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Roncar pode aumentar as chances de desenvolver Alzheimer ou ter um AVC

Redução de 10% do sono pode ser prejudicial ao cérebro, podendo aumentar as possibilidades de se desenvolver Alzheimer ou ter um AVC. Estudos ressaltam quanto o sono REM é importante.

13 Mai 2023 - 17h00 | Atualizado em 13 Mai 2023 - 17h00
Roncar pode aumentar as chances de desenvolver Alzheimer ou ter um AVC  Lorena Bueri

Um estudo científico em relação ao sono foi realizado por pesquisadores da Clínica Mayo em Rochester, no estado de Minnesota, Estados Unidos. O estudo descobriu que pessoas que roncam, assim como os seus parceiros, podem sofrer uma piora considerável na saúde cerebral, além de correrem um risco mais elevado de desenvolver Alzheimer ou de terem derrames cerebrais.

Segundo o estudo, reduzir 10% da quantidade de sono profundo pode mudar partes do cérebro das pessoas e causar um aumento de massa branca, deixando as pessoas como se fossem até 2 anos mais velhas. Esses sinais no cérebro das pessoas participantes do estudo, incluíam anormalidades na substância branca, e causaram estresse nos neurônios e obviamente, aumentaram suas demandas de energia. Os neurônios que eram incapazes de atender às demandas morreram, e acabaram encolhendo o cérebro e ampliando o risco de demência.


Homem dormindo e roncando. (Foto: Reprodução/Shutterstock)


Especialistas explicam que existem cinco estágios de sono, como por exemplo o sono leve, que representa mais da metade do nosso tempo de sono. Esse estágio do sono nos deixa mais propensos a sofrer com perturbações por ruídos e, assim, sendo acordados pelo ronco do parceiro. Isso significa também que acabamos perdendo o estágio de sono profundo e o estágio de sono REM. Isso tem um efeito extremamente prejudicial no cérebro, já que ter o sono menos profundo significa que o nosso cérebro pode envelhecer mais rápido.

O estudo teve participação de 140 pessoas com apneia de sono, e com idade média de 70 anos — No total, 33% tinham apneia do sono leve, 34% moderada e 33% grave. Nenhum dos participantes sofreu com problemas cognitivos ao iniciar o estudo ou sofreu de demência ao final dele.

Os participantes do estudo com apneia do sono grave tinham mais intensidade de uma substância branca do que aqueles participantes com condições leves ou moderadas de apneia. Os sintomas da apneia do sono incluem a interrupção da respiração, barulhos ofegantes ou sufocantes, e se mexer muito durante a noite. Esse último sintoma significa que essas pessoas têm um sono menos profundo, o que acaba sendo prejudicial para o cérebro eliminar os resíduos com potencial prejudicial.

Foto destaque: Mulher dormindo. Reprodução/Getty Images

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