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Refém do Hamas revela motivo de ter escapado de estupro durante sequestro

A jovem de 21 anos afirmou que passou 54 dias em um quarto escuro, onde “há um terrorista olhando para você 24 horas por dia, 7 dias por semana, olhando, estuprando você com os olhos dele”

02 Jan 2024 - 19h36 | Atualizado em 02 Jan 2024 - 19h36
Refém do Hamas revela motivo de ter escapado de estupro durante sequestro  Lorena Bueri

A influenciadora Mia Schem, de 21 anos, que foi sequestrada pelo Hamas durante o ataque à Israel em 7 de outubro e feita de refém até o acordo de cessar-fogo, revelou, à Israel Channel 13 News, o porquê de não ter sido estuprada durante os 54 dias de cativeiro.

Em entrevista à emissora, a jovem franco-israelense afirmou que somente escapou da violência porque, segundo o homem que a mantinha prisioneira em Gaza, “sua esposa estava fora do quarto com as crianças”.

Cativeiro


Entrevista de Mia Schem para a emissora Israel Channel 13 News. (Vídeo: Reprodução/Youtube/Israel Channel 13 News).


A jovem, sequestrada enquanto participava do festival Universo Paralello, uma rave realizada perto da Faixa de Gaza, também detalhou ao canal Israelense as condições do cativeiro em que permaneceu por mais de dois meses.

Schem explicou que era mantida em um quarto escuro, pertencente à uma família vinculada ao Hamas, e vigiada 24h por dia, além de ser privada de comida e higiene. De acordo com Schem, seu tempo como refém foi de constante medo, já que a esposa afirmava que ela seria solta “no dia seguinte ou que ficaria presa por anos”, enquanto o homem a assediava.

“[Eu estava] fechada em um quarto escuro, sem permissão para falar, sem permissão para ser vista e ouvida, escondida”, declarou a jovem. “Há um terrorista olhando para você 24 horas por dia, 7 dias por semana, olhando, estuprando você com os olhos dele. Há medo de ser estuprada, há medo de morrer”, disse Schem, à Israel Channel 13 News.

Violência sexual em 07 de outubro

Em reportagem recente, o jornal norte-americano The New York Times denunciou como o grupo extremista Hamas estuprou diversas mulheres israelenses durante o ataque em 7 de outubro.

O The New York Times ouviu mais 150 pessoas, como soldados, médicos e testemunhas, que relataram terem encontrado mais de 30 corpos de mulheres e meninas perto da rave atacada pelo Hamas, com as pernas abertas, roupas rasgadas e sinais de violência na região genital.

O Hamas, no entanto, nega as acusações de violência sexual, afirmando que tais práticas violariam os princípios do islamismo. 

Foto destaque: Mia Schem em entrevista ao Canal 12 de Israel. (Reprodução/DailyMail).

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