Na noite de terça-feira (2), restaurantes do Ifood tiveram os nomes alterados por “Bolsonaro 2022”, “Lula Ladrão”, “Vacinas Matam” e ataques à Marielle Franco, vereadora do Rio de Janeiro assassinada em 2018. As mudanças foram realizadas pela conta de um funcionário, de uma empresa de atendimento que presta serviços ao aplicativo. Não se trata de um ataque hacker, mas de alterações feitas de forma indevida.
Restaurantes do Ifood com nomes trocados (Foto: Reprodução/Twitter)
Em nota, o Ifood disse que o acesso da prestadora, que tem permissão em ajustar dados cadastrais, foi interrompido. Já as informações de cartões de crédito dos clientes continuam seguros, pois ficam gravados apenas nos dispositivos dos próprios usuários. “Na noite de hoje, 2 de novembro, identificamos que alguns estabelecimentos cadastrados na plataforma tiveram seus nomes alterados. Essa situação ocorreu com aproximadamente 6% dos estabelecimentos na plataforma. Tomamos as medidas imediatas e necessárias para sanar o problema e proteger os dados de restaurantes, consumidores e entregadores. Não encontramos qualquer indício de vazamento da base de dados pessoais cadastrados na plataforma, tampouco de dados de cartão de crédito”, informou a plataforma.
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As mensagens de apoio a Bolsonaro, contrárias à vacina e ironizando a relevância de Marielle Franco foi um dos assuntos mais comentados no Twitter. Internautas postaram imagens das trocas de nomes e exigiram um posicionamento do Ifood.
A internet não é terra sem lei. É preciso que o IFood identifique e responsabilize o funcionário que, em pleno dia de finados, hackeou o sistema e destilou ódio até mesmo para Marielle Franco. Uma ação grave e que não pode ficar impune.
— Vivi Reis (@vivireispsol) November 3, 2021
@iFood, eu daria uma olhada no app de vocês. Tem alguém alterando nome de restaurantes na área de feira de Santana. pic.twitter.com/cWoqsGZGXe
— William Azevedo (@wz) November 3, 2021
A pessoa que hackeou o Ifood não prestou nem pra fazer algo útil e distribuir cupom de lanche grátis. pic.twitter.com/OA1UlvuaVn
— ɛʍɨʟʏ (@0iemily) November 3, 2021
Na última semana, o Ifood também esteve entre as principais notícias, após cancelar o patrocínio do Flow Podcast, canal com mais de três milhões de inscritos no Youtube. O caso aconteceu após o apresentador Monark relativizar o racismo. O youtuber, que já teve outras falas polêmicas e ofensivas, se defendeu dizendo que foi mal interpretado.
Ter uma opinião racista é crime?
— ♔ Monark (@monark) October 26, 2021
A companhia informou que repudia o preconceito e a discriminação: “O propósito do Ifood é alimentar o futuro do mundo promovendo mudanças e impactando positivamente a sociedade, por isso estamos encerrando a nossa relação comercial com o Flow. Acreditamos que não é mais possível ser parte de uma sociedade desigual, por isso repudiamos qualquer tipo de preconceito ou ato de discriminação. A empresa assumiu compromisso público de ser protagonista na promoção de mudanças urgentes que favoreçam a diversidade e a inclusão”.
Foto Destaque: Ifood. Reprodução/Ifood