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Recorde de pedidos de demissão é registrado em 2024

De acordo com levantamento da FGV, dos 100 pedidos de demissão realizados em 2024, 30 foram feitos por jovens de 18 a 24 anos, tornando esse grupo o que mais se desligou voluntariamente no período

08 Nov 2024 - 12h30 | Atualizado em 08 Nov 2024 - 12h30
Recorde de pedidos de demissão é registrado em 2024 Lorena Bueri

Em 2024, o número de pedidos de demissão atingiu um recorde, com destaque para jovens que buscam mudar de carreira ou se dedicar ao empreendedorismo. Para aqueles que sempre sonharam em empreender, deixar o emprego se tornou uma escolha inevitável.

Para os trabalhadores, especialmente os mais qualificados, um mercado aquecido pode trazer mais oportunidades para avançar ou mudar de carreira, seja como autônomos ou em empregos formais. Nesse cenário, entre janeiro e setembro, o Brasil registrou um recorde de 6,5 milhões de pedidos de demissão, número bem superior ao do mesmo período em 2023 e 2022.


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Imagem de pessoas em fila de emprego (Foto: reprodução/Mario Tama/Getty Images Embed)


Dados da FGV

Um dado que se destaca no levantamento da FGV é que, em 2024, 30% dos pedidos de demissão foram feitos por jovens de 18 a 24 anos, o que coloca esse grupo no topo das saídas voluntárias.

“O jovem costuma buscar empregos com melhores oportunidades, o que torna mais fácil a transição entre trabalhos nessa faixa etária. Observamos um aumento dessas demissões voluntárias junto com uma elevação nos salários médios no Brasil. Esses dois fatores, somados, contribuem para aquecer o mercado de trabalho”, explica Janaina Feijó, pesquisadora do FGV Ibre.

Aumentos de pedidos de demissão

Outro levantamento: se comparado com o periódo 2023, há 15% a mais de jovens se demitindo em 2024.

Nem sempre o caminho é fácil para todos, mas no caso de Caio, empreender tem dado certo. Aos 26 anos, o jovem, que foi ascensorista para pagar a faculdade de marketing, hoje utiliza o elevador para chegar mais rápido a uma das empresas nas quais é sócio.

"Quando entrei na faculdade, passava seis horas por dia dentro de um elevador velho, usando até chave de fenda para apertar os botões. Trabalhava nesse elevador por R$ 800 mensais. Foram quatro meses assim. Tenho três anos e meio de formado e, hoje, sou dono de uma agência de marketing e de três clínicas de medicina masculina. Perseverei e, graças a Deus, tudo está dando certo", conta Caio.

Foto Destaque: Carteira de Trabalho (Reprodução/Revista Cenarium)

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