de código aberto, acrescentando que os pneus poderiam ser usados para impedir que a fragmentação de uma explosão aérea acima do avião perfurasse a aeronave. “Acreditamos que se destina a proteger contra drones”, disse um oficial militar da Otan à CNN. “Não sabemos se isso terá algum efeito.”
Watkins, que rastreia aeronaves e navios, também disse que embora a medida pareça boba, as forças russas parecem estar tentando blindar seus aviões para que não sejam alvos fáceis.
Foto destaque: Imagem de satélite. Reprodução /Maxar Technologies