O porta-voz, Andriy Yusov, da Inteligência de Defesa da Ucrânia, disse à televisão ucraniana nesta segunda-feira (15), que as forças russas perderam a capacidade de realizar ações ofensivas em grande escala devido a falta de recursos. Além disso, Yusov também afirmou que a Rússia “está na defensiva”, porém, ainda pode manter o nível atual de ataques com mísseis.
De acordo com o porta-voz ucraniano, a Rússia tem se preparado para a defesa durante todo esse tempo e esse é um ponto que as forças ucranianas certamente levarão em consideração ao se prepararem para desocupar os territórios pertencentes a Ucrânia.
Segundo Yusov, o propósito dos ataques russos de mísseis mudaram e sua eficácia e capacidade tem diminuído, desde o inverno quando Moscou fez inúmeros ataques à infraestrutura de energia da Ucrânia. O porta-voz afirmou que eles também possuem escassez de alguns recursos, como mísseis Kalibr.
Yusov revelou que: “Eles estão procurando ativamente maneiras de compensar e mudar, não apenas os Shaheds - drones de ataque fabricados no Irã." Ainda segundo o porta-voz, Moscou está buscando por armas em todo o mundo. "Até agora, eles não tiveram muito sucesso”, completou a frase.
Atual Presidente da Rússia, Vladimir Putin. (Foto: Reprodução/AP)
Um relátorio do Reino Unido, divulgado no domingo (14), aponta que “as forças russas estão compostas, em sua maioria, por reservistas mobilizados mal treinados e cada vez mais dependentes de equipamentos antiquados." Levando em conta o que foi relatado, ainda não se pode afirmar que o Agrupamento Russo se torne coerente e, em larga escala no decorrer da linha de frente, tenham um efeito militar.
Conforme informações apresentadas pelo relatório britânico, devido a falta de militares experientes e a ausência de recursos, os russos são incapazes de desenvolverem operações complexas.
Entretanto, o porta-voz ucraniano informou que a Rússia ainda é “capaz de sustentar a intensidade dos ataques” por algum tempo e que eles ainda têm grandes estoques de mísseis S-300, capazes de causar consideráveis danos.
Foto destaque: Rússia perde capacidade de ações ofensivas em grande escala. Reprodução/Andrew Kravchenko/AP