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Risco de fome cresce em países da América Latina afetados por tragédias climáticas

Um levantamento feito pela ONU, América Latina é a segunda região mais exposta do mundo depois da Ásia e pode enfrentar dificuldades para se alimentar

28 Jan 2025 - 22h00 | Atualizado em 28 Jan 2025 - 22h00
Risco de fome cresce em países da América Latina afetados por tragédias climáticas Lorena Bueri

Foi publicado na última segunda-feira (27), um estudo de diversas agências da ONU que afirma que ao menos 20 países latino-americanos sofrem com a oscilação de eventos climáticos, com isso há um aumento do risco de fome e uma enorme destruição na região.

A pesca, agricultura, pecuária e silvicultura são setores determinantes para a economia da América Latina e do Caribe, e estão ligados diretamente à garantia alimentar, mas estão suscetíveis a secas, enchentes e tempestades.

Com o aumento das mudanças climáticas, cientistas alertam que a atmosfera chegará ao extremo cada vez mais rápido. A América Latina corre um grande risco de sofrer complicações para se alimentar por ser a segunda região mais populosa do mundo, ficando atrás apenas da Ásia.

Países como Caribe e América Latina sofreram com eventos climáticos. 74% desses países foram afetados ao extremo, de acordo com o estudo. Como resultado, metade do país é suscetível a um aumento de desnutrição.

Em 2023, 41 milhões de pessoas ou 6,2% na região foram afetadas pela fome, apontou o relatório nomeado "Panorama Regional de Segurança Alimentar e Nutricional 2024".

 Recentemente, foram registrados alguns progressos pelo estudo; em 2023, quase 3 milhões de pessoas na região passavam fome, número bem menor que 2022, a quase 4,3 milhões menor que o ano de 2021. Por fortes ameaças climáticas, essa diminuição pode ser descontinuado, preveniu o estudo.

"A instabilidade climática e os eventos climáticos excessivos estão diminuindo a produção agrícola, aumentando os preços, abalando ambientes alimentares e amedrontando o progresso na diminuição da fome e do estrago na região", afirmou o estudo.

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola, a Organização Pan-Americana da Saúde, o Programa Mundial de Alimentos e o Fundo das Nações Unidas para a Infância. Essas foram as 5 agências da ONU responsáveis pelo estudo e a elaboração do relatório.


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Uma paisagem queimada causada por incêndio florestais no Canada em 2023(Foto: reprodução/MEGAN ALBU/Getty Images Embed)


O que é um evento climático extremo

É quando ocorre um evento meteorológico, que sempre acontece, exemplo: chuvas fortes e de grandes volumes. Outro tipo de evento extremo pode ser também pouca chuva, com uma seca intensa e um calor acima da média. Esse tipo de evento, já acontece normalmente, são chamados de eventos naturais. Mas se esses fenômenos que antes aconteciam raramente e passam a acontecer com frequência, batendo recordes negativos, passam a ser chamados de eventos extremos. A frequência desses eventos extremos é devido ao aquecimento global e são causados por gases do efeito estufa lançados na atmosfera.

Principais eventos climáticos extremos

A faculdade pública de saúde da USP, em dados, aponta que existem seis tipos principais de eventos climáticos, que são: Estiagem e seca. Incêndios florestais, inundações e enchentes, deslizamento de terras e ciclones.

Com esses acontecimentos, são fortes potenciais para que ocorram perdas do plantio da agricultura, falta de água, falta de energia, proliferação de doenças, entre outros.

Foto destaque: Na assembleia geral das nações unidas em setembro passado os países membros adotaram um pacto para o futuro (Reprodução/Instagram/@unitednations)

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